Salmonete-legítimo
Mullus surmuletus, comummente conhecido como salmonete e salmonete-legítimo, é uma espécie de peixe ósseo da família dos mulídeos.
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Começa porO salmonete caracteriza-se pelo epónimo dorso carmesim e ventre rosado, estriado por 3 riscas amareladas, que se espraiam longitudinalmente ao longo do corpo. Além da cabeça, de perfil oblíquo, destaca-se pelos barbilhos, que são maiores dos que as barbatanas peitorais e pela primeira barbatana dorsal, exornada com manchas mais escuras na membrana interradial.
Em média, varia entre os vinte e os vinte e cinco centímetros de comprimento, se bem que há o relato de espécimes adultos que chegaram aos quarenta centímetros. O peso máximo alguma vez registado num espécime adulto foi um quilo. O espécime mais velho alguma vez registado tinha 11 anos.
Distribui-se ao longo de todo o Atlântico Nordeste, sendo certo que é raro encontrá-lo no Mar do Norte, sensivelmente até à costa senegalesa. Encontra-se ainda no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro.
Privilegia os fundos rochosos, arenosos e lodosos a profundidades inferiores aos 100 metros. Costumam refugiar-se nas cercanias das reentrâncias formadas pelos rochedos junto à areia.
Trata-se de uma espécie gregária, que se reúne em cardumes. Costumam reproduzir-se de Maio a Julho, no Atlântico, e de Março a Julho, no Mediterrâneo. Os ovos e as larvas são pelágicos, por natureza, sendo que os espécimes juvenis permanecem nas imediações da coluna de água e só se mudam para as profundezas marinhas quando atingem a maioridade.
É uma espécie mormente noctívaga, pelo que, durante o dia, se deixa ficar praticamente inactivo, caçando e alimentando-se só durante a noite.
Os salmonetes fazem uma dieta à base de bentos, o que inclui, além dos peixes bentónicos, moluscos, camarões, poliquetas e anfípodes.
Serve-se dos barbilhos, que são órgãos sensoriais, para vasculhar a areia do fundo marinho e descobrir as presas. Ao remexer a areia de maneira insistente, o salmonete levanta uma nebulosa de partículas à sua volta, a qual atrai outras espécies predadoras oportunistas, que, por seu turno, aproveitam para se alimentarem dos pequenos vertebrados que vão ficando na esteira da passagem do salmonete.