Região

Rio Grande do Sul

29 Espécies

O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 281 730,223 km² (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador) e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT.

Todo o seu território está ao sul do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoas do Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra. Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.

Ecologia

No Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade existem 40 unidades de conservação, sendo 1 área de proteção ambiental, 1 área de relevante interesse ecológico, 2 estações ecológicas, 3 florestas nacionais, 3 parques nacionais, 1 refúgio de vida silvestre e 29 reservas particulares do patrimônio natural.

As unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro são o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional dos Aparados da Serra, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, a Floresta Nacional de Canela, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula, a Floresta Nacional de Passo Fundo, a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, a Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal dos Santiagos a Estação Ecológica de Aracuri-Esmeralda, a Estação Ecológica do Taim, e o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos.

O estado, que foi pioneiro do movimento ecológico no Brasil, hoje enfrenta uma série de problemas ambientais graves e uma crônica carência de recursos materiais e humanos para a área. Há uma longa lista de espécies ameaçadas. Por outro lado, projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando reverter este quadro e difundir a conscientização ecológica entre a população, e existe expressiva legislação ambiental, embora em anos recentes ela venha sendo desmantelada por pressões políticas e econômicas, gerando muitos protestos de cientistas, juristas e ambientalistas.

Clima

Dois tipos climáticos caracterizam o Rio Grande do Sul: o clima subtropical úmido e o clima oceânico. O clima subtropical úmido possui chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes (Cfa na escala de Köppen), ocorrendo na maior parte do estado. Registra temperaturas médias anuais de entre 18 °C e 20 °C. O clima oceânico (Cfb) também apresenta chuvas bem distribuídas durante o ano, mas os verões são amenos. Ocorre nas porções mais elevadas do território sul-rio-grandense, isto é, na porção mais alta do planalto basáltico, e no Planalto Dissecado de Sudeste, registrando temperaturas médias anuais entre 13 °C e 17 °C.

Quanto ao regime pluviométrico, a zona mais chuvosa do estado é a Serra Gaúcha, com precipitações ao redor de 1,9 mil mm, enquanto que a parte onde menos chove no estado é o extremo sul, com pluviosidade média anual em torno de 1,1 mil mm no município de Santa Vitória do Palmar. Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.

A temperatura mínima registrada oficialmente no estado foi de -9,8 °C, no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955. Também há um registro, extra-oficial, de -11 °C no município de São José dos Ausentes (no termômetro da subprefeitura, quando o município ainda era distrito de Bom Jesus), em 2 de agosto de 1991. A temperatura máxima oficialmente registrada no estado foi de 42,9 °C em Uruguaiana, no oeste do estado, em 27 de fevereiro de 2022, superando os 42,6 °C de Alegrete, no oeste do Rio Grande do Sul, em 19 de janeiro de 1917, e de Jaguarão, no sul do estado, em 1° de janeiro de 1943. Foi registrada a temperatura máxima de 43,7 °C no município de Alpestre, no extremo norte do estado, em janeiro de 2022, mas o recorde não é oficial. Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40 °C. O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.

Hidrografia

O estado está subdivididos em três grandes regiões hidrográficas: Região Hidrográfica do Uruguai, que inclui a bacia hidrográfica do Rio Uruguai e a bacia hidrográfica do Rio Negro; Região Hidrográfica do Guaíba, cobrindo a bacia hidrográfica do Rio Guaíba; e a Região Hidrográfica do Litoral, compreendendo as bacias litorâneas.

A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Lago Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. Toda a região ocidental do estado e uma estreita faixa de terras ao longo da divisa com Santa Catarina pertencem à bacia do Uruguai. Compreende, além do rio Uruguai e seu formador, o Pelotas, os afluentes da margem esquerda: o Passo Fundo, o Ijuí, o Piratini, o Ibicuí, e o Quaraí.

À vertente atlântica pertence toda a metade oriental do estado, drenada por rios cujas águas, antes de atingir o Atlântico, vão ter a uma das lagoas litorâneas. Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turuçu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores, na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

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O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 281 730,223 km² (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador) e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT.

Todo o seu território está ao sul do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoas do Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra. Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.

Ecologia

No Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade existem 40 unidades de conservação, sendo 1 área de proteção ambiental, 1 área de relevante interesse ecológico, 2 estações ecológicas, 3 florestas nacionais, 3 parques nacionais, 1 refúgio de vida silvestre e 29 reservas particulares do patrimônio natural.

As unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro são o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional dos Aparados da Serra, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, a Floresta Nacional de Canela, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula, a Floresta Nacional de Passo Fundo, a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, a Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal dos Santiagos a Estação Ecológica de Aracuri-Esmeralda, a Estação Ecológica do Taim, e o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos.

O estado, que foi pioneiro do movimento ecológico no Brasil, hoje enfrenta uma série de problemas ambientais graves e uma crônica carência de recursos materiais e humanos para a área. Há uma longa lista de espécies ameaçadas. Por outro lado, projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando reverter este quadro e difundir a conscientização ecológica entre a população, e existe expressiva legislação ambiental, embora em anos recentes ela venha sendo desmantelada por pressões políticas e econômicas, gerando muitos protestos de cientistas, juristas e ambientalistas.

Clima

Dois tipos climáticos caracterizam o Rio Grande do Sul: o clima subtropical úmido e o clima oceânico. O clima subtropical úmido possui chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes (Cfa na escala de Köppen), ocorrendo na maior parte do estado. Registra temperaturas médias anuais de entre 18 °C e 20 °C. O clima oceânico (Cfb) também apresenta chuvas bem distribuídas durante o ano, mas os verões são amenos. Ocorre nas porções mais elevadas do território sul-rio-grandense, isto é, na porção mais alta do planalto basáltico, e no Planalto Dissecado de Sudeste, registrando temperaturas médias anuais entre 13 °C e 17 °C.

Quanto ao regime pluviométrico, a zona mais chuvosa do estado é a Serra Gaúcha, com precipitações ao redor de 1,9 mil mm, enquanto que a parte onde menos chove no estado é o extremo sul, com pluviosidade média anual em torno de 1,1 mil mm no município de Santa Vitória do Palmar. Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.

A temperatura mínima registrada oficialmente no estado foi de -9,8 °C, no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955. Também há um registro, extra-oficial, de -11 °C no município de São José dos Ausentes (no termômetro da subprefeitura, quando o município ainda era distrito de Bom Jesus), em 2 de agosto de 1991. A temperatura máxima oficialmente registrada no estado foi de 42,9 °C em Uruguaiana, no oeste do estado, em 27 de fevereiro de 2022, superando os 42,6 °C de Alegrete, no oeste do Rio Grande do Sul, em 19 de janeiro de 1917, e de Jaguarão, no sul do estado, em 1° de janeiro de 1943. Foi registrada a temperatura máxima de 43,7 °C no município de Alpestre, no extremo norte do estado, em janeiro de 2022, mas o recorde não é oficial. Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40 °C. O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.

Hidrografia

O estado está subdivididos em três grandes regiões hidrográficas: Região Hidrográfica do Uruguai, que inclui a bacia hidrográfica do Rio Uruguai e a bacia hidrográfica do Rio Negro; Região Hidrográfica do Guaíba, cobrindo a bacia hidrográfica do Rio Guaíba; e a Região Hidrográfica do Litoral, compreendendo as bacias litorâneas.

A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Lago Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. Toda a região ocidental do estado e uma estreita faixa de terras ao longo da divisa com Santa Catarina pertencem à bacia do Uruguai. Compreende, além do rio Uruguai e seu formador, o Pelotas, os afluentes da margem esquerda: o Passo Fundo, o Ijuí, o Piratini, o Ibicuí, e o Quaraí.

À vertente atlântica pertence toda a metade oriental do estado, drenada por rios cujas águas, antes de atingir o Atlântico, vão ter a uma das lagoas litorâneas. Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turuçu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores, na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

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