Leão
Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Subordem
Família
Género
Espécies
Panthera leo
Tamanho da população
23-39 Thou
Vida útil
12-25 years
Velocidade máxima
56
35
km/hmph
km/h mph 
Peso
120-249
264-547.8
kglbs
kg lbs 
Comprimento
140-250
55.1-98.4
cminch
cm inch 

O leão (nome científico: Panthera leo) é uma espécie de mamífero carnívoro do gênero Panthera e da família Felidae. A espécie é atualmente encontrada na África subsaariana e na Ásia, com uma única população remanescente em perigo, no Parque Nacional da Floresta de Gir, Gujarat, Índia. Foi extinto na África do Norte e no Sudoeste Asiático em tempos históricos, e até o Pleistoceno Superior, há cerca de 10 000 anos, era o mais difundido grande mamífero terrestre depois dos humanos, sendo encontrado na maior parte da África, em muito da Eurásia, da Europa Ocidental à Índia, e na América, do Yukon ao México. É uma dos quatro grandes felinos, com alguns machos excedendo 250 quilogramas em peso, sendo o segundo maior felino recente depois do tigre.

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A pelagem é unicolor de coloração castanha, e os machos apresentam uma juba característica. Uma das características mais marcantes da espécie é a presença de um tufo de pelos pretos na cauda, que também possui uma espora. Habita preferencialmente as savanas e pastagens abertas, mas pode ser encontrado em regiões mais arbustivas. É um animal sociável que vive em grupos que consiste das leoas e suas crias, o macho dominante e alguns machos jovens que ainda não alcançaram a maturidade sexual. A dieta consiste principalmente de grandes ungulados e possuem hábitos noturnos e crepusculares, descansando e dormindo na maior parte do dia. Leões vivem por volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver por até 30 anos. Alguns animais desenvolveram o hábito de atacar e devorar humanos, ficando conhecidos como "devoradores de homens".

A espécie está classificada como "vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), e sofreu um declínio populacional de 30-50% nas últimas duas décadas no território africano. Na Ásia, o leão está confinado a uma única área protegida e sua população é estável, mas está classificado como "em perigo", já que a população não passa de 350 animais. Entre as ameaças, a perda de habitat e os conflitos com humanos são as principais razões de preocupação na sua conservação. Por centenas de anos, o leão tem sido usado como símbolo de bravura e nobreza em diversas civilizações e culturas da Europa, Ásia e África. Está amplamente representado em esculturas, pinturas, bandeiras nacionais, brasões, e em filmes e na literatura contemporâneos.

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Aparência

O leão é o segundo maior felino depois do tigre, apresentando comprimento e peso menor, mas sendo mais alto na cernelha. Possui uma pelagem curta e a coloração é unicolor, variando do castanho claro ao cinza prateado e do vermelho amarelado ao marrom escuro. Não apresenta rosetas e os filhotes e juvenis apresentam manchas na pelagem. O ventre e as partes mediais dos membros são mais claras, e o tufo de pelos na ponta da cauda é preto. A juba é geralmente castanha, variando em tonalidades amareladas, avermelhadas ou tons mais escuros de marrom. Com a idade, a juba tende a ficar mais escura, podendo ser inteiramente preta. Tem a cabeça arredondada e curta, com a face larga e orelhas arredondadas, o pescoço é relativamente curto e o corpo musculoso e bem proporcional.

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Leões tendem a variar em tamanho dependendo da subespécie, do seu ambiente e área de distribuição, resultando em uma grande variação de registros morfométricos. Os indivíduos da África Austral tendem a ser 5 por cento mais pesados do que os da África Oriental, em geral. O maior leão registrado, com quase 3,6 metros de comprimento (incluindo a cauda), foi um macho abatido perto Mucsso, no sul de Angola, em outubro de 1973. O mais pesado leão conhecido na natureza foi um "devorador de homens" abatido em 1936 nas cercanias de Hectorspruit, no leste da província do Transvaal, África do Sul, que pesava 313 kg. Outro leão nomeadamente descomunal do sexo masculino, foi abatido perto do Monte Quênia, e pesava 272 kg. Leões em cativeiro tendem a ser maiores do que os leões em estado selvagem, o mais pesado registrado era um macho no Zoológico de Colchester, na Inglaterra, em 1970, chamado Simba, que pesava 375 kg.

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Vídeo

Distribuição

Geografia

A espécie originalmente estava distribuída por toda África subsaariana (exceto na densa floresta tropical) e do norte da África (acima do deserto do Saara) através do sudoeste asiático, a oeste até a Europa (península balcânica e Cáucaso) e a leste até a Índia.

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As evidências da presença da espécie na Eurásia não são totalmente confiáveis, especialmente durante o Holoceno Inferior e Médio (há entre 9 600 e 3 500 anos). Fragmentos ósseos encontrados na Espanha, Itália e Grécia são de difícil diagnóstico, podendo ser atribuídos tanto ao leão moderno quanto ao leão-das-cavernas. Já para o Holoceno Superior (entre 3 500 e 500 a.C.), alguns restos ósseos podem ser de animais cativos ou a sua datação pode ser vagamente atribuída ao período Neolítico limitando as interpretações.

Registros indicam que a expansão da espécie na Europa tenha chegado até 45º-48ºN (Hungria, Bulgária e Ucrânia), tendo extinguido-se nestas localidades por volta de 3 000 a.C.. Os leões extinguiram-se no Peloponeso durante o final da era micênica (1600–1200 a.C.). Heródoto menciona que leões viviam nas planícies de Nestos, tendo atacado as caravanas de camelos do rei persa Xerxes I em sua marcha através da Trácia em 480 a.C. Já Aristóteles reportou que eles eram raros por volta de 300 a.C.. Sendo completamente extintos nas montanhas do norte da Grécia no primeiro século depois de Cristo. A população no Cáucaso sobreviveu até o século X, sendo considerado o último refúgio da espécie na Europa.

O leão foi erradicado da Palestina na Idade Média e da maior parte do resto da Ásia após a chegada das armas de fogo, facilmente disponíveis no século XVIII. Entre o final do século XIX e começo do XX, ele se extinguiu no norte da África e no sudoeste asiático. No final do século XIX, o leão desapareceu da Turquia e da maior parte do norte da Índia, enquanto que a última aparição de um leão no Irã foi em 1941 (entre Shiraz e Jahrom, na província de Fars), embora o cadáver de uma leoa tenha sido encontrado nas margens do rio Karun, na província de Khūzestān em 1944.

Até cerca de 1850, o leão estava distribuído no subcontinente indiano e era encontrado em Gujarat, Haryana, Madhya Pradesh, Punjab, Rajastão e Uttar Pradesh. No início da década de 1900, a população foi drasticamente reduzida e confinada no noroeste da Índia, na reserva de caça particular do nababo de Junagarh. A área foi transformada em parque nacional em 1965.

Na África, os leões podem ser encontrados em savanas com arborização escassa de Acacia que servem como áreas de descanso; na Índia, o habitat compreende uma mistura de savana arbustiva seca e floresta decídua seca. O leão tem uma larga tolerância para habitats, ausente somente na floresta tropical e no interior do deserto do Saara. A espécie pode ocorrer do nível do mar até regiões montanhosas, no leste da África pode ser encontrado até 3 600 metros, nos Monte Elgon, Quênia e Ruwenzori, e nas Montanhas Bale, na Etiópia, pode ser encontrado aos 4 200 metros.

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Leão Mapa do habitat

Zonas climáticas

Leão Mapa do habitat
Leão
Public Domain Dedication (CC0)

Hábitos e estilo de vida

Esses grandes felinos vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. Em um bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (contra eventuais ataques de hienas, búfalos, elefantes e outros leões machos).

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Leões caçam em bando, dando preferencia a uma tática de perseguição predatória: cada membro do grupo de caça recebe uma posição, do flanco esquerdo ao flanco direito, a fim de obter melhor suas presas. Acredita-se que tais especializações em papéis dentro do grupo aumentem a sofisticação da técnica; os membros nas bordas dos grupos de caça dos leões são mais rápidos e levarão a presa para o centro, onde os membros maiores, mais fortes e assassinos do bando derrubarão a mesma. Muitas observações de perseguidores de grupo observam um tamanho ideal de caça em que o número de presas mortas é maximizado em relação aos custos (quilômetros cobertos ou ferimentos sofridos). O tamanho dos grupos geralmente depende de aspectos do ambiente: número de presas, densidade de presas, número de competidores, mudanças sazonais, etc.

Apesar do fato de as fêmeas efetuarem a maior parte da caça, os machos são igualmente capazes de tal tarefa. Dois fatores os impedem de caçar tantas vezes quanto as fêmeas: o principal é o seu tamanho, que os torna muito fortes, porém menos ágeis e maiores gastadores de energia. As fêmeas são sociais e caçam de forma cooperativa, enquanto os machos são solitários e gastam boa parte de sua energia patrulhando um extenso território, mas tanto machos quanto fêmeas passam de 16 a 20 horas diárias em repouso, num regime de economia de energias, uma vez que seu índice de sucesso em caças é de apenas 30%.

As fêmeas precisam de um tempo extra para caçar, porque os machos não cuidam dos filhotes. As leoas formam bandos de dois a dezoito animais da mesma família, o que as caracteriza como o único felino realmente social. Apesar de a caça em grupo ser mais eficiente do que a caça individual, sua eficácia não é tão compensadora, já que, em grupo, é preciso obter mais alimento para nutrir a todos. É mais provável que a socialização das fêmeas vise a proteger os filhotes contra os machos.

Quando em repouso, a socialização do leão ocorre através de uma série de comportamentos e os movimentos expressivos do animal são altamente desenvolvidos. Os mais comuns são gestos táteis de atrito das cabeças e lambedura, que foram comparados com a catação em primatas. A fricção de cabeça – afocinhar a testa, tocar o focinho ou o pescoço contra outro animal – parece ser uma forma de saudação, como é visto muitas vezes depois que um animal retorna para junto dos outros, ou depois de uma luta ou confronto. Os machos tendem a se esfregar uns nos outros, enquanto filhotes e fêmeas esfregam-se apenas em fêmeas. A lambedura social ocorre muitas vezes em conjunto com a fricção de cabeça; geralmente é mútua e o receptor parece expressar uma expressão prazerosa. A cabeça e o pescoço são as partes mais comumente lambidas, o que pode ter surgido como uma utilidade, já que um leão não consegue lamber estas áreas individualmente.

Os leões têm uma variedade de expressões faciais e posturas corporais que servem como gestos visuais. O repertório de vocalizações também é grande, variações na intensidade e altura, em vez de sinais discretos, parecem essenciais para a comunicação. Os sons do leão incluem rosnado, sibilação, rugido, latido rosnado, tossidela e miado. Os leões tendem a rugir de uma forma muito característica, começando com um longo rugido pouco profundo que avança em um série de outros mais curtos. Eles rugem na maioria das vezes durante a noite: o som, que pode ser ouvido a uma distância de 8 km, é usado para anunciar a presença do animal. Outras funções do rugido incluem aviso e defesa do território e como uma forma de comunicação para coordenar a caçada.

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

O leão alimenta-se de qualquer presa que consiga apanhar, mas a dieta consiste principalmente de animais entre 50 e 300 quilogramas. As presas do leão-asiático são geralmente menores que as do africano. Entre as espécies africanas mais significativas estão a impala (Aepyceros melampus), gnu (Connochaetes taurinus), outros antílopes (Gazella spp.; Damaliscus spp.; Eudorcas spp.; Oryx spp.), girafa (Giraffa camelopardalis), búfalo (Syncerus caffer), zebra (Equus burchellii) e facóquero (Phacochoerus africanus). O chital (Axis axis) consiste na principal presa dos leões-asiáticos, que também pode se alimentar de outras espécies de cervos, como o sambar (Rusa unicolor). Outras presas incluem o javali (Sus scrofa), antílope-de-quatro-cornos (Tetracerus quadricornis), nilgó (Boselaphus tragocamelus), chinkara (Gazella bennetti), Lepus nigricollis, porco-espinho-indiano (Hystrix indica), langur-comum (Semnopithecus entellus) e o pavão (Pavo cristatus).

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Um estudo amplo, com 48 localidades geográficas distintas na África, demonstrou que gnus, búfalos-do-cabo, gemsboks, girafas e a zebras-comuns são as presas mais consumidas. Na Ásia, um estudo revelou que o Axis axis representa cerca de 80% da dieta da subespécie.

A morte da presa é conseguida por estrangulamento.

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Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

A espécie não apresenta uma estação reprodutiva definida e pode se reproduzir a qualquer época do ano, sofrendo interferência do clima e da disponibilidade de alimento. Geralmente a fêmea se reproduz a cada dois anos e de preferência na estação das chuvas. A fêmea é poliéstrica, podendo entrar em estro em resposta à perda da ninhada por infanticídio ou em conjunto com outras fêmeas do bando. O estro dura entre 4 a 7 dias e possui um intervalo de poucos dias até um ano.

População

Curiosidades para crianças

  • Ao descansarem, os leões demonstram um comportamento altamente social e amigável, passando seu tempo juntos e fortalecendo os laços sociais entre os membros do bando: eles brincam juntos, esfregando as suas cabeças um no outro e também dormindo em grupos.
  • Sem o seu pelo, os leões e tigres são parecidos. Eles são extremamente difíceis de distinguir um do outro, pois a sua estrutura corporal é quase idêntica. Além disso, os leões africanos são parentes de leopardos e jaguares.
  • O leão masculino é a única espécie de gato, tendo a juba de identificação, que dá ao animal uma aparência majestosa, dando-lhe o nome de "Rei dos Bestas".
  • Os leões são a segunda (depois dos tigres) maior espécie vivas de felino.
  • Os filhotes recém-nascidos possuem rosetas de cor castanha, que geralmente perdem quando crescem, embora alguns indivíduos mantenham marcas pálidas ao longo das suas vidas.
  • No bando, as fêmeas são responsáveis pela caça, enquanto os machos têm de defender o território. No entanto, apesar dessa alocação de responsabilidades, os machos comem sempre primeiro.
  • A juba de um leão macho escurece gradualmente durante a vida do animal, sendo um bom indicador da idade do leão.
  • Ao caminhar, os calcanhares dos leões não tocam o chão devido à estrutura das suas pernas.

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Referências

1. Leão artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Le%C3%A3o
2. Leãono site da Lista Vermelha da IUCN - http://www.iucnredlist.org/details/15951/0

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