Continente

América do Sul

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A América do Sul é um continente que compreende a porção meridional da América.

Geografia

A América do Sul ocupa uma área de 17 819 100 quilômetros quadrados, localiza-se a 60º 00' 00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 20º 00' 00" de latitude sul da Linha do Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico.

O subcontinente é cortado por linhas imaginárias. A primeira é conhecida como linha do equador que passa pelos países Equador, Colômbia e Brasil, correspondendo a um corte perpendicular ao eixo de rotação da Terra, dividindo o planeta ao meio e conseguindo duas metades simétricas. A segunda linha é conhecida como o Trópico de Capricórnio, que corta Brasil, Argentina, Paraguai e Chile, correspondendo ao ponto mais ao sul do planeta onde é possível se ver o sol no ponto mais alto do céu, a partir dessa linha quem está mais ao sul nunca vê o Sol a pino.

No continente, existem tipos bem diversos de ambiente. A oeste fica a extensa cadeia montanhosa dos Andes, que atinge até 6 700 m de altitude em alguns pontos. O norte é quase completamente tomado pela densa e úmida Floresta Amazônica. Na região central do continente predominam áreas alagadas que incluem o Pantanal brasileiro e Chaco boliviano. Mais para o sul há planícies e cerrados. Na costa leste, a floresta costeira original cedeu lugar à ocupação industrial e agrícola.

Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9 583 000 km². A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante formação lacustre do norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.

Clima

A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade constante a partir dos 30 de latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude.

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões mais quentes do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais extensa do continente localizar-se na zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies equatoriais do que qualquer outra região.

As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27 °C, com baixa amplitudes térmicas e altos índices pluviométricos. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima equatorial do tipo congolês, que engloba também partes do território brasileiro.

O centro-leste do planalto brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes norte e leste do pampa argentino possuem clima subtropical húmido com invernos secos e verões húmidos do tipo chinês, enquanto as faixas oeste e leste tem clima subtropical do tipo dinárico. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são mais frios do tipo que ocorre nos ponto mais elevado dos fiordes noruegueses. Nos planaltos andinos, predomina o clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente, clima mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido do Nordeste brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas, onde lá muda-se para rumo nordeste formando assim a mais importante e famosa corrente oceânica do mundo, a Corrente do Golfo.

Biodiversidade

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica. Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco. Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semiárido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.

Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia. Quando as Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, a fauna terrestre e de água doce migrou do Norte para o Sul e vice-versa. Este foi o denominado Grande Intercâmbio Americano, que atingiu seu ápice por volta de três milhões de anos atrás. A fauna das florestas tropicais caracteriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha. A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha. A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna caracteristicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das regiões mais frias.

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A América do Sul é um continente que compreende a porção meridional da América.

Geografia

A América do Sul ocupa uma área de 17 819 100 quilômetros quadrados, localiza-se a 60º 00' 00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 20º 00' 00" de latitude sul da Linha do Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico.

O subcontinente é cortado por linhas imaginárias. A primeira é conhecida como linha do equador que passa pelos países Equador, Colômbia e Brasil, correspondendo a um corte perpendicular ao eixo de rotação da Terra, dividindo o planeta ao meio e conseguindo duas metades simétricas. A segunda linha é conhecida como o Trópico de Capricórnio, que corta Brasil, Argentina, Paraguai e Chile, correspondendo ao ponto mais ao sul do planeta onde é possível se ver o sol no ponto mais alto do céu, a partir dessa linha quem está mais ao sul nunca vê o Sol a pino.

No continente, existem tipos bem diversos de ambiente. A oeste fica a extensa cadeia montanhosa dos Andes, que atinge até 6 700 m de altitude em alguns pontos. O norte é quase completamente tomado pela densa e úmida Floresta Amazônica. Na região central do continente predominam áreas alagadas que incluem o Pantanal brasileiro e Chaco boliviano. Mais para o sul há planícies e cerrados. Na costa leste, a floresta costeira original cedeu lugar à ocupação industrial e agrícola.

Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9 583 000 km². A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante formação lacustre do norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.

Clima

A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade constante a partir dos 30 de latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude.

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões mais quentes do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais extensa do continente localizar-se na zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies equatoriais do que qualquer outra região.

As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27 °C, com baixa amplitudes térmicas e altos índices pluviométricos. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima equatorial do tipo congolês, que engloba também partes do território brasileiro.

O centro-leste do planalto brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes norte e leste do pampa argentino possuem clima subtropical húmido com invernos secos e verões húmidos do tipo chinês, enquanto as faixas oeste e leste tem clima subtropical do tipo dinárico. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são mais frios do tipo que ocorre nos ponto mais elevado dos fiordes noruegueses. Nos planaltos andinos, predomina o clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente, clima mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido do Nordeste brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas, onde lá muda-se para rumo nordeste formando assim a mais importante e famosa corrente oceânica do mundo, a Corrente do Golfo.

Biodiversidade

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica. Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco. Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semiárido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.

Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia. Quando as Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, a fauna terrestre e de água doce migrou do Norte para o Sul e vice-versa. Este foi o denominado Grande Intercâmbio Americano, que atingiu seu ápice por volta de três milhões de anos atrás. A fauna das florestas tropicais caracteriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha. A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha. A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna caracteristicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das regiões mais frias.

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