Rinoceronte de lábios quadrados
O rinoceronte-branco (nome científico: Ceratotherium simum) ou rinoceronte de lábios quadrados é o maior dos rinocerontes, da ordem dos mamíferos perissodáctilos. Difere-se do rinoceronte-negro não exatamente pela cor (ambas as espécies são acinzentadas, sendo o rinoceronte-branco de tonalidade mais clara e o rinoceronte-negro de tonalidade mais escura), e sim pelo formato de seus lábios. O rinoceronte-branco consistia em duas subespécies: o rinoceronte-branco do-sul é a mais abundante, com uma população estimada em aproximadamente 18 000 indivíduos em 2020, e o rinoceronte-branco-do-norte, que é muito mais raro, sendo que em 2018, morreu o último macho das espécies, ficando apenas duas fêmeas da subespécie. Pesquisadores tentarão reproduzir o grupo por meio de fecundação in vitro, com material genético coletado do macho.
O rinoceronte branco é a maior das cinco espécies existentes de rinocerontes. Ele pesa um pouco mais em média do que um hipopótamo, apesar de haver uma considerável sobreposição de massa corporal entre essas duas espécies. Tem um corpo maciço e uma cabeça grande, um pescoço curto e grosso. O comprimento total da espécie é de 3,7 a 4 m nos machos, que pesam 3 600 kg em média, e 3,4 a 3,65 m nas fêmeas relativamente mais leves com 1 700 kg, com a cauda tendo mais de 70 cm, a altura no ombro varia de 1,70-1,86 m no macho e 1,60-1,77 na fêmea, o tamanho máximo que a espécie é capaz de atingir não é definitivamente conhecido, espécimes de até 3 600 kg já foram registrados, sendo que o maior espécime tinha cerca de 4 530 kg. Em seu focinho está presente dois chifres, que são feitos de queratina endurecida, o que os difere dos chifres existentes nos bovídeos. O chifre dianteiro é maior, e tem uma média de 60 cm de comprimento, atingindo até 150 cm, mas apenas em fêmeas. O rinoceronte branco também possui uma corcunda notável na parte de trás do pescoço, cada uma de suas quatro patas são dotadas de três dedos. A cor do corpo varia de castanho amarelado a cinza, os únicos pelos de seu corpo estão presentes nas orelhas e na cauda. Suas orelhas são capazes de se mover de forma independente para captar melhor os sons do ambiente, seu olfato é relativamente aguçado e os rinocerontes brancos possuem as mais largas narinas dentre todos os animais terrestres, o que compensa a sua fraca visão.
A espécie tem uma distribuição geográfica descontínua. A subespécie C. s. cottoni ocorria no sul do Chade, no leste da República Centro-Africana, sudoeste do Sudão (hoje Sudão do Sul), nordeste da República Democrática do Congo e noroeste de Uganda.
O C. s. simum ocorria no sul da África, no sudeste de Angola, possivelmente no sudoeste da Zâmbia, centro e sul de Moçambique, Zimbábue, Botsuana, leste da Namíbia e norte e leste da África do Sul.
No final do século XIX, pensava-se que o Rinoceronte branco do sul estava extinto, mas 1895, um população de menos de 100 animais foi descoberta em KwaZulo-Natal na África do Sul. Em 2023 existem cerca de 18 000 animais em áreas protegidas.
Ele habita as zonas descampadas e planas da África, comparado às outras espécies, é pacato e inofensivo. Por causa das queimadas e da exploração de minérios na África esse habitat vem sendo reduzido, colocando em risco a sobrevivência da espécie.
O rinoceronte-branco é atualmente caçado devido ao seu corno, que na medicina tradicional oriental é utilizado devido a supostas propriedades medicinais, utilizadas para curar uma grande variedade de doenças, propriedades estas cujo valor medicinal nunca foi confirmado por um estudo cientifico.