Pacamão (Batrachoides surinamensis) é o nome popular de também 5 espécies de peixes actinopterígeos marinhos do Brasil, que fazem parte da família Batrachoididae, onde se classificam mais 69 espécies em 19 géneros no mundo todo.
No Brasil, a espécie também é chamada de peixe-sapo, tamboril, pacamã, pacamão ou peixe-cuíca dependendo da região. É um peixes de couro, demersal, de vivência piscívora, cabeça grande e achatada, de cores pardas, capazes de se enterrar parcialmente, se camuflando no substrato marinho de onde surpreende suas presas em velozes ataques. Podem chegar a 57 cm de comprimento. De aparência monstruosa semelhante um sapo. O nome encontra sua origem no tupi Pacamo.
B. surinamensis é a maior espécie de Batrachoides registrada até hoje, medindo até 57 cm e pesando 2,3 kg. Geralmente tem cerca de 30 cm de comprimento. Esse peixe tem uma cabeça larga característica do gênero, olhos pequenos e uma formação escamosa muito proeminente no meio da cabeça (área escura no desenho da cabeça). Seu corpo é marrom, pontilhado com manchas pretas em forma de cavalo de sela. Possui três espinhos dorsais seguidos de 28 a 30 raios moles que formam a nadadeira dorsal. A nadadeira anal tem de 25 a 27 raios moles. As regiões supraorbital e interorbital são lisas e desprovidas de filamentos.
B. surinamensis é uma espécie encontrada no Oceano Atlântico ocidental do Caribe e ao longo da costa da América do Sul, de Honduras a Salvador, no Brasil. É uma espécie encontrada na costa e em estuários. Desde 2009, essa espécie não foi submetida a nenhuma ameaça que interrompesse sua integração em sua área de distribuição (Lista Vermelha da IUCN).
Essa espécie, como muitos outros Batrachoides, é encontrada principalmente nas águas salobras dos estuários. Ela se movimenta pouco e permanece no fundo. Portanto, é caracterizada como um peixe demersal. Gosta particularmente de fundos arenosos e lamacentos rasos, entre 1 e 36 m, onde encontra as presas das quais se alimentará.
B. surinamensis é um predador de emboscada que espera pacientemente nas profundezas que suas presas - pequenos crustáceos (caranguejos, camarões, etc.), moluscos (principalmente gastrópodes) e outros peixes - se aproximem antes de devorá-las rapidamente.