Crotalus enyo é uma espécie de víbora venenosa nativa da costa e ilhas do noroeste do México. São recohecidas actualmente três subespécies, incluindo a subespécie nominal aqui descrita.
O comprimento máximo reportado para esta espécie é 89.8 cm (Klauber, 1972). É sexualmente dimórfica, sendo os machos geralmente maiores do que as fêmeas. A cabeça é bastante pequena e estreita, enquanto que os olhos são proporcionalmente grandes.
No noroeste do México pode ser encontrada na Península de Baja California, desde aproximadamente Río San Telmo na costa oeste e a ilha Angel de La Guarda na costa do golfo, para sul até Cabo San Lucas. É também encontrada no Golfo da Califórnia nas ilhas de San Marcos, Carmen, San José, San Francisco, Partida del Sur, Espíritu Santo e Cerralvo. Ao largo da costa do Pacífico, é também encontrada na ilha de Santa Margarita. A localidade tipo é "Cabo San Lucas, Baja California Sur".
Prefere o deserto, mas na parte noroeste da sua zona de distribuição, pode ser encontrada em terrenos de chaparral, enquanto na região do cabo (Serra de San Lázaro), ocorre em floresta decídua tropical e de pinheiro-carvalho. Pode ser encontrada em áreas rochosas com arbustos espinhosos e cactos, e por vezes também em dunas de areia. É frequentemente atraída a habitações humanas, onde pode ser encontrada em pilhas de materiais.
As serpentes desta espécie, independentemente do seu tamanho, comem pequenos roedores, lagartos e centopeias. Este modo de alimentação contrasta com o de muitas espécies de cascavel as quais se alimentam quase exclusivamente de lagartos na sua fase juvenil, passando a alimentar-se de mamíferos quando adultas. No caso de C. enyo, as serpentes pequenas comem lagartos mais frequentemente do que as de maior tamanho, e as de maior tamanho comem mamíferos mais frequentemente do que as de menor tamanho. Os adultos também se alimentam de grande centopeias do género Scolopendra.
Espécimes em cativeiro produzem ninhadas de dois a sete juvenis. Existem relatos de espécimes recém-nascidos com comprimentos entre os 20.6 e os 22.3 cm. Grismer (2002) relatou haver encontrado neonatos em estado selvagem entre finais de julho e meados de outrubro, o que indicaria que esta espécie acasala durante a primavera e dá à luz durante o verão e início do outono.