Ateles geoffroyi

Ateles geoffroyi

Macaco-aranha-de-geoffroy

Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Subordem
Infraordem
Família
Subfamília
Género
Espécies
Ateles geoffroyi
Tamanho da população
Unknown
Vida útil
33 years
Peso
6-9
13.2-19.8
kglbs
kg lbs 
Comprimento
30-63
11.8-24.8
cminch
cm inch 

Macaco-aranha-de-geoffroy (Ateles geoffroyi) é uma espécie de macaco-aranha, um macaco do Novo Mundo da família Atelidae e subfamília Atelinae, que ocorre na América Central, partes do México e uma pequena porção da Colômbia. Há pelo menos, cinco subespécies conhecidas. Alguns autores consideram Ateles fusciceps encontrado no Panamá, Colômbia e Equador como A. geoffroyi.

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É um dos maiores macacos do Novo Mundo, frequentemente pesando mais de 9 kg. Seus braços são mais longos do que as pernas, e possuem cauda preênsil, que pode suportar todo o peso do corpo, servindo como um membro extra. Suas mãos possuem apenas um polegar vestigial, mas os outros dedos são longos e relativamente curvados. Estas adaptações permitem que esse macaco-aranha se movimente utilizando a braquiação.

Os grupos dessa espécie seguem uma dinâmica de fissão-fusão, e contêm entre 20 a 42 membros. Sua dieta é constituída principalmente por frutos e requer grandes porções de floresta para sobreviver. Como resultado da perda de habitat, caça e captura para o tráfico de animais silvestres, é considerado "em perigo" pela IUCN.

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Aparência

Ateles geoffroyi é um dos maiores macacos do Novo Mundo. Seu comprimento está entre 30 e 63 cm, sem a cauda, e pesam entre 6 e 9 kg. A cauda é mais comprida que o corpo e mede entre 63 e 85 cm de comprimento. Machos são sensivelmente maiores que as fêmeas.

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A coloração da pelagem varia entre as subespécies e as populações, e pode ser bege, avermelhada, marrom ou preta. As mãos e pés são pretos ou escuros. A face geralmente tem uma máscara pálida ao redor dos olhos e focinho.

Seus braços e pernas são longos e esguios. Os braços são até 25% mais longos do que as pernas. O polegar é vestigial, mas os outros dedos são longos e fortes, e relativamente curvados, dando uma aparência de "gancho" para as mãos. Essas adaptações permitem que essa espécie possa braquiar, que seria como se locomover com os braços entre as árvores.

A cauda preênsil é muito forte e tem uma região sem pelos, como uma almofada palmar, na ponta. A cauda serve como um membro extra, e é usada na locomoção, e também para pegar frutos e escorrer água de buracos em árvores. Ela pode suportar o peso do macaco-aranha, permitindo que ele fique suspenso enquanto se alimenta.

O clitóris da fêmea dessa espécie é grande e protruído, como um pênis. Este órgão, é chamado de "clitóris pendular", pois da forma que se dispõe, é tão grande quanto um pênis flácido. Como resultado, as fêmeas podem ser confundidas com machos pelos observadores humanos. O clitóris grande deve ser uma característica que permite que os machos determinem a receptividade sexual da fêmea, tocando-o e cheirando com os dedos, para obter informação feromonal.

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Vídeo

Distribuição

Geografia

A distribuição geográfica da espécie se estende por toda a América Central, compreendendo Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, Belize e o extremo sul do México. Observações por moradores locais indicam que a subespécie mais ao sul, A. g. grisescens, também pode ocorrer na fronteira da Colômbia com o Panamá. No oeste da Colômbia e nordeste do Panamá, a espécie é substituída por Ateles fusciceps, que é considerada por alguns primatologistas como subespécie de A. geoffroyi.

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A. geoffroyi vive em uma grande variedade de florestas, incluindo florestas úmidas, semideciduais e manguezais. Altas densidades da espécie são encontradas em regiões de floresta ombrófila.

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Ateles geoffroyi Mapa do habitat

Zonas climáticas

Ateles geoffroyi Mapa do habitat
Ateles geoffroyi
Attribution-ShareAlike License

Hábitos e estilo de vida

A. geoffroyi é arborícola e diurno, e habita principalmente os estratos mais altos da floresta. Entretanto, pode ir ao solo mais frequentemente que as outras espécies de macacos-aranhas. Vive em sociedades de fissão-fusão, grandes grupos com cerca de 20 a 42 membros, que se dividem em pequenos grupos para forragear durante o dia. Esses subgrupos possuem entre 2 e 6 indivíduos, e às vezes esses subgrupos podem permanecer juntos e separados do grande grupo mesmo à noite.

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Essa espécie forrageia em grandes porções de floresta em busca de comida. As áreas de vida podem exceder 900 hectares. Macacos-aranhas podem se deslocar por até 2000 m por dia. Machos tendem a se deslocar mais que as fêmeas, e os dominantes tendem a ter os maiores deslocamentos diários. A. geoffroyi esfrega uma mistura de saliva e extrato de folhas de lima (Citrus aurantiifolia) na sua pelagem. Acredita-se que isso funcione como repelente de insetos. Em alguns locais, A. geoffroyi interage com o macaco-prego-de-cara-branca. Essas interações podem incluir catação mútua.

Além de caminhar e correr com os quatro membros e escalar, os macacos-aranhas podem usar de locomoção suspensória. A braquiação, ou balançar com os braços, assistida pela cauda preênsil, é a forma mais comum de locomoção suspensória. Formas menos comuns incluem o balançar enquanto são suspensos pela cauda, ou se locomover com os quatro membros sobre os galhos. Estudos indicaram que A. geoffroyi utiliza a locomoção suspensória com menos frequência que os outros macacos-aranhas.

O modo mais comum usados pelos macacos-aranhas para atravessar entre as árvores é a formação de um tipo de "ponte", que consiste nos macacos agarrarem os galhos da próxima árvore e se puxar até ela, escalando-a, por fim. Saltos são usados quando necessários, e certamente as populações de A. geoffroyi, especialmente no Panamá, são conhecidos por pular entre as árvores mais frequentemente que outras populações.

Quando se movimenta, os macacos-aranhas não usam somente posturas amparadas, como sentar-se ou manter-se em pé, mas também posturas suspensas em que se seguram nos galhos. Posturas suspensas sempre incluem a ajuda da cauda, e às vezes podem ficar suspensos unicamente por ela. Outras vezes, podem se segurar pela cauda ou por um e mais membros simultaneamente. Estudos têm indicado que algumas populações dessa espécie ficam suspensas com menos frequência quando se alimentam que outras espécies de macacos-aranhas.

Vocalizações produzidas pelos macacos-aranhas incluem "latidos", "relinchos", assovios, guinchos e gritos. "Latidos" são, geralmente, sons de alarme. "Relinchos" e assovios podem ser usados como sinais de angústia, e também são emitidos na madrugada e crepúsculo. Cada macaco tem um som único, que permite que eles identifiquem cada um através da comunicação somente. Vários pesquisadores investigaram o uso de "relinchos", que consistem entre dois e 12 rápidos sons que aumentam ou diminuem a entonação, em maior detalhe. Essa pesquisa indicou um propósito adicional dos "relinchos", que é comunicar para outros membros do grupo alguma fonte de comida. Outros propósitos dessas vocalizações sugerida por esse mesmo estudo incluem manter o contato vocal com outros membros do grupo enquanto se locomovem e distinguir entre membros do mesmo grupo ou de outros.

A. geoffroyi usa várias formas de comunicação não-vocal. A cauda enrolada e as costas arqueadas podem ser usadas como sinal de agressividade com outros macacos-aranhas. O balançar de cabeça pode ser usado como sinal de agressividade ou um convite para brincar. Abanar galhos ou agitar os braços podem ser usados como sinal de perigo para o grupo.

Embora não usem ferramentas, os macacos-aranhas, incluindo Ateles geoffroyi, são considerados primatas inteligentes. Um estudo realizado em 2007 concluiu que eles são os terceiros mais inteligentes primatas não-humanos, atrás somente dos orangotangos e chimpanzés, e à frente dos gorilas e todos os outros macacos. Esta capacidade mental pode ser uma adaptação dos macacos-aranhas à dieta frugívora, que requer mais habilidade para identificar e memorizar muitos tipos diferentes de alimento e seus locais.

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

A. geoffroyi come principalmente frutas (preferencialmente maduras e frescas) e cerca de 70% a 80% da dieta é composta por esse item alimentar. Folhas fazem parte do resto da dieta. Folhas jovens são especialmente importantes para providenciar proteína que são mais escassas nas frutas. Outros elementos da dieta incluem flores, cascas de árvore, insetos, mel, sementes e brotos.

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Além de satisfazer necessidades nutricionais, frutas e folhas fornecem água. Como os outros macacos-aranhas, essa espécie pode beber água de buracos em troncos de árvores e bromélias, mas ao contrário dos outros macacos-aranhas, também bebe água de fontes terrestres.

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Hábitos de acasalamento

Fêmeas cuidam de seus filhotes até os dois ou quatro anos de idade. Entre os machos, não somente o dominante consegue cópulas. Em um estudo na ilha Barro Colorado, foi observado que todos os machos do grupo acasalam com as fêmeas pelo menos uma vez, em um período de um ano. Entretanto, machos dominantes parecem acasalar com mais frequência do que machos subordinados. Não se sabe se a maior parte dos filhotes são provenientes de cópulas com o macho dominante.

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A. geoffroyi copula sentado, com ambos virados para a mesma direção e com o macho disposto atrás da fêmea com os braços se segurando no peitoral dela e as pernas presas à cintura. Esta posição pode ser mantida por até 22 minutos. Antes do coito, o macho e a fêmea se separam do resto do grupo, e se mantém sozinhos, exceto quando a fêmea já possui filhotes.

A gestação dura cerca de 7,5 meses, e após esse período nascem um filhote por vez, embora o nascimento de gêmeos possa ocorrer. O juvenil possui coloração escura e passa a ter a coloração de um adulto a partir dos cinco meses de idade. Eles são carregados por suas mães no peito durante o primeiro mês e a partir de um mês e meio de vida são carregados nas costas. Ela os nutre até um ano de idade, mas começam a comer alimentos sólidos e mover-se independentemente a partir dos três meses de idade. Mesmo quando se locomovem independentemente, os juvenis não podem atravessar grandes espaços entre os galhos sozinhos e os adultos podem auxiliá-los. Para ajudá-los, um adulto pode se esticar sobre o espaço vazio, formando uma "ponte" em que o filhote pode atravessar.

Fêmeas se tornam sexualmente maduras com cerca de quatro anos de idade, e machos com cerca de cinco anos. Quando se tornam adultas, as fêmeas deixam seu grupo natal, ao contrário dos machos. Como resultado, os machos são normalmente parentes, enquanto que as fêmeas não. Isto explica porquê as relações entre os machos são mais estáveis. A longevidade máxima é desconhecida, mas em cativeiro, essa espécie pode viver pelo menos 33 anos.

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População

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Referências

1. Ateles geoffroyi artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ateles_geoffroyi
2. Ateles geoffroyino site da Lista Vermelha da IUCN - https://www.iucnredlist.org/species/2279/9387270

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