País

Indonésia

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Indonésia, oficialmente República da Indonésia, é um país localizado entre o Sudeste Asiático e a Austrália, sendo o maior arquipélago do mundo, composto pelas Ilhas de Sonda, a metade ocidental da Nova Guiné e compreendendo no total 17 508 ilhas.

Geografia

A Indonésia possui 17 508 ilhas das quais cerca de 6 000 são habitadas. As principais são Java, Samatra, Bornéu (compartilhada com a Malásia e Brunei), Nova Guiné (compartilhada com a Papua-Nova Guiné) e as Celebes. A Indonésia tem fronteiras terrestres apenas com a Malásia (na ilha de Bornéu), Papua-Nova Guiné (na Nova Guiné) e Timor-Leste, na ilha de Timor. Além disso, apenas alguns estreitos separam a Indonésia de Singapura, Filipinas e Austrália. A capital, Jacarta, está localizada na ilha de Java e é a maior cidade do país, seguida de Bandungue, Surabaia, Medã e Samarão.

Com 1 904 569 km², a Indonésia é o décimo sexto país mais extenso do mundo, em termos de superfície. Sua densidade populacional é de 134 hab./km², a 88ª mais alta do mundo, enquanto Java, a ilha mais povoada do mundo tem uma densidade populacional de 940 hab./km². Com 4 884 m de altitude, o Pirâmide Carstensz, em Papua, é o ponto mais elevado da Indonésia, enquanto o lago Toba em Samatra é o lago mais extenso do país, com uma área de 1 145 km². Os maiores rios do país estão em Calimantã, dos quais se utilizam como via de comunicação e transporte entre os habitantes da ilha.

Situando-se entre as placas tectônicas do Pacífico, Euro-Asiática e Indo-australiana, a Indonésia é um país com muitos vulcões e com frequentes sismos, com pelo menos 150 vulcões ativos, incluindo o Krakatoa e o Tambora, famosos por suas erupções devastadoras no século XIX. Entre os desastres causados pela atividade sísmica recente, se encontram o Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004, que matou cerca de 170 000 pessoas no norte de Samatra, o Sismo de Java de maio de 2006 e os sismos das Celebes de 2018. No entanto, a cinza vulcânica é um dos principais fatores que contribuem para a alta fertilidade do solo que tem mantido a densidade populacional de Java e Bali.

Por se encontrar nas proximidades da Linha do Equador, a Indonésia tem um clima tropical, com diferentes temporadas de monções, de chuvas e de seca. A precipitação média anual varia de 1 780 mm nas planícies até 6 100 mm nas regiões montanhosas. Geralmente, a umidade é alta, com média de cerca de 80%. As temperaturas variam pouco ao longo do ano, em Jacarta, as médias são de 26 a 30 °C.

Biodiversidade

O tamanho, o clima tropical e a geografia do arquipélago da Indonésia são a base para o segundo maior nível de biodiversidade do mundo (depois do Brasil) e sua fauna e flora são uma mistura de espécies provenientes da Ásia e da Australásia. As ilhas da Plataforma Sunda (Sumatra, Java, Bornéu e Bali) foram uma vez ligadas ao continente asiático e tem parte da riqueza da fauna asiática. Grandes espécies de tigres, da rinocerontes, orangotangos, elefantes e leopardos eram abundantes no país, mas a população e a distribuição desses animais diminuíram drasticamente. As florestas cobrem cerca de 60% do território do país.

Em Sumatra e Calimantã, estas florestas são predominantemente de espécies asiáticas. No entanto, as florestas da ilha de Java, que é menor e mais densamente povoada, foram em sua maioria removidas para a habitação humana e agricultura. As ilhas das Celebes, Sonda e Molucas, por serem separadas de massas continentais, desenvolveram suas próprias flora e fauna. A Papua fazia parte do continente australiano e é o lar de uma fauna e flora únicas estreitamente relacionadas com a Austrália, incluindo mais de 600 espécies de aves.

A Indonésia é o segundo país (apenas atrás da Austrália) em número de espécies endêmicas, sendo que 36% das 1531 espécies de aves e 39% das 515 espécies de mamíferos do país são endêmicas. O litoral indonésio de mais de 80 mil quilômetros é cercados por mares tropicais que contribuem para o alto nível de biodiversidade do país, além de conter uma variedade de ecossistemas costeiros, como praias, dunas, estuários, manguezais, recifes de coral, bancos de algas marinhas, lodaçais costeiros, planícies de maré, leitos de algas e ecossistemas de pequenas ilhas. A Indonésia é um dos países do chamado "triângulo de corais" com um dos maiores níveis de diversidade mundial de peixes de recife de corais, com mais de 1 650 espécies registradas apenas no leste do país.

O naturalista britânico Alfred Wallace, descreveu uma linha divisória entre as ecozonas de espécies da Ásia e da Australásia. Conhecido como Linha de Wallace, ela é percorre um trajeto de norte-sul ao longo da borda da plataforma Sunda, entre Calimantã e as Celebes, e ao longo do profundo estreito de Lombok, entre Lombok e Bali. A oeste da linha, a flora e a fauna são mais asiáticas; ao leste elas são cada vez mais australianas. Em seu livro de 1869, O Arquipélago Malaio (em inglês: The Malay Archipelago), Wallace descreveu inúmeras espécies únicas da região. A região de ilhas entre a linha e a Nova Guiné é agora denominada Wallacea.

Meio ambiente

A grande população da Indonésia e seu nível de industrialização apresentam sérios problemas ambientais imediatos, mas que são muitas vezes negligenciados pelos altos níveis de pobreza do país, com poucos recursos de governança. Entre os principais problemas estão o desmatamento em grande escala (muitos deles ilegais) e incêndios que levam fumaça pesada sobre partes do oeste da Indonésia, Malásia e Singapura, além da exploração excessiva dos recursos marinhos; entre os problemas ambientais associados com a rápida urbanização e o desenvolvimento econômico, estão a poluição do ar, congestionamentos de trânsito, gestão dos resíduos sólidos e de recursos de água potável. O desmatamento e a destruição de turfeiras fazem da Indonésia o terceiro maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

A destruição de habitats ameaça a sobrevivência de espécies nativas e endêmicas, como 140 espécies de mamíferos identificadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como ameaçadas e 15 identificadas como em perigo crítico, entre as quais estão o estorninho-de-bali, o orangotango-de-sumatra e o rinoceronte-de-java. Grande parte do desmatamento na Indonésia é causado pela eliminação de florestas para a indústria de óleo de palma, que consumiu 18 milhões de hectares de floresta para expansão da produção do óleo de palma. A expansão desta indústria requer a redistribuição de terras, além de alterações nos ecossistemas locais e naturais, apesar de poder gerar riqueza para as comunidades locais quando bem feita. Se for feita da maneira errada, a produção do óleo de palma pode degradar os ecossistemas e causar conflitos sociais.

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Indonésia, oficialmente República da Indonésia, é um país localizado entre o Sudeste Asiático e a Austrália, sendo o maior arquipélago do mundo, composto pelas Ilhas de Sonda, a metade ocidental da Nova Guiné e compreendendo no total 17 508 ilhas.

Geografia

A Indonésia possui 17 508 ilhas das quais cerca de 6 000 são habitadas. As principais são Java, Samatra, Bornéu (compartilhada com a Malásia e Brunei), Nova Guiné (compartilhada com a Papua-Nova Guiné) e as Celebes. A Indonésia tem fronteiras terrestres apenas com a Malásia (na ilha de Bornéu), Papua-Nova Guiné (na Nova Guiné) e Timor-Leste, na ilha de Timor. Além disso, apenas alguns estreitos separam a Indonésia de Singapura, Filipinas e Austrália. A capital, Jacarta, está localizada na ilha de Java e é a maior cidade do país, seguida de Bandungue, Surabaia, Medã e Samarão.

Com 1 904 569 km², a Indonésia é o décimo sexto país mais extenso do mundo, em termos de superfície. Sua densidade populacional é de 134 hab./km², a 88ª mais alta do mundo, enquanto Java, a ilha mais povoada do mundo tem uma densidade populacional de 940 hab./km². Com 4 884 m de altitude, o Pirâmide Carstensz, em Papua, é o ponto mais elevado da Indonésia, enquanto o lago Toba em Samatra é o lago mais extenso do país, com uma área de 1 145 km². Os maiores rios do país estão em Calimantã, dos quais se utilizam como via de comunicação e transporte entre os habitantes da ilha.

Situando-se entre as placas tectônicas do Pacífico, Euro-Asiática e Indo-australiana, a Indonésia é um país com muitos vulcões e com frequentes sismos, com pelo menos 150 vulcões ativos, incluindo o Krakatoa e o Tambora, famosos por suas erupções devastadoras no século XIX. Entre os desastres causados pela atividade sísmica recente, se encontram o Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004, que matou cerca de 170 000 pessoas no norte de Samatra, o Sismo de Java de maio de 2006 e os sismos das Celebes de 2018. No entanto, a cinza vulcânica é um dos principais fatores que contribuem para a alta fertilidade do solo que tem mantido a densidade populacional de Java e Bali.

Por se encontrar nas proximidades da Linha do Equador, a Indonésia tem um clima tropical, com diferentes temporadas de monções, de chuvas e de seca. A precipitação média anual varia de 1 780 mm nas planícies até 6 100 mm nas regiões montanhosas. Geralmente, a umidade é alta, com média de cerca de 80%. As temperaturas variam pouco ao longo do ano, em Jacarta, as médias são de 26 a 30 °C.

Biodiversidade

O tamanho, o clima tropical e a geografia do arquipélago da Indonésia são a base para o segundo maior nível de biodiversidade do mundo (depois do Brasil) e sua fauna e flora são uma mistura de espécies provenientes da Ásia e da Australásia. As ilhas da Plataforma Sunda (Sumatra, Java, Bornéu e Bali) foram uma vez ligadas ao continente asiático e tem parte da riqueza da fauna asiática. Grandes espécies de tigres, da rinocerontes, orangotangos, elefantes e leopardos eram abundantes no país, mas a população e a distribuição desses animais diminuíram drasticamente. As florestas cobrem cerca de 60% do território do país.

Em Sumatra e Calimantã, estas florestas são predominantemente de espécies asiáticas. No entanto, as florestas da ilha de Java, que é menor e mais densamente povoada, foram em sua maioria removidas para a habitação humana e agricultura. As ilhas das Celebes, Sonda e Molucas, por serem separadas de massas continentais, desenvolveram suas próprias flora e fauna. A Papua fazia parte do continente australiano e é o lar de uma fauna e flora únicas estreitamente relacionadas com a Austrália, incluindo mais de 600 espécies de aves.

A Indonésia é o segundo país (apenas atrás da Austrália) em número de espécies endêmicas, sendo que 36% das 1531 espécies de aves e 39% das 515 espécies de mamíferos do país são endêmicas. O litoral indonésio de mais de 80 mil quilômetros é cercados por mares tropicais que contribuem para o alto nível de biodiversidade do país, além de conter uma variedade de ecossistemas costeiros, como praias, dunas, estuários, manguezais, recifes de coral, bancos de algas marinhas, lodaçais costeiros, planícies de maré, leitos de algas e ecossistemas de pequenas ilhas. A Indonésia é um dos países do chamado "triângulo de corais" com um dos maiores níveis de diversidade mundial de peixes de recife de corais, com mais de 1 650 espécies registradas apenas no leste do país.

O naturalista britânico Alfred Wallace, descreveu uma linha divisória entre as ecozonas de espécies da Ásia e da Australásia. Conhecido como Linha de Wallace, ela é percorre um trajeto de norte-sul ao longo da borda da plataforma Sunda, entre Calimantã e as Celebes, e ao longo do profundo estreito de Lombok, entre Lombok e Bali. A oeste da linha, a flora e a fauna são mais asiáticas; ao leste elas são cada vez mais australianas. Em seu livro de 1869, O Arquipélago Malaio (em inglês: The Malay Archipelago), Wallace descreveu inúmeras espécies únicas da região. A região de ilhas entre a linha e a Nova Guiné é agora denominada Wallacea.

Meio ambiente

A grande população da Indonésia e seu nível de industrialização apresentam sérios problemas ambientais imediatos, mas que são muitas vezes negligenciados pelos altos níveis de pobreza do país, com poucos recursos de governança. Entre os principais problemas estão o desmatamento em grande escala (muitos deles ilegais) e incêndios que levam fumaça pesada sobre partes do oeste da Indonésia, Malásia e Singapura, além da exploração excessiva dos recursos marinhos; entre os problemas ambientais associados com a rápida urbanização e o desenvolvimento econômico, estão a poluição do ar, congestionamentos de trânsito, gestão dos resíduos sólidos e de recursos de água potável. O desmatamento e a destruição de turfeiras fazem da Indonésia o terceiro maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

A destruição de habitats ameaça a sobrevivência de espécies nativas e endêmicas, como 140 espécies de mamíferos identificadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como ameaçadas e 15 identificadas como em perigo crítico, entre as quais estão o estorninho-de-bali, o orangotango-de-sumatra e o rinoceronte-de-java. Grande parte do desmatamento na Indonésia é causado pela eliminação de florestas para a indústria de óleo de palma, que consumiu 18 milhões de hectares de floresta para expansão da produção do óleo de palma. A expansão desta indústria requer a redistribuição de terras, além de alterações nos ecossistemas locais e naturais, apesar de poder gerar riqueza para as comunidades locais quando bem feita. Se for feita da maneira errada, a produção do óleo de palma pode degradar os ecossistemas e causar conflitos sociais.

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