Acanthochelys spixii
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Acanthochelys spixii

Acanthochelys spixii é uma espécie popularmente chamada de “cágado-negro” (por conta de sua coloração que varia de cinza-escura a negra) e de “cágado-de-espinhos” (em consequência de estruturas tuberculares pontiagudas alongadas que recobrem seu pescoço).

Origem do nome animal

O nome genérico Acanthochelys tem origem grega e pode ser traduzido como “tartaruga com espinhos", fazendo referência aos tubérculos pontiagudos no pescoço dos indivíduos. Já o nome nome específico spixii é uma homenagem a Johann Baptist von Spix, naturalista alemão que promoveu expedições ao Brasil entre os anos de 1817 a 1820.

Aparência

Espécie de porte médio (a comprimento da carapaça), sem dimorfismo sexual aparente (ou seja, machos e fêmeas têm tamanho semelhante). Na região do pescoço possui tubérculos pontiagudos e alongados. O formato da carapaça é achatado e elíptico; entre o 1° escudo vertebral até a porção anterior entre o 5° escudo vertebral, apresenta um sulco superficial dorsal. Em indivíduos adultos, o 1º e o 5º escudo vertebral têm maior largura do que comprimento, sendo o 1º escudo vertebral mais largo que os demais. Do 2º ao 4º escudo vertebral o comprimento e largura são iguais, por vezes, mais compridos do que largos.

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Os indivíduos jovens não possuem o sulco superficial dorsal mediano, com a possibilidade de terem uma quilha medial baixa. A carapaça nos adultos é cinza-escura ou preta, ocasionalmente amarela na base das pleurais, provavelmente de origem pedomórfica, já que os neonatos têm manchas amarelas, alaranjadas ou vermelhas no plastrão. A cauda é relativamente curta e todas as partes macias do corpo são verde oliváceo a cinza. Machos com plastrão côncavo e fêmeas com plastrão plano.

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Distribuição

Geografia

Continentes
Reinos biogeográficos

A presença da espécie foi registrada desde a Argentina, passando pelo Uruguai e no Brasil, sendo que neste país possui uma ampla distribuição, ocorrendo nas bacias dos rios São Francisco, Paraguai, Paraná e na região hidrográfica do Atlântico Sul, no Rio Grande do Sul, além de também ocorrerem no cerrado brasileiro.

Hábitos e estilo de vida

Estilo de vida

Dieta e nutrição

Os indivíduos de A. spixii são animais oportunistas, possuindo uma dieta predominantemente carnívora. Utilizam sucção na alimentação, e entre alguns componentes de sua dieta estão: ninfas de Odonata, larvas aquáticas de insetos, ninfas de Aeshinidae, Hemiptera, Diptera e até mesmo anuros adultos.

Hábitos de acasalamento

Acasalamento: Estende-se de novembro a janeiro. Ocorre sempre dentro d’água, com temperatura entre 20º e 27ºC. O macho aproxima-se da fêmea por trás, aproximando suas narinas da região cloacal. Caso a fêmea não se afaste, o macho monta-a de imediato. Na pré-cópula, o macho – com as garras das quatro patas – segura os escudos marginais da carapaça da fêmea. Na cópula, o macho posiciona-se sobre a fêmea, mantendo oas patas posteriores sob a face ventral de seus escudos marginais posteriores.

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Nidificação: A espécie é caracterizada por desovar durante a noite nidificando a cerca de 10metros dos corpos d’água em áreas abertas com vegetação rasteira. O período de nidificação ocorre de fevereiro a maio. A fêmea procura na areia um local para fazer seu ninho, usando o olfato para guiá-la ao melhor lugar. Durante a abertura da cova, a fêmea usa os membros posteriores alternadamente. Os ninhos de A. spiixi apresentam um “pescoço” e uma câmara de incubação, com profundidade média de 7 cm. Após a postura dos ovos, a fêmea volta imediatamente para a água. Os números de ovos por ninho variam de apenas 1 a 4. Possuem cor branca, casca calcárea e lisa, com aproximadamente 9g e 2,7 cm.

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População

Conservação

Acanthochelys spixii é uma espécie difícil de ser encontrada, portanto rara. As áreas de reprodução da espécie no Rio Grande do Sul estão altamente impactadas pelo cultivo de arroz. Também há relatos de filhotes que são traficados e utilizados como animais de estimação no Rio Grande do Sul, pois possuem coloração atrativa. Ainda assim, seu estado de conservação é considerado pouco preocupante no Brasil, segundo a edição de 2018 do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Em nível global a espécie é considerada quase ameaçada, mas trata-se de uma avaliação realizada em 1996 e ainda não atualizada.

Referências

1. Acanthochelys spixii artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Acanthochelys_spixii
2. Acanthochelys spixiino site da Lista Vermelha da IUCN - https://www.iucnredlist.org/species/76/97260200

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