Peneireiro-de-rabo-branco
O gavião-peneira, ou peneireiro-de-rabo-branco (nomenclatura binomial: Elanus leucurus), é uma espécie de ave da família Accipitridae pertencente ao gênero Elanus (ave de rapina).
Essa espécie é encontrada na América do Sul, principalmente no Brasil, Argentina e Chile e também na América do Norte.
An
Animais diurnosDiurnalidade é o termo usado em etologia para caracterizar o comportamento dos animais que estão ativos durante o dia e descansam durante a noite...
An
Animais carnívorosTanto na linguagem vernácula, como nos diferentes ramos da zoologia chamam-se carnívoros, aos animais que se alimentam predominantemente de carne...
Ar
ArborícolaArborícola é o termo usado para descrever animais cuja vida se dá principalmente nas árvores, tais como muitos primatas, aves, cobras e insetos...
Pr
PredadorNota: Predador e predadores redirecionam para este artigo. Para outros significados, veja Predador (desambiguação)Predação é uma relação ec...
Av
Aves planadorasAn
Animais planadoresAn
Animais altriciaisTe
TerrestreOv
OvíparoEm biologia, os animais ovíparos são aqueles cujo embrião se desenvolve dentro de um ovo em ambiente externo sem ligação com o corpo da mãe.E...
Mo
Monogamia em sérieAn
Animais sociaisNã
Não-migratórioMi
MigratórioW
Começa porQuando adulto, o gavião-peneira pode medir de 38-43 cm de comprimento, com asas medindo 88-102 cm, e pesar 250 a 380g. As asas, com 29-32,8 cm (11,4-12,9 polegadas) cada, e a cauda, com 15,1-18,6 cm (5,9-7,3 polegadas), são relativamente alongadas. O tarso mede cerca de 3,6 cm (1,4 polegada). Apresenta asas pontiagudas, com sua parte superior cinza-claro, ocorrendo uma mancha negra em seus ombros. Na porção inferior, é branca com cinza-claro nas pontas das asas e pequenas manchas negras numa área circular próxima ao ombro. Possui cauda branca, íris avermelhadas e uma máscara preta na região orbicular dos olhos, além de possuir a parte cranial do bico preta e a caudal amarela. Já os jovens apresentam manchas pontilhadas marrons no peito, pescoço e cabeça, contendo o dorso marrom com manchas brancas.
O gavião-peneira foi extinto na Califórnia nas décadas de 1930 e 1940 devido ao abate e coleta de ovos, mas agora eles são comuns novamente. No entanto, a sua distribuição é localizada. Eles podem ser encontrados no Vale Central, nas áreas costeiras do sul e em áreas abertas ao redor de Goleta, incluindo o Ellwood Mesa Open Space, pântanos no Condado de Humboldt e também ao redor da Baía de São Francisco. Em outros lugares, eles ainda são raros ou ausentes. Eles também são encontrados no sul do Texas, na península de Baja Califórnia e no leste do México. O gavião-peneira é uma espécie de campo que ocorre também no Chile e Argentina até a América do Norte, beneficiando-se cada vez mais dos avanços agrícolas.
Geralmente acham-se 1000 indivíduos de gavião-peneira, ocasionalmente 1800 perto de Popayán, e até 2600 na savana de Bogotá. Aparece no Alto Cauca, no Golfo de Ubará a leste da costa do Caribe, Tolima, Cundinamarca, norte do Santander até o rio Guaviare e Caquetá.
O gavião-peneira tem um voo harmonioso, ficando pairando a uma altura de 30-35 m para observar o local em busca de sua presa. Ele coloca suas asas em formato de V e as bate regularmente, permanecendo estático no ar. Em algumas ocasiões ele combina o voo em patrulha com paradas no ar para peneirar observando sua caça; quando a avista, desce ou mergulha lentamente sobre sua presa. O gavião-peneira também pode ser visto empoleirado em áreas abertas, como campos. Sua técnica de campo, dessa forma, é de adquirir pontos de observação, com preferência por lugares com zonas abertas para peneirar em busca de seu alimento e estradas.
O gavião-peneira prioriza a caça em ambientes abertos por conta do seu comportamento de peneirar. Em um estudo realizado no município de Venâncio Aires, região centro-nordeste do estado do Rio Grande do Sul, foram coletadas 1134 pelotas de regurgitação do gavião-peneira entre dezembro de 1997 e novembro de 2000. Pequenos mamíferos como o roedor alóctone Mus musculus e os roedores nativos A. paranaensis, N. lasiurus e o marsupial M. dimidiata compuseram 95% da dieta. O M. musculus foi a espécie mais predada (67,4%) e considerada a mais importante, por conta da frequência e a biomassa adquirida ao gavião. No período reprodutivo (primavera/verão), os roedores nativos e pequenos mamíferos foram mais frequentemente predados, por conta do padrão de variação sazonal do M. musculus. Em raros casos ele se alimentava de outras aves (4,6%) e répteis mais insetos (0,4%).
Geralmente usa ninhos abandonados, ou os pais os constroem juntos, com gramíneas e galhos secos. O período reprodutivo depende da região e período do ano. No norte da América do Sul o período de fevereiro a maio foi descrito como o melhor momento reprodutivo. Pode colocar de 3 a 5 ovos, sendo em média quatro, tendo uma alta taxa de mortalidade. O período de incubação varia de 30-32 dias, podendo ser mais rápido em áreas que favoreçam a maior distribuição de alimento. Após o nascimento, o macho fica responsável por alimentar a fêmea e seus filhotes, que são capazes de voar após 35-40 dias de nascidos.