Arachnocampa luminosa é uma espécie de inseto díptero endémica da Nova Zelândia. Tanto a larva como o imago são luminosos. A espécie vive em grutas húmidas e zonas abrigadas das florestas. O seu nome maori é titiwai, que significa "projetado sobre água".
A espécie foi primeiro descrita em 1871, quando exemplares foram recolhidos numa mina de ouro na região neozelandesa de Thames. Inicialmente pensava-se que seria aparentada ao pirilampo europeu, mas em 1866 um professor de Christchurch demonstrou que era a larva de um díptero, não um coleóptero. A esécie foi designada como Bolitiphila luminosa em 1891, sendo renomeada como Arachnocampa luminosa em 1924.
A Arachnocampa luminosa encontra-se tanto na Ilha Norte como na Sul e é relativamente vulgar, embora as várias população estejam isoladas devido à ausência de habitats apropriados em áreas em que a agricultura é intensa e as florestas foram abatidas. As cavernas de Waitomo, na Ilha Norte, e de Te Ana-au, na Ilha Sul, são os habitats mais conhecidos, e ambas as cavernas tornaram-se populares destinos turísticos.
Outras populações conhecidas (Ilha Norte):
Ilha Sul:
O seu ciclo de vida começa com um ovo, de onde eclode uma larva, que depois se torna numa pupa e finalmente numa mosca adulta. A maior parte da sua vida é passada na forma de larva - entre 6 e 12 meses, dependendo da comida disponível. Quando sai do ovo a larva mede entre 3 e 5 milímetros, e cresce até cerca de 3 centímetros. O corpo da larva é mole mas a cabeça é revestida por uma cápsula rígida. Quando essa cápsula se torna demasiado pequena, a larva tem uma muda de revestimento, o que acontece várias vezes durante a sua vida. A fase de pupa demora entre uma e duas semanas, durante as quais o animal brilha intermitentemente, suspenso do teto da gruta num pequeno fio sedoso. O macho praticamente deixa de brilhar poucos dias antes de emergir da pupa, enquanto o brilho da fêmea aumenta. Acredita-se que o brilho da fêmea atraia os machos, e que estes poderão já estar à espera quando esta emerge. As Arachnocampa luminosa adultas não se alimentam e vivem apenas alguns dias. Tanto os machos como as fêmeas brilham, mas não tanto como as larvas. O único objetivo dos adultos é acasalar, e, no caso das fêmeas, pôr ovos. Os insetos adultos são maus voadores, pelo que normalmente ficam da mesma área, dando origem a uma colónia. A fêmea põe cerca de 130 ovos, em grupos de 40 ou 50, morrendo pouco depois. Os ovos eclodem ao fim de uns 20 dias e o ciclo repete-se.