Zebra longwing, Zebra heliconian
Heliconius charithonia (denominada popularmente, em língua inglesa, Zebra Longwing ou Zebra Heliconian) é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae, nativa do sul dos Estados Unidos (Texas e Flórida, incluindo os Everglades; e ocasionalmente migrando para o oeste e norte até o Novo México, Nebraska e Carolina do Sul) até México, Índias Ocidentais e noroeste da América do Sul, na Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. Foi classificada por Carolus Linnaeus em seu livro Systema Naturae, com a denominação de Papilio charithonia, em 1767. Suas lagartas se alimentam gregariamente de plantas do gênero Passiflora (família Passifloraceae), muitas vezes desfolhando-as completamente. É considerada a espécie-tipo de seu gênero.
Esta espécie, em vista superior e inferior, é imediatamente distinguida, nos locais onde vive, pelo padrão de zebra em suas asas, o que lhe dá o nome comum de Zebra. Elas são de um negro-amarronzado aveludado, trazendo linhas longitudinais de um matiz sulfuroso. Também são distinguíveis duas pontuações vermelhas, próximas ao corpo do inseto.
Heliconius charithonia ocorre em floresta subtropical, em habitats de borda de floresta, em pastagens e ao longo das estradas; nas elevações entre o nível do mar e cerca de 1.800 metros de altitude, voando em busca do néctar e do pólen (este último procurado pelas fêmeas) de flores para sua alimentação e comumente rodeando, em um voo muito delicado, arbustos de Hamelia, Lantana, Stachytarpheta, Psiguria e Gurania. No acasalamento, machos sentam-se nas crisálidas de fêmeas um dia antes de seu surgimento, com a fecundação ocorrendo na manhã seguinte, antes que a fêmea tenha eclodido completamente. Eles nem mesmo esperam que a fêmea emirja. Ao invés disto, abrem sua crisálida e copulam assim que seus genitais estão acessíveis.
O pólen, das quais se alimentam, contribui muito para a longevidade das borboletas. Algumas espécies de Heliconius vivem por até nove meses como adultas. O naturalista William Beebe manteve um Heliconius charithonia, chamado Higgins, em cativeiro por vários meses.