Sardenha
75 Espécies
A Sardenha é uma ilha do mar Mediterrâneo ocidental e uma região autónoma da Itália insular, com uma área de 24 100 km² e capital em Cálhari.
Geografia
A Sardenha situa-se no centro do Mediterrâneo ocidental, a meio caminho entre as penínsulas Itálica e Ibérica, a sul da Córsega e do estreito de Bonifacio, a norte do canal da Sardenha e da Tunísia, a oeste da Itália continental e mar Tirreno, a leste das ilhas Baleares (Espanha) e do mar da Sardenha.
Com mais de 24 000 km² de superfície e uma extensa linha costeira (1 849 km), durante muito tempo foi considerada a maior ilha do Mediterrâneo, quando na realidade é a segunda em área, atrás da Sicília. A maior parte da costa é alta e rochosa, com troços longos e relativamente direitos, com muitos cabos imponentes, algumas baías largas e profundas, existindo numerosas ilhotas e ilhas menores.
O território é predominantemente constituído por montanhas e colinas com altitudes geralmente entre os 300 e os 1 000 m. O maior maciço montanhoso, o Gennargentu, encontra-se na parte centro-oriental da ilha e tem o seu ponto mais alto, a Punta La Marmora (1 834 m). Outras montanhas importantes são o monte Limbara (1 362 m), no nordeste, o monte Rasu (1 259 m), no maciço de Marghine e Goceano (norte), o monte Albo (1 057 m), no maciço de Sette Fratelli (sudeste), e no sudoeste, o monte Linas (1 236 m) e os montes Sulcis.
As áreas montanhosas e planaltos estão separados por extensos vales aluviais e planícies, sendo as mais importantes as de Nurra, a noroeste, e de Campidano, a mais extensa, no sudoeste, entre Oristano e Cálhari.
Os principais rios são o Tirso, com 151 km, o Flumendosa, com 127 km, e o Coghinas, com 115 km. Existem pelo menos 54 barragens que são usadas para irrigação agrícola e produção de eletricidade. As mais importantes são a de Omodeo e de Coghinas. O único lago natural de água doce é o de Baratz, no noroeste, perto de Alghero. Existem várias lagoas de água salgada pouco profundas ao longo da linha costeira.
As ilhas mais importantes são: Asinara, San Pietro, Sant'Antioco e as do arquipélago de Maddalena.
Clima
O clima é mediterrânico, com temperaturas geralmente suaves, até mesmo no inverno, com primaveras e outonos quentes, verões que podem ser muito quentes, chegando mesmo aos 45 graus Celsius, o que é propício à ocorrência dos incêndios frequentes. Em contrapartida, as temperaturas mais baixas nunca são inferiores a 0 grau Celsius. O vento dominante é o mistral, que sopra de noroeste durante praticamente todo o ano, principalmente no inverno e primavera, por vezes com bastante intensidade, o que faz as delícias dos amantes da vela. Sendo geralmente frio e seco, tem um efeito refrescante.
A temperatura média anual na costa é de 18 graus Celsius, variando entre os 14 graus Celsius e os 20 graus Celsius na generalidade da ilha. Ao contrário da vizinha Córsega, a chuva é escassa (entre 400 e 500 milímetros anuais, repartidos por uma média de 40 dias de chuva) e as secas são frequentes. A média anual de dias de sol é de aproximadamente 300, concentrando-se a chuva predominantemente no outono e inverno, com chuvas intensas na primavera.
No centro da ilha o clima tende a ser mais rigoroso, chegando a ocorrer neve no inverno. No sul, a seca pode durar vários meses, à semelhança do norte de África (a Tunísia encontra-se a aproximadamente 200 quilômetros).
Ambiente
Devido aos sua baixa densidade populacional, a Sardenha permaneceu bastante selvagem, apresentando uma grande diversidade de fauna e flora, com numerosas espécies endémicas devido aos seu isolamento. Um estudo levado a cabo por uma equipa da Universidade de Cálhari enumerou 65 espécies vegetais com propriedades medicinais só na região de Fluminimaggiore, no sudoeste da ilha.
A abundância de sardinha nas costas da ilha está na origem do nome em latim deste peixe (sardina, "da Sardenha"). A costa é igualmente rica em crustáceos.
A ilha tem algumas leis ambientais e, após um gigantesco plano de reflorestação, tornou-se a região italiana com a maior extensão de floresta (1 213 250 ha). O plano de ordenamento do território proíbe novas construções na costa fora dos centros urbanos, perto de florestas, lagos ou outros locais de interesse ambiental ou cultural e a agência de conservção do governo regional Conservatoria delle Coste assegura a proteção das áreas naturais costeiras da Sardenha. As energias renováveis desenvolveram-se notavelmente em anos recentes, especialmente a energia eólica, favorecida pelo clima ventoso, mas também a energia solar. O Nobel da Física Carlo Rubbia lidera o projeto da criação de uma central térmica solar e de biocombustíveis baseados em óleo de Jatropha (pinhão manso ou purgueira) e óleo de colza.
Fauna
Algumas das espécies raras ou incomuns que se encontram na ilha são:
- Foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus) ou lobo marinho.
- Cavalo de Giara, uma raça autóctone, a única selvagem da Europa.
- Burro albino ou burro branco ( Equus asinus albina), uma subespécie do burro endémica da ilha de Asinara.
- Muflão-sardo (Ovis musimon ou Ovis ammon musimon), uma espécie de carneiro selvagem.
- Veado-da-córsega ( Cervus elaphus corsicanus), uma subespécie de veado-vermelho.
- Javali (Sus scrofa)
- Sosòga ou tiligugu' ou gongilo (Chalcides ocellatus ), uma espécie de lagarto que só se encontra na Sardenha, Sicília e Magrebe, cujo comprimento chega a atingir 30 cm, dos quais quase metade são da cauda.
- Borboletas das espécies Pseudophilotes barbagiae, Papilio hospiton e Euchloe insularis
- Euproctus da Sardenha, uma salamandra
- Diversas aves de rapina do género Buteo e outros, como o falcão-da-rainha (Falco eleonorae), açor (Accipiter gentilis)
- Pato-de-rabo-alçado(Oxyura leucocephala)
- Sylvia sarda, ave passeriforme
- Doninha (Mustela nivalis)
- Golfinho-comum (Tursiops truncatus)
Há pelo menos quatro subespécies endémicas de aves, que não se encontram em mais nenhuma parte do mundo:
- Pica-pau-malhado-grande (Dendrocopos major, subespécie harterti)
- Chapim-real (Parus major, subespécie ecki)
- Tentilhão ( Fringilla coelebs sarda)
- Gaio-comum (Garrulus glandarius, subespécie ichnusae)
Além destas, há ainda 10 subespécies endémicas partilhadas com a Córsega. A Sardenha está nos limites de distribuição de algumas espécies ou subsespécies — por exemplo, a subespécie cornix Gralha-cinzenta (Corvus cornix) encontra-se na Sardenha e na Córsega, mas não mais a sul.
Em contrapartida, não estão presentes na ilha algumas espécies comuns no continente europeu, como sejam as víboras da subfamília Viperinae, a marmota.
A ilha há muito que é usada para criação da ovelha da Sardenha, uma raça autóctone.
Flora
Algumas espécies de plantas presentes na iha são:
- Murta-comum (género Myrtus)
- Buxo (Buxus sempervirens e Buxus balearica)
- Catananche (género)
- Figueira da Índia (Opuntia ficus-indica)
- Junípero espanhol (Juniperus thurifera)
- Cardo (Cynara cardunculus)
- Scrophularia trifoliata
- Orquídeas (família Orchidaceae; diversas espécies endémicas)
- Amor-perfeito corsa ( Viola corsica)
- Urtiga negrusca sarda ( Urtica atrovirens)
A Sardenha é uma ilha do mar Mediterrâneo ocidental e uma região autónoma da Itália insular, com uma área de 24 100 km² e capital em Cálhari.
Geografia
A Sardenha situa-se no centro do Mediterrâneo ocidental, a meio caminho entre as penínsulas Itálica e Ibérica, a sul da Córsega e do estreito de Bonifacio, a norte do canal da Sardenha e da Tunísia, a oeste da Itália continental e mar Tirreno, a leste das ilhas Baleares (Espanha) e do mar da Sardenha.
Com mais de 24 000 km² de superfície e uma extensa linha costeira (1 849 km), durante muito tempo foi considerada a maior ilha do Mediterrâneo, quando na realidade é a segunda em área, atrás da Sicília. A maior parte da costa é alta e rochosa, com troços longos e relativamente direitos, com muitos cabos imponentes, algumas baías largas e profundas, existindo numerosas ilhotas e ilhas menores.
O território é predominantemente constituído por montanhas e colinas com altitudes geralmente entre os 300 e os 1 000 m. O maior maciço montanhoso, o Gennargentu, encontra-se na parte centro-oriental da ilha e tem o seu ponto mais alto, a Punta La Marmora (1 834 m). Outras montanhas importantes são o monte Limbara (1 362 m), no nordeste, o monte Rasu (1 259 m), no maciço de Marghine e Goceano (norte), o monte Albo (1 057 m), no maciço de Sette Fratelli (sudeste), e no sudoeste, o monte Linas (1 236 m) e os montes Sulcis.
As áreas montanhosas e planaltos estão separados por extensos vales aluviais e planícies, sendo as mais importantes as de Nurra, a noroeste, e de Campidano, a mais extensa, no sudoeste, entre Oristano e Cálhari.
Os principais rios são o Tirso, com 151 km, o Flumendosa, com 127 km, e o Coghinas, com 115 km. Existem pelo menos 54 barragens que são usadas para irrigação agrícola e produção de eletricidade. As mais importantes são a de Omodeo e de Coghinas. O único lago natural de água doce é o de Baratz, no noroeste, perto de Alghero. Existem várias lagoas de água salgada pouco profundas ao longo da linha costeira.
As ilhas mais importantes são: Asinara, San Pietro, Sant'Antioco e as do arquipélago de Maddalena.
Clima
O clima é mediterrânico, com temperaturas geralmente suaves, até mesmo no inverno, com primaveras e outonos quentes, verões que podem ser muito quentes, chegando mesmo aos 45 graus Celsius, o que é propício à ocorrência dos incêndios frequentes. Em contrapartida, as temperaturas mais baixas nunca são inferiores a 0 grau Celsius. O vento dominante é o mistral, que sopra de noroeste durante praticamente todo o ano, principalmente no inverno e primavera, por vezes com bastante intensidade, o que faz as delícias dos amantes da vela. Sendo geralmente frio e seco, tem um efeito refrescante.
A temperatura média anual na costa é de 18 graus Celsius, variando entre os 14 graus Celsius e os 20 graus Celsius na generalidade da ilha. Ao contrário da vizinha Córsega, a chuva é escassa (entre 400 e 500 milímetros anuais, repartidos por uma média de 40 dias de chuva) e as secas são frequentes. A média anual de dias de sol é de aproximadamente 300, concentrando-se a chuva predominantemente no outono e inverno, com chuvas intensas na primavera.
No centro da ilha o clima tende a ser mais rigoroso, chegando a ocorrer neve no inverno. No sul, a seca pode durar vários meses, à semelhança do norte de África (a Tunísia encontra-se a aproximadamente 200 quilômetros).
Ambiente
Devido aos sua baixa densidade populacional, a Sardenha permaneceu bastante selvagem, apresentando uma grande diversidade de fauna e flora, com numerosas espécies endémicas devido aos seu isolamento. Um estudo levado a cabo por uma equipa da Universidade de Cálhari enumerou 65 espécies vegetais com propriedades medicinais só na região de Fluminimaggiore, no sudoeste da ilha.
A abundância de sardinha nas costas da ilha está na origem do nome em latim deste peixe (sardina, "da Sardenha"). A costa é igualmente rica em crustáceos.
A ilha tem algumas leis ambientais e, após um gigantesco plano de reflorestação, tornou-se a região italiana com a maior extensão de floresta (1 213 250 ha). O plano de ordenamento do território proíbe novas construções na costa fora dos centros urbanos, perto de florestas, lagos ou outros locais de interesse ambiental ou cultural e a agência de conservção do governo regional Conservatoria delle Coste assegura a proteção das áreas naturais costeiras da Sardenha. As energias renováveis desenvolveram-se notavelmente em anos recentes, especialmente a energia eólica, favorecida pelo clima ventoso, mas também a energia solar. O Nobel da Física Carlo Rubbia lidera o projeto da criação de uma central térmica solar e de biocombustíveis baseados em óleo de Jatropha (pinhão manso ou purgueira) e óleo de colza.
Fauna
Algumas das espécies raras ou incomuns que se encontram na ilha são:
- Foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus) ou lobo marinho.
- Cavalo de Giara, uma raça autóctone, a única selvagem da Europa.
- Burro albino ou burro branco ( Equus asinus albina), uma subespécie do burro endémica da ilha de Asinara.
- Muflão-sardo (Ovis musimon ou Ovis ammon musimon), uma espécie de carneiro selvagem.
- Veado-da-córsega ( Cervus elaphus corsicanus), uma subespécie de veado-vermelho.
- Javali (Sus scrofa)
- Sosòga ou tiligugu' ou gongilo (Chalcides ocellatus ), uma espécie de lagarto que só se encontra na Sardenha, Sicília e Magrebe, cujo comprimento chega a atingir 30 cm, dos quais quase metade são da cauda.
- Borboletas das espécies Pseudophilotes barbagiae, Papilio hospiton e Euchloe insularis
- Euproctus da Sardenha, uma salamandra
- Diversas aves de rapina do género Buteo e outros, como o falcão-da-rainha (Falco eleonorae), açor (Accipiter gentilis)
- Pato-de-rabo-alçado(Oxyura leucocephala)
- Sylvia sarda, ave passeriforme
- Doninha (Mustela nivalis)
- Golfinho-comum (Tursiops truncatus)
Há pelo menos quatro subespécies endémicas de aves, que não se encontram em mais nenhuma parte do mundo:
- Pica-pau-malhado-grande (Dendrocopos major, subespécie harterti)
- Chapim-real (Parus major, subespécie ecki)
- Tentilhão ( Fringilla coelebs sarda)
- Gaio-comum (Garrulus glandarius, subespécie ichnusae)
Além destas, há ainda 10 subespécies endémicas partilhadas com a Córsega. A Sardenha está nos limites de distribuição de algumas espécies ou subsespécies — por exemplo, a subespécie cornix Gralha-cinzenta (Corvus cornix) encontra-se na Sardenha e na Córsega, mas não mais a sul.
Em contrapartida, não estão presentes na ilha algumas espécies comuns no continente europeu, como sejam as víboras da subfamília Viperinae, a marmota.
A ilha há muito que é usada para criação da ovelha da Sardenha, uma raça autóctone.
Flora
Algumas espécies de plantas presentes na iha são:
- Murta-comum (género Myrtus)
- Buxo (Buxus sempervirens e Buxus balearica)
- Catananche (género)
- Figueira da Índia (Opuntia ficus-indica)
- Junípero espanhol (Juniperus thurifera)
- Cardo (Cynara cardunculus)
- Scrophularia trifoliata
- Orquídeas (família Orchidaceae; diversas espécies endémicas)
- Amor-perfeito corsa ( Viola corsica)
- Urtiga negrusca sarda ( Urtica atrovirens)