Guigó-da-caatinga

Guigó-da-caatinga

Guigó, Japuçá, Saá, Uaiapuçá, Uapuçá, Iapuçá, Sauá, Boca-d'água, Zogó, Zogue-zogue, Calicebo

Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Subordem
Infraordem
Família
Género
Espécies
Callicebus barbarabrownae

Guigó-da-caatinga (nome científico: Callicebus barbarabrownae), também genericamente referido como guigó, japuçá, saá, uaiapuçá, uapuçá, iapuçá, sauá, boca-d'água, zogó, zogue-zogue, sauá, e calicebo, é uma espécie do gênero guigó (Callicebus), isto é, de macaco do Novo Mundo, da família dos piteciídeos (Pitheciidae) e subfamília calicebíneos (Callicebinae). Ocorre nas áreas mais altas da costa da Bahia, no Brasil, entre o rio Paraguaçu e o rio Itapicuru. Já foi amplamente distribuídos nas florestas ao sul do rio São Francisco, mas atualmente ocorre apenas em regiões do interior na Caatinga e existem apenas 250 indivíduos em liberdade. Possui testa e tufos pretos nas orelhas, com pelos brancos nas bochechas e no resto do corpo, com cauda marrom avermelhada.

Origem do nome animal

Guigó foi construído a partir de uma onomatopeia, enquanto sauá advém do tupi-guarani sawá ou sa'gwa, que por sua vez está ligado a sagwa'su, que significa literalmente "macaco grande". A forma tupi-guarani ainda gerou as demais variantes iapuçá, japuçá, uaiapuçá, uapuçá. Zogó e zogue-zogue têm origem obscura.

Distribuição

Geografia

Continentes
Países
Regiões
Reinos biogeográficos
Guigó-da-caatinga Mapa do habitat
Guigó-da-caatinga Mapa do habitat

Hábitos e estilo de vida

O habitat de preferência desses primatas ocorre no bioma da Caatinga, mais especificamente nas áreas matagal seco ou arbórea densa. Eles tendem a ser, em grande parte, habitantes da floresta arbórea, e os primatas provavelmente raramente desce ao solo. Eles são pequenos em tamanho e são primatas ágeis, eles também são bons escaladores pelos galhos em todos os quatro membros, usando seus membros posteriores para pular longas distâncias, agarrando-se aos galhos. Enquanto descansam, eles curvam o corpo, pendurando a cauda em um galho.

Estilo de vida

População

Número da população

Esta espécie está listada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como "em perigo crítico" devido ao pequeno tamanha de sua população. A espécie é endêmica da Mata Atlântica do leste do Brasil, onde é encontrada nas montanhas costeiras dos estados da Bahia e do Sergipe. A maior parte de sua população encontra-se entre o rio Paraguaçu (norte) e Salvador (sul), e a oeste em direção a Mirorós. A população estimada é de 260 indivíduos e se encontra em declínio.

Conservação

Apesar de abrigar inúmeras espécies não encontradas em nenhum outro lugar do mundo, apenas um por cento das florestas da Bahia, lar desta espécie, estão sob qualquer forma de proteção e como uma série de atividades destrutivas continuam a degradar a área, a ação é necessária para proteger o habitat desses primatas. Diversas organizações, incluindo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, estão trabalhando para promover o estudo e a proteção dos primatas ameaçados no Brasil. A Conservation International também está ajudando a estabelecer um Corredor Central de Biodiversidade que visa conectar florestas fragmentadas, enquanto o World Wide Fund for Nature (WWF) está desenvolvendo uma estratégia geral de conservação para as florestas atlânticas brasileiras. Mais pesquisas são necessárias sobre a ecologia e o status desta espécie enigmática se ela quiser ser retirada da beira da extinção.

Referências

1. Guigó-da-caatinga artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Guig%C3%B3-da-caatinga
2. Guigó-da-caatingano site da Lista Vermelha da IUCN - https://www.iucnredlist.org/species/39929/17974834

Animais mais fascinantes para aprender