Amblyomma cajennense

Amblyomma cajennense

Carrapato-estrela, Carrapato-do-cavalo

Reino
Filo
Classe
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Género
Espécies
Amblyomma cajennense

Amblyomma cajennense (Fabricius, 1787) é uma espécie de carrapato da família Ixodidae, também conhecida como carrapato-estrela ou carrapato-do-cavalo, que tem como hospedeiros preferidos os equídeos, mas pode também parasitar bovinos, outros animais domésticos e animais silvestres. O A. cajennense, na sua fase adulta, é também conhecido pelos nomes populares: "rodoleiro", "picaço", "carrapato rodolego" e também como "micuim", "carrapato pólvora", "carrapato-fogo", "carrapato meio-chumbo" e "carrapatinho" nas suas fases de larva e ninfa. A espécie é comum no Brasil e é um vector de diversas doenças como a babesiose equina e a febre maculosa, sendo esta última considerada um zoonose. Apesar de ser bastante irregular as infestações do Amblyomma, geralmente concentram-se nas sombras ou nos locais de passagem de seus hospedeiros.

Distribuição

Geografia

A. cajennense estão em áreas de transição que correspondem principalmente aos estados do Maranhão e Tocantins no leste do Brasil, Mato Grosso na região central do Brasil e Rondônia no oeste do Brasil. Essas áreas de transição correspondem às fronteiras geográficas dos biomas Amazônia e Cerrado. Além dessas áreas de transição, a A. cajennense está restrita a áreas dentro do bioma Amazônia, enquanto a Amblyomma sculptum é encontrada nos biomas Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. O registro único de A. sculptum no bioma Caatinga foi em uma área de clima tropical, em vez do clima semiárido dominante deste bioma. A distribuição do A. cajennense está quase restrita a áreas com clima equatorial (que geralmente coincide com o bioma Amazônia), enquanto a A. sculptum está quase restrita a áreas com clima tropical (que geralmente coincide com os biomas Cerrado e Mata Atlântica). São poucos os registros de A. sculptum ou A. cajennense em áreas com clima subtropical no sul do Brasil. Além disso, o bioma Pampa (mais ao sul do Brasil) é o único bioma onde a A. cajennense está ausente no Brasil. No bioma Amazônia, a ocorrência de A. cajennense era geralmente restrita a áreas onde a cobertura vegetal natural estava ausente. O mesmo se aplica a A. sculptum no bioma mata atlântica e nos biomas Cerrado e Pantanal, é encontrada em áreas com ou sem cobertura vegetal natural.

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A degradação contínua da floresta amazônica, com a substituição da cobertura florestal original pela cobertura vegetal semelhante ao Cerrado, pode favorecer a expansão do A. sculptum nessas áreas. Um exemplo potencial dessa condição é o estado de Rondônia, onde não foram encontrados nenhum A. sculptum durante um grande e extenso levantamento de carrapatos em todo o estado durante os anos 2000 a 2005. Quase uma década depois, em 2012 foi encontrado uma população estabelecida de cavalos infestados de A. sculptum no município de Pimenta Bueno. Como Rondônia é um dos estados brasileiros com maiores índices de desmatamento e degradação florestal nas últimas duas décadas, essa condição pode ter facilitado a expansão do A. sculptum no estado. Esse cenário tem extrema relevância médica, já que no Brasil a A. sculptum é o vetor mais importante da bactéria Rickettsia rickettsii, agente etiológico da febre maculosa brasileira, a febre maculosa mais letal do mundo. Por outro lado, a A. cajennense só foi encontrada infectada por Rickettsia amblyommii, um agente muito menos ou não patogênico. Assim, a expansão do A. sculptum no norte do Brasil poderia envolver a expansão de outras doenças transmitidas pelo carrapato, especialmente porque a A. sculptum é, de fato, o carrapato mais comum de mordida humana no Brasil.

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Amblyomma cajennense Mapa do habitat
Amblyomma cajennense Mapa do habitat

Hábitos e estilo de vida

Estilo de vida

Dieta e nutrição

População

Referências

1. Amblyomma cajennense artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Amblyomma_cajennense

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