A mobelha-do-pacífico (Gavia pacifica) é uma ave da família das Gaviidae. Muito próxima da mobelha-árctica, foi durante muito tempo considerada como pertencente à mesma espécie.
Vários países emitiram selos postais com a imagem desta ave: o Canadá em 2000, a Dominica em 1986, e a Mongólia em 1978 e 1993 (ver um exemplo).
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Começa porAinda que o macho seja ligeiramente maior que a fêmea, não existe praticamente dimorfismo sexual nesta espécie.
Esta mobelha tem um comprimento compreendido entre 58 e 74 cm, e uma envergadura de 110 a 128 cm. O seu peso pode variar de 1000 a 2500 g.
Os adultos em plumagem nupcial apresentam a cabeça cinzenta, a garganta preta com riscos brancos e pretos longitudinais nos lados, o ventre branco e o dorso axadrezado em preto e branco.
A plumagem internupcial é mais suave e acastanhada; a fronte e a nuca são brancas.
Esta ave habita perto dos lagos profundos da tundra ou do norte da taiga. A sua área de distribuição durante a estação de nidificação, vai do Alasca no norte do Canadá, até, a leste, à ilha de Baffin no continente americano, e na Eurásia, a espécie é encontrada a leste do rio Lena na Sibéria (Rússia).
Inverna no mar, principalmente nas costas do Pacífico, mas também em grandes lagos. A sua distribuição é então muito mais vasta. É possível encontrá-las na China, no Japão, na Coreia do Norte e Coreia do Sul, nos Estados Unidos e no México.
Como todas as mobelhas, a mobelha-do-pacífico tem uma marcha muito desajeitada em terra firme devido a ter as patas inseridas muito atrás no corpo, e é incapaz de descolar a partir de terra. Necessita de 30 a 50 m de comprimento de água livre para conseguir descolar. Voa com o pescoço esticado e as patas pendentes.
Ao contrário das outras mobelhas, a mobelha-do-pacífico migra frequentemente em bando. Esta ave migra para o norte a partir de Abril para as populações mais meridionais, e de Maio para as outras, dirigindo-se às áreas de nidificação. Algumas mobelhas da Sibéria fazem um grande desvio, atravessando a Eurásia até ao mar Báltico, e depois seguem ao longo dos rios até à foz do rio Ienissei e do rio Lena, o que representa uma viagem de 15 000 km. O regresso da migração poderá ter início a partir de meados de Agosto para as populações mais a norte, sendo partes do trajecto efectuadas a nado (os jovens voam ainda muito mal). A partida principal para o sul, para as áreas de invernagem, acontece em Outubro e Novembro.
Têm sido observados indivíduos errantes na Gronelândia, em Hong Kong e na Grã-Bretanha.
Emite gritos abafados ("uoueuuuh").
Sendo piscívora como todas as mobelhas, esta ave pode também consumir invertebrados aquáticos durante a estação da nidificação. Captura as suas presas de baixo da água. Pode perseguir durante muito tempo as suas presas durante os mergulhos graças aos seus sacos aéreos muito desenvolvidos.
Esta espécie é monogâmica desde que o casal procrie.
O ninho é construído pelos dois progenitores. Por vezes não passa de uma simples depressão no solo, mas pode também ser guarnecido de ervas e vegetais aquáticos. Em todo o caso, o ninho fica sempre situado na proximidade da água, devido à inabilidade das mobelhas de se deslocarem em terra e por serem incapazes de levantar voo a não ser da água. A fêmea põe um ou dois ovos de cores variando de castanho a verde oliva, apresentando pintas mais escuras acastanhadas. A incubação dura de 23 a 25 dias. As crias apresentam penugem e são activas desde a eclosão (nidífugas).
Quando a postura é de dois ovos, o segundo ovo é geralmente posto algumas semanas depois do primeiro, eclodindo naturalmente mais tarde. A cria mais velha será dominante sobre a mais nova, sendo sempre alimentada em primeiro lugar. No caso de haver falta de alimento, a cria mais velha é sempre privilegiada, mesmo se tal originar a morte da mais nova.
Os dois progenitores cuidam dos seus filhos. Passeiam frequentemente com as crias sobre o dorso a fim de as proteger do frio e dos predadores. As crias tornam-se independentes ao fim de cinco a sete semanas.
As principais ameaças a esta espécie são a poluição por hidrocarbonetos, que ameaçam as populações invernantes, a poluição por metais pesados, que se acumulam no organismo destes predadores por biomagnificação) e a pressão humana.
Esta espécie é protegida pelo Migratory Bird Treaty Act, como numerosas outras espécies migratórias. A IUCN, por seu lado, classificou esta espécie na categoria LC, devido a que a sua população se estima entre 930 000 e 1 600 000 indivíduos.