Bhutan glory, Glória-do-butão
Bhutanitis lidderdalii (denominada popularmente, em inglês, Bhutan Glory; na tradução para o português, Glória-do-Butão) é uma borboleta da região indo-malaia, pertencente à família Papilionidae e subfamília Parnassiinae, encontrada no norte da Índia, Butão, Myanmar, oeste e sudoeste da China e norte da Tailândia. Foi classificada por Atkinson, em 1873; assim denominada no texto Description of a new Genus and Species of Papilionidae from the South-eastern Himalayas, publicado no Proceedings of the Zoological Society of London. Suas lagartas se alimentam de diversas espécies de plantas do gênero Aristolochia (família Aristolochiaceae).
Esta borboleta possui asas com envergadura máxima de 10.5 centímetros, sem grande dimorfismo sexual. Vista por cima ela apresenta tom geral enegrecido, com fileiras de linhas claras, onduladas e características, nas asas anteriores e posteriores. No fim das asas posteriores existem manchas em vermelho, negro e azul, formando ocelos, e uma área em amarelo na margem final das asas; além de apresentar uma série de quatro finas projeções, como caudas, em cada asa posterior.
De acordo com W. S. Atkinson "este refinado inseto foi primeiro descoberto em maio de 1868 perto de Buxa, nos Himalaias do Butão, a uma altitude de 5.000 pés (1.524 metros), pelo Dr. R. Lidderdale, do exército de Bengala. O Dr. Lidderdale obteve dois espécimes frescos na mesma localidade, em 1872, e de um desses me comunicou gentilmente; de onde a descrição anterior e o desenho que a acompanha foram preparados. Estou feliz em associar o nome do Dr. Lidderdale à sua interessante descoberta".
São avistadas visitando flores, das quais se alimentam do néctar. É uma borboleta de montanhas e vales montanhosos, que pode ser encontrada nas proximidades de grandes árvores, dentro de florestas de coníferas, ao redor das quais gosta de passar o tempo; mas também ocorrendo em prados e clareiras. Em repouso, esconde sob as asas anteriores toda a magnificência de suas asas traseiras e se funde com a paisagem. São vistas frequentemente em praias de rios ou em faixas úmidas do solo, onde possam sugar substâncias minerais. Às vezes elas são vistas individualmente, mas é mais frequente avistá-las em um pequeno grupo.