Coatá
Macaco-aranha ou coatá é uma denominação comum a várias espécies de primatas do gênero Ateles e família Atelidae. São animais frugívoros em sua maioria, e habitam as florestas da Amazônia e América Central.
Possuem longos braços e pernas, com uma cauda preênsil, o que conferiu o nome popular, e são os maiores primatas da América.
Todas as espécies de macaco-aranha encontram-se em algum grau de extinção, devido ao desmatamento e à caça predatória, sendo que a IUCN lista duas espécies como "Criticamente em Perigo", quatro como "Em Perigo" e uma como "Vulnerável".
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Animais de Cauda LongaOs macacos-aranha são os maiores primatas do Novo Mundo: o adulto tem entre 42 cm e 66 cm de comprimento, com uma cauda de até 88 cm e pesando até 11 kg. Os membros são longos e esguios, assim como a cauda, que é preênsil, o que é característico do gênero e que lhe conferiu o nome popular de macaco-aranha. Tais características permite diferenciar facilmente o macaco-aranha de outros primatas de grande porte da América do Sul e Central, como o bugio e o macaco-barrigudo. O polegar é muito reduzido, praticamente ausente.
A área de ocorrência das espécies de macaco-aranha vai desde o sul do México até a Bolívia, habitando principalmente a floresta ombrófila de terra firme até 800m de altitude, sendo eventualmente encontrado na floresta estacional semidecidual na Costa Rica e Bolívia. Estão sempre nos estratos mais altos da floresta, e nunca descem até o chão.
Formam grandes grupos, com até 30 indivíduos, mas com uma dinâmica de fusão-fissão, com a formação de subgrupos de forrageamento. Os grupos caracterizam-se por uma alta dispersão das fêmeas, que acaba culminando na formação de coalizões entre os machos, que se reflete em uma baixo índice de competição entre eles e por conseqüência, um baixo dimorfismo sexual. Não existe uma hierarquia linear muito clara entre os machos, que se evidencia pela ausência de um macho alfa. Um grupo habita um território entre 1 e 3,9 km², muitas vezes definido por fronteiras físicas. Aparentemente, apenas os machos respeitam tais limites e muitas vezes se envolvem em comportamentos agressivos (principalmente por meio de vocalizações) ao defender essas fronteiras.
São primatas predominantemente frugívoros com cerca de 90% da dieta constituindo de frutos, e eventualmente se alimentando de folhas jovens. A composição da dieta é diretamente proporcional à quantidade de frutos que ocorrem no ambiente, sendo que ao haver uma escassez desse item alimentar, os macacos passam a comer brotos de folhas jovens.
As fêmeas parem um filhote de cada vez, raramente gêmeos, depois de uma gestação de 226 a 232 dias e o intervalo entre uma gestação e outra é de até 50 meses em animais no estado selvagem. A unidade social mais coesa no macaco-aranha é a que se mantém entre mãe e filhote até o momento em que atinge a maturidade que pode demorar até 14 meses para ser atingida. Existem controvérsias quanto a existência de sazonalidade no acasalamento e nascimento de filhotes.