Dicentrarchus labrax é uma espécie de peixe da família Moronidae de tons acinzentados. Vulgarmente conhecido em Portugal por robalo, robalo-legítimo e robalete, é muito apreciado na culinária portuguesa e de outros países europeus. O seu habitat inclui estuários, lagoas, águas costeiras e rios e estende-se a todas as águas em torno da Europa, nomeadamente: a região oriental do Oceano Atlântico, desde a Noruega ao Senegal, o Mediterrâneo e o Mar Negro.
O robalo, tal como a dourada (Sparus aurata), é desde há muito cultivado com métodos extensivos tradicionais, que permitem que os peixes selvagens entrem em lagunas, cuja entrada é em seguida fechada, prendendo-os no seu interior, como é o caso da vallicoltura, na Itália, e dos esteros, no sul da Espanha. Os robalos assim retidos alimentam-se de forma natural até serem capturados. Contudo, na década de 1960, começou-se a desenvolver, no Mediterrâneo, métodos de criação intensivos baseados em complexas técnicas de produção de juvenis. No final da década de 1970, estas técnicas estavam bem desenvolvidas na maior parte dos países mediterrânicos.
O funcionamento de uma estação de produção de juvenis é muito técnico e requer pessoal altamente qualificado. Essas estações de produção são frequentemente independentese vendem juvenis às explorações de engorda.
A reprodução do robalo é completamente controlada nas instalações. Os ovos fecundados são recolhidos à superfície do tanque de desova e colocados em bacias de incubação atéà sua eclosão. As larvas são então transferidas para tanques de alevinagem. Depois de terem absorvido o respetivo saco vitelino, as larvas recebem uma alimentação muito específica, baseada, numa primeira fase, em microalgas e zooplâncton e, posteriormente, à medida que vão crescendo, em artémia (um pequeno crustáceo). Esse alimento vivo é sempre produzido na própria estação de produção. Após um ou dois meses, as larvas são transferidas para a unidade de desmame, onde são habituadas a uma alimentação artificial. Em seguida, os alevinos são transferidos para a unidade de criação de juvenis, onde são alimentados com granulados durante dois meses, após o quesão transferidos para uma exploração de engorda. Na maior parte dos casos, a engorda é feita em jaulas flutuantes (existentes, por exemplo, no Mediterrâneo e nas ilhas Canárias).
Existem igualmente explorações que produzem robalos em tanques instalados em terra, geralmente utilizando um sistema de recirculação que permite controlar a temperatura da água.Algumas explorações ainda utilizam métodos extensivos e semi-intensivos. O robalo de criação é geralmente capturado quando atinge um peso de 300 a 500 g, o que representa um período de vida de um a dois anos, consoante a temperatura da água.
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Começa porO robalo é espécie comum em todo o Mediterrâneo, no mar Negro e no Atlântico Nordeste, da Noruega ao Senegal. Vive em águas costeiras, até uma profundidade de 100 m (normalmente no inverno), bem como em águas salobras de estuários e lagunas costeiras (no verão), podendo, ocasionalmente, ser encontrado em rios. Os juvenis são gregários, especialmente durante as migrações sazonais, formando cardumes. Os adultos são menos gregários. O robalo é um predador voraz, alimentando-se de crustáceos, moluscos e peixes. No Mediterrâneo, os robalos atingem a maturidade sexual aos três anos, no caso dos machos, e aos quatro anos, no caso das fêmeas; no Atlântico, a maturidade sexual é atingida aos quatro e aos sete anos, respetivamente.