Bachia oxyrhina é uma nova espécie de Bachia, do grupo bresslaui, foi descrita na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, uma área de proteção nos centros dos Cerrados brasileiros do estado do Tocantins. A nova espécie é mais parecida com a Bachia psamophila da qual difere na morfologia dos membros, na cabeça e na escala corporal. Como em Bachia psamophila, o focinho/nariz em forma de pá da nova espécie é altamente proeminente, uma adaptação relacionada aos seus hábitos psamófilos (Que tem preferência por solos arenosos ou pelo fundo arenoso de ambientes aquáticos).
Os lagartos gnoftalmídeos fósseis do gênero Bachia não possuem uma abertura externa da orelha, têm um corpo alongado e cauda, apresentam uma pálpebra distinta e mostram variação substancial nos níveis de redução de membros (Colli et al. 1998; Kohlsdorf & Wagner 2006; Rodrigues et al. 2007). O gênero foi revisado pela última vez com base em atributos de Dixon (1973) que reconheceram 15 espécies e 12 subespécies que foram alocadas em quatro espécies grupos: bresslaui, dorbignyi, heteropa e flavescens. Desde então, a taxonomia de Bachia tem sido amplamente baseada na revisão de Dixon, embora o status de várias espécies tenha sido reavaliado e novas espécies tenham sido descrito (Hoogmoed & Dixon 1977; McDiarmid & DeWeese 1977; Avila-Pires 1995; Kizirian & McDiarmid 1998; Castrillon & Strussmann 1998; Rodrigues et al. 2007).
O nome específico deriva do grego “oxi” (afiado, espatulado, em forma de cunha) e “Rhino” (nariz), sendo uma referência ao nariz pronunciado em forma de cunha desta espécie, uma adaptação à vida em habitats arenosos onde ocorre.