Região

Amazonas

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Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1 559 146,876 km². Grande parte dele é ocupado pela Floresta Amazônica e pelos rios. O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte. Faz parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.

A maior parte de seu território está no fuso UTC-4 (com quatro horas a menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em relação ao horário de Brasília). Treze municípios no terço oeste do estado estão no horário UTC-5. São eles: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga.

Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 2 995 metros, e o pico 31 de Março, com 2 972 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil. De modo geral, o Amazonas está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente 40 km de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.

Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto se verifica, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo. O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior a 400 mil toneladas — nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.

Clima

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador. Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas. A temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4 °C. Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da porção leste essa média de 26 °C. A menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre, em 1975. A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil.

O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados. Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado. Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10 °C. Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2 500 mm ao ano. As temperaturas nesta região chegam a 26 °C. Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.

Hidrografia

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão. O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7 025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas. O fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.

O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1 700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.

Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés. Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.

  • O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia;
  • O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru. Está situado no sul do estado;
  • O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de extensão e banha, além do Amazonas, o estado de Acre. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Acre, não apresenta condições de navegabilidade;
  • O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;
  • O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 km em território brasileiro.

Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.

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Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Geografia

O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1 559 146,876 km². Grande parte dele é ocupado pela Floresta Amazônica e pelos rios. O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte. Faz parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.

A maior parte de seu território está no fuso UTC-4 (com quatro horas a menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em relação ao horário de Brasília). Treze municípios no terço oeste do estado estão no horário UTC-5. São eles: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga.

Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 2 995 metros, e o pico 31 de Março, com 2 972 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil. De modo geral, o Amazonas está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente 40 km de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.

Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto se verifica, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo. O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior a 400 mil toneladas — nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.

Clima

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador. Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas. A temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4 °C. Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da porção leste essa média de 26 °C. A menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre, em 1975. A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil.

O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados. Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado. Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10 °C. Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2 500 mm ao ano. As temperaturas nesta região chegam a 26 °C. Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.

Hidrografia

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão. O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7 025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas. O fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.

O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1 700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.

Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés. Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.

  • O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia;
  • O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru. Está situado no sul do estado;
  • O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de extensão e banha, além do Amazonas, o estado de Acre. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Acre, não apresenta condições de navegabilidade;
  • O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;
  • O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 km em território brasileiro.

Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.

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