A garça-da-mata (Agamia agami), é uma espécie de ave pernalta da região neotropical da família dos Ardeideos. A garça-da-mata é a única espécie do gênero Agamia. Ela pertence a subfamília dos Tigrisomatinae. No Brasil, ela é também chamada por socó-beija-flor por causa de suas cores brilhantes. Ela é uma das espécies de garças menos conhecidas do mundo.
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Não-migratórioA
Começa porA aparência desta garça é incomum. Suas pernas amareladas são bastante curtas, o pescoço é alongado tal como o bico, particularmente fino. Este último é preto e possui um pouco de amarelo na base da mandíbula inferior. Ela tem a cabeça cinza com uma parte nua, a garganta branca, e uma faixa cinza-prata entre a testa e a nuca. O pescoço é vermelho escuro com penas finas esbranquiçadas que se destacam. As costas, asas e cauda são verde garrafa iridescente, marcado com tons vermelhos. A barriga é vermelho-alaranjada. A íris é avermelhada na idade adulta. Sem dimorfismo sexual. O juvenil é mais baço, com uma barriga branca e as costas marrons. Esta ave mede 66-76 cm de comprimento.
Espécie discreta, a garça-da-mata é difícil de observar porque ela permanece a maior parte do tempo no seu hábitat, escondida na penumbra. Bastante solitária. No entanto, durante a época de reprodução, torna-se gregária, em pequenos grupos às vezes misturados com outras espécies nidificantes. Às vezes, estas garças se reúnem em grupos bastante grandes. Na Guiana Francesa foi observada uma colônia com cerca de 900 pares na Reserva Natural Nacional dos Pântanos de Kaw-Roura, considerada a maior colônia conhecida do mundo. O ninho, constituído por um conjunto áspero de galhos forrados com penas, é construído em uma árvore acima da linha d’água. A fêmea coloca dois ovos azuis em média.
O carácter discreto da garça-da-mata e o pouco conhecimento científico da espécie dificulta a implementação da conservação. Seu hábitat isolado e seu comportamento secreto podem explicar sua raridade aparente. É classificada como vulnerável na Lista Vermelha da IUCN, baseado no pressuposto de uma futura perda de hábitat na Bacia Amazônica. Os esforços de conservação devem centrar-se sobre a proteção dos sítios mais importantes para as colônias, uma melhor compreensão da sua área de distribuição, as suas necessidades em termos de hábitat e território e um melhor conhecimento da sua biologia.