Mico-de-goeldi
O mico-de-goeldi (nome científico: Callimico goeldii), também chamado sagui-de-goeldi, soim-preto, mico-preto e taboqueiro, é o único representante do gênero Callimico conhecido atualmente e é um primata do Novo Mundo que habita a bacia Amazônica no Peru, Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador. É totalmente preto ou preto-amarronzado e seu nome foi dado em homenagem ao naturalista suíço Emil August Goeldi.
É o único Callitrichinae que possui três molares de cada lado da mandíbula, e também é o único gênero cujas fêmeas rotineiramente dão a luz filhotes únicos, ao invés de gêmeos.
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Começa porA espécie foi descrita pelo mastozoólogo inglês Oldfield Thomas, em 1904, com base em uma pele enviada do Pará por Emílio Goeldi, então diretor do Museu Paraense que hoje leva seu nome. Na época, Thomas pensou ser um representante dos saguis amazônicos e classificou a espécie nova no gênero Midas (hoje Saguinus). Em 1912, Alípio de Miranda Ribeiro descreve o gênero Callimico e nele inclui uma nova espécie, Callimico snethlageri, em homenagem à Emília Snethlage, na época diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi e responsável por comprar o holótipo em um mercado de Belém. O animal foi batizado no gênero Callimico, pois, segundo Miranda Ribeiro, representava uma forma intermediária entre Callicebus e Mico.
Até então, tanto Thomas como Miranda Ribeiro haviam descrito as novas espécies com base somente na pelagem, mas em 1913, Thomas publica uma análise sobre o crânio do animal e descobre que a espécie possui três molares de cada lado da mandíbula, enquanto que todos os outros saguis conhecidos apresentam dois de cada lado. Com o achado, o autor inglês corroborou a existência do gênero Callimico, e considerou C. snethlageri um sinônimo-júnior de C. goedlii.
Os saguis-de-goeldi possuem uma distribuição restrita ao oeste amazônico, ocorrendo no sul da Colômbia, a sul do Rio Caquetá/Japurá, leste do Equador, na amazônia oriental Peruana, no extremo oeste da amazônia brasileira (estados do Acre, Amazonas e Rondônia), entre os rios Juruá e Gregório e Purus e Iaco (afluente sul do Rio Purus) e Abunã (afluente norte do Rio Madeira), atingindo seu limite sul no Departamento de Pando, na Bolivia.
Possuem uma distribuição naturalmente fragmentada, ocorrendo em baixas densidades e raramente avistados. São mais frequentemente encontrados em florestas com bambuzais.