Região

São Paulo (estado)

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São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a sudoeste da região Sudeste. Com grande parte de seu território acima do Trópico de Capricórnio, ocupa uma área de 248 222,362 quilômetros quadrados (km²), sendo a décima segunda unidade da federação em área do Brasil (2,917% do território nacional) e a segunda do Sudeste, depois de Minas Gerais.

Banhado pelo Oceano Atlântico, limita-se com os estados de Minas Gerais a norte e nordeste, Paraná a sul, Rio de Janeiro a leste e Mato Grosso do Sul a oeste, tendo 3 670,8 km de linha divisória. A distância linear entre os seus pontos extremos norte e sul é de 611 quilômetros e 923 quilômetros de leste a oeste. São Paulo segue o horário de Brasília, que é três horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich.

Hidrografia

São Paulo possui seu território dividido em 21 bacias hidrográficas, inseridas em três regiões hidrográficas, sendo a maior delas a do Paraná, que cobre grande parte do território estadual. Destaca-se o Rio Grande, que nasce em Minas Gerais e separa este de São Paulo ao norte e, ao se juntar com o Rio Paranaíba, forma o Rio Paraná, que separa São Paulo de Mato Grosso do Sul. Dois importantes rios paulistas, afluentes da margem esquerda do Rio Paraná, são o Paranapanema, com 930 quilômetros de extensão e um divisor natural entre São Paulo e Paraná na maior parte do seu curso, e o Tietê, maior rio totalmente paulista, que possui uma extensão de 1 136 quilômetros e percorre o território estadual de sudeste a noroeste, desde sua nascente, em Salesópolis, até a foz, entre os municípios de Castilho e Itapura.

A região hidrográfica do Atlântico Sudeste compreende, em geral, apenas pequenos rios que descem da vertente da Serra do Mar e atravessam a planície litorânea em direção ao Atlântico. O rio Paraíba do Sul, formado pela junção dos rios Paraitinga e Paraibuna, é o maior e mais importante deles, com 1 150 quilômetros de extensão, cruzando a região do Vale do Paraíba Paulista e penetrando no estado do Rio de Janeiro, onde se situa a maior parte de seu curso. O extremo sul paulista, na divisa com o estado do Paraná, está inserido na região hidrográfica do Atlântico Sul, sendo também formada por rios de pequeno porte que desembocam diretamente no oceano, sendo o Rio Ribeira do Iguape, que dá nome ao Vale do Ribeira, o mais importante curso d'água desta região. Outros importantes rios paulistas são: Jacaré-Guaçu, Jacaré-Pepira, Moji-Guaçu, Pardo, do Peixe, Avecutá e Piracicaba e Turvo.

Clima

No estado de São Paulo, ocorrem sete tipos diferentes de clima. O clima tropical de altitude (Cwa, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger) é o dominante nas regiões central, leste e oeste. Essa variação é caracterizada pelo inverno seco e ameno, com temperatura média inferior a 18 °C, e verão úmido e quente, com temperatura média superior a 18 °C. Nas regiões norte e noroeste paulista o clima se torna tropical de savana (Aw), com invernos amenos e secos e verões quentes e úmidos, porém a temperatura média do mês mais frio é superior a 18 °C. Enquanto isso, no sul e sudoeste do estado há dominância do clima subtropical (Cfa), com invernos frios, verões quentes e o mês mais seco com precipitação média acima de 30 mm.

Nas áreas serranas, como as serras da Mantiqueira e do Mar, faz-se presente o clima subtropical de altitude (Cwb), com invernos secos, verões úmidos e temperaturas amenas. A média do mês mais quente é menor do que 22 °C. Nas áreas serranas mais elevadas, a exemplo de Campos do Jordão, é encontrado o clima temperado (Cfb), tendo como características invernos frios, verões amenos e chuvas bem distribuídas na maior parte do ano. As geadas são relativamente mais intensas e comuns nesses pontos. No litoral predomina o tipo climático Af, com ausência de estação seca, tão úmido quanto o clima equatorial amazônico, e temperatura média do mês mais frio superior a 18 °C. Por fim, o clima tropical de monção (Am) é registrado em pontos isolados do sul paulista, diferenciando-se do clima tropical equatorial principalmente por possuir uma curta estação seca.

São Paulo sofre influência de frentes frias durante todo o ano, sendo que no inverno esses sistemas são os principais responsáveis pela precipitação e queda de temperatura. Contudo, a influência de sistemas de alta pressão dificulta a ocorrência de chuva nas áreas interioranas no inverno, caracterizando a estação seca na maior parte do estado. Entre a primavera e o verão ocorre o enfraquecimento desses sistemas, o que favorece a penetração da umidade oriunda da Amazônia. As condições úmidas, em associação à elevação das temperaturas, propicia a formação de instabilidade e chuva. Assim, ocorre maior organização de convecção tropical, ao mesmo tempo que a umidade trazida pelas frentes frias também consegue atuar com maior intensidade, configurando a estação chuvosa.

Meio ambiente

São Paulo possui seu território inserido, em sua maior parte, no bioma da Mata Atlântica, cuja formação inicial cobria pouco mais de dois terços do território paulista e hoje se encontra apenas espalhada em vários fragmentos, restando hoje 32,6% dos remanescentes originais, a maior parte nas encostas da Serra do Mar. No bioma do cerrado, típico de áreas do centro-oeste paulista, este número é ainda menor, de apenas 3%. No litoral existem pequenas áreas de dunas, com espécies vegetais adaptadas ao calor e à salinidade, além das restingas e dos manguezais, este último na foz dos rios. Por se situar no encontro das zonas tropical e temperada do planeta, São Paulo possui sua fauna e floras constituída por espécies de regiões tanto tropicais quanto subtropicais, parte delas endêmicas.

Em 2020, apenas 22,9% do território paulista, ou 5 670 532 hectares (ha), eram cobertos por vegetação nativa, tanto intocadas quanto em estágio de regeneração. Nesse mesmo ano, São Paulo possuía 102 unidades de conservação de caráter estadual e mais treze federais, dentre áreas de proteção ambiental e de relevante interesse ecológico, estações ecológicas, florestas e parques nacionais e estaduais, refúgios de vida silvestre, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável e ainda as reservas particulares de patrimônio natural (RPPN).

A abertura de áreas para a agricultura, em especial durante a expansão cafeeira em direção ao oeste nos séculos XIX e XX, além da formação de paisagens artificiais e o uso da madeira como combustível ou matéria-prima, levaram a uma quase completa devastação da cobertura vegetal primitiva do estado de São Paulo e, por consequência, algumas espécies se tornaram ameaçadas de extinção. Além da perda de biodiversidade, São Paulo também sofre de outros problemas ambientais crônicos, como a introdução de espécies exóticas invasoras, a poluição do ar provocada pelos automóveis e indústrias e a poluição hídrica, com o lançamento de dejetos nos corpos hídricos sem tratamento.

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São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a sudoeste da região Sudeste. Com grande parte de seu território acima do Trópico de Capricórnio, ocupa uma área de 248 222,362 quilômetros quadrados (km²), sendo a décima segunda unidade da federação em área do Brasil (2,917% do território nacional) e a segunda do Sudeste, depois de Minas Gerais.

Banhado pelo Oceano Atlântico, limita-se com os estados de Minas Gerais a norte e nordeste, Paraná a sul, Rio de Janeiro a leste e Mato Grosso do Sul a oeste, tendo 3 670,8 km de linha divisória. A distância linear entre os seus pontos extremos norte e sul é de 611 quilômetros e 923 quilômetros de leste a oeste. São Paulo segue o horário de Brasília, que é três horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich.

Hidrografia

São Paulo possui seu território dividido em 21 bacias hidrográficas, inseridas em três regiões hidrográficas, sendo a maior delas a do Paraná, que cobre grande parte do território estadual. Destaca-se o Rio Grande, que nasce em Minas Gerais e separa este de São Paulo ao norte e, ao se juntar com o Rio Paranaíba, forma o Rio Paraná, que separa São Paulo de Mato Grosso do Sul. Dois importantes rios paulistas, afluentes da margem esquerda do Rio Paraná, são o Paranapanema, com 930 quilômetros de extensão e um divisor natural entre São Paulo e Paraná na maior parte do seu curso, e o Tietê, maior rio totalmente paulista, que possui uma extensão de 1 136 quilômetros e percorre o território estadual de sudeste a noroeste, desde sua nascente, em Salesópolis, até a foz, entre os municípios de Castilho e Itapura.

A região hidrográfica do Atlântico Sudeste compreende, em geral, apenas pequenos rios que descem da vertente da Serra do Mar e atravessam a planície litorânea em direção ao Atlântico. O rio Paraíba do Sul, formado pela junção dos rios Paraitinga e Paraibuna, é o maior e mais importante deles, com 1 150 quilômetros de extensão, cruzando a região do Vale do Paraíba Paulista e penetrando no estado do Rio de Janeiro, onde se situa a maior parte de seu curso. O extremo sul paulista, na divisa com o estado do Paraná, está inserido na região hidrográfica do Atlântico Sul, sendo também formada por rios de pequeno porte que desembocam diretamente no oceano, sendo o Rio Ribeira do Iguape, que dá nome ao Vale do Ribeira, o mais importante curso d'água desta região. Outros importantes rios paulistas são: Jacaré-Guaçu, Jacaré-Pepira, Moji-Guaçu, Pardo, do Peixe, Avecutá e Piracicaba e Turvo.

Clima

No estado de São Paulo, ocorrem sete tipos diferentes de clima. O clima tropical de altitude (Cwa, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger) é o dominante nas regiões central, leste e oeste. Essa variação é caracterizada pelo inverno seco e ameno, com temperatura média inferior a 18 °C, e verão úmido e quente, com temperatura média superior a 18 °C. Nas regiões norte e noroeste paulista o clima se torna tropical de savana (Aw), com invernos amenos e secos e verões quentes e úmidos, porém a temperatura média do mês mais frio é superior a 18 °C. Enquanto isso, no sul e sudoeste do estado há dominância do clima subtropical (Cfa), com invernos frios, verões quentes e o mês mais seco com precipitação média acima de 30 mm.

Nas áreas serranas, como as serras da Mantiqueira e do Mar, faz-se presente o clima subtropical de altitude (Cwb), com invernos secos, verões úmidos e temperaturas amenas. A média do mês mais quente é menor do que 22 °C. Nas áreas serranas mais elevadas, a exemplo de Campos do Jordão, é encontrado o clima temperado (Cfb), tendo como características invernos frios, verões amenos e chuvas bem distribuídas na maior parte do ano. As geadas são relativamente mais intensas e comuns nesses pontos. No litoral predomina o tipo climático Af, com ausência de estação seca, tão úmido quanto o clima equatorial amazônico, e temperatura média do mês mais frio superior a 18 °C. Por fim, o clima tropical de monção (Am) é registrado em pontos isolados do sul paulista, diferenciando-se do clima tropical equatorial principalmente por possuir uma curta estação seca.

São Paulo sofre influência de frentes frias durante todo o ano, sendo que no inverno esses sistemas são os principais responsáveis pela precipitação e queda de temperatura. Contudo, a influência de sistemas de alta pressão dificulta a ocorrência de chuva nas áreas interioranas no inverno, caracterizando a estação seca na maior parte do estado. Entre a primavera e o verão ocorre o enfraquecimento desses sistemas, o que favorece a penetração da umidade oriunda da Amazônia. As condições úmidas, em associação à elevação das temperaturas, propicia a formação de instabilidade e chuva. Assim, ocorre maior organização de convecção tropical, ao mesmo tempo que a umidade trazida pelas frentes frias também consegue atuar com maior intensidade, configurando a estação chuvosa.

Meio ambiente

São Paulo possui seu território inserido, em sua maior parte, no bioma da Mata Atlântica, cuja formação inicial cobria pouco mais de dois terços do território paulista e hoje se encontra apenas espalhada em vários fragmentos, restando hoje 32,6% dos remanescentes originais, a maior parte nas encostas da Serra do Mar. No bioma do cerrado, típico de áreas do centro-oeste paulista, este número é ainda menor, de apenas 3%. No litoral existem pequenas áreas de dunas, com espécies vegetais adaptadas ao calor e à salinidade, além das restingas e dos manguezais, este último na foz dos rios. Por se situar no encontro das zonas tropical e temperada do planeta, São Paulo possui sua fauna e floras constituída por espécies de regiões tanto tropicais quanto subtropicais, parte delas endêmicas.

Em 2020, apenas 22,9% do território paulista, ou 5 670 532 hectares (ha), eram cobertos por vegetação nativa, tanto intocadas quanto em estágio de regeneração. Nesse mesmo ano, São Paulo possuía 102 unidades de conservação de caráter estadual e mais treze federais, dentre áreas de proteção ambiental e de relevante interesse ecológico, estações ecológicas, florestas e parques nacionais e estaduais, refúgios de vida silvestre, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável e ainda as reservas particulares de patrimônio natural (RPPN).

A abertura de áreas para a agricultura, em especial durante a expansão cafeeira em direção ao oeste nos séculos XIX e XX, além da formação de paisagens artificiais e o uso da madeira como combustível ou matéria-prima, levaram a uma quase completa devastação da cobertura vegetal primitiva do estado de São Paulo e, por consequência, algumas espécies se tornaram ameaçadas de extinção. Além da perda de biodiversidade, São Paulo também sofre de outros problemas ambientais crônicos, como a introdução de espécies exóticas invasoras, a poluição do ar provocada pelos automóveis e indústrias e a poluição hídrica, com o lançamento de dejetos nos corpos hídricos sem tratamento.

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