Lobo-dourado-africano
Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Subordem
Família
Género
Espécies
Canis anthus
Tamanho da população
Unknown
Vida útil
8 years
Velocidade máxima
64
40
km/hmph
km/h mph 
Peso
7-15
15.4-33
kglbs
kg lbs 
Altura
40
16
cminch
cm inch 

O lobo-dourado-africano (Canis anthus ou Canis lupaster) é um canídeo nativo do Norte da África e do Chifre da África. Descende de uma mistura genética de canídeos, sendo 72% do lobo-cinzento e 28% de ancestrais do lobo-etíope. Ocorre no Senegal, Nigéria, Chade, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Quênia, Egito e Tanzânia. Está classificado como Pouco Preocupante na Lista Vermelha da IUCN. Na Cordilheira do Atlas, foi avistado em até 1 800 m de altitude. É primariamente um predador, caçando invertebrados e mamíferos até o tamanho de filhotes de gazelas, embora às vezes animais maiores também sejam caçados. Sua dieta também inclui carcaças de animais, refugos humanos e frutas. O lobo-dourado-africano é uma espécie monogâmica e territorial, cujos filhotes permanecem com a família para auxiliar a cuidar dos filhotes mais novos dos seus pais.

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Ele foi anteriormente classificado como uma variante africana do chacal-dourado, sendo pelo menos uma subespécie (Canis anthus lupaster) classificada como um lobo. Em 2015, uma série de análises do DNA mitocondrial e do genoma nuclear da espécie demonstrou que ela era na verdade distinta tanto do chacal-dourado quanto do lobo-cinzento. O lobo-dourado-africano, entretanto, é suficientemente próximo do chacal-dourado para produzir crias híbridas, como indicaram testes genéticos em chacais em Israel e um experimento de cruzamento interespecífico em cativos no século XIX.

Ele tem um papel proeminente em algumas culturas africanas: no folclore norte-africano, ele é visto como um animal não confiável, de cujo corpo algumas partes podem ser usadas em práticas medicinais e ritualísticas, enquanto é tido em alta estima na religião Serer do Senegal, tendo sido a primeira criatura criada pelo deus Roog.

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An

Animais diurnos

An

Animais carnívoros

Ne

Necrófago

An

Animais cursoriais

Te

Terrestre

Vi

Vivíparo

An

Animais escavadores

Te

Territorial

An

Animais altriciais

Pr

Predador

An

Animais monogâmicos

An

Animais sociais

Não-migratório

A

Começa por

Aparência

O lobo-dourado-africano tem tamanho intermediário entre os chacais africanos (C. mesomelas e C. adustus) e as pequenas subespécies de lobos-cinzentos, com ambos os sexos pesando entre 7 e 15 kg e medindo 40 cm de altura. Entretanto, há um alto grau de variação de tamanho geograficamente, sendo os espécimes da África Ocidental e do Norte maiores do que os seus primos da África Oriental. Ele tem focinho e orelhas relativamente longos, enquanto a cauda é comparativamente curta, com comprimento de 20 cm. A cor do pelo varia individualmente, geograficamente e com a época do ano, embora a coloração típica seja do amarelado a cinza prateado, com patas ligeiramente avermelhadas e pintas pretas na cauda e ombros. As marcas na garganta, abdômen e face são normalmente brancas e os olhos são cor de âmbar. As fêmeas possuem de dois a quatro pares de tetas. Embora seja superficialmente similar ao chacal-dourado (particularmente na África Oriental), o lobo-dourado-africano tem um focinho mais pontudo e dentes mais afiados e robustos. As orelhas do lobo-dourado-africano são mais longas, e o crânio possui uma testa mais elevada.

Vídeo

Distribuição

Geografia

Achados de fósseis datados do Pleistoceno indicam que a distribuição da espécie não foi sempre restrita à África, tendo restos sido encontrados no Levante e na Arábia Saudita. Na Tanzânia, o lobo-dourado-africano está limitado a uma pequena área do norte, entre as elevações ocidentais do monte Kilimanjaro e o centro do Serengeti. Nesta última área, ele ocorre principalmente nas planícies de grama baixa, no piso da cratera Ngorongoro e nas planícies entre as crateras Olmoti e Empakai, sendo relativamente raro no Parque Nacional de Serengeti, em Loliondo e na reserva de Maswa. A espécie também habita a área do lago Natron e o Kilimanjaro oeste. Ele é às vezes encontrado na parte norte do Parque Nacional Arusha, e mais ao sul em Manyara. Em áreas onde ele é comum, como as planícies de grama baixa do Parque Nacional de Serengeti e a cratera de Ngorongoro, a densidade populacional varia entre 0,5 e 1,5 espécime por km². Um decréscimo populacional de 60% foi registrado nas planícies do sul do Parque Nacional de Serengeti desde o início dos anos 1970, mas as razões são desconhecidas.

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O lobo-dourado-africano habita diversos hábitats diferentes; na Argélia ele vive em áreas de clima mediterrânico, litorâneas e montanhosas (inclusive fazendas cercadas, áreas de vegetação baixa, florestas de pinheiros e de carvalhos), enquanto populações no Senegal habitam zonas tropicais de clima semiárido, inclusive savanas sahélicas. Populações de lobo no Mali foram documentadas em maciços sahélicos áridos. No Egito, o lobo-dourado-africano habita áreas cultivadas, terras devastadas, margens de desertos, áreas rochosas e penhascos. No lago Nasser, ele vive perto da borda do lago. Em 2012, lobos-dourados-africanos foram fotografados na província Azilal do Marrocos, numa elevação de 1 800 metros. Ele aparentemente se dá bem em áreas onde a densidade populacional humana é alta e as populações de presas são baixas, como é o caso do distrito de Enderta no norte da Etiópia. Este lobo já foi registrado no deserto muito seco da Depressão de Danakil na costa da Eritreia, na África Oriental.

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Lobo-dourado-africano Mapa do habitat

Zonas climáticas

Lobo-dourado-africano Mapa do habitat
Lobo-dourado-africano
Attribution-ShareAlike License

Hábitos e estilo de vida

A organização social do lobo-dourado-africano é extremamente flexível, variando com a disponibilidade e distribuição de alimento. A unidade social básica é um casal reprodutor, seguido por suas crias atuais, ou crias de ninhadas anteriores que permanecem como “ajudantes”. Grupos grandes são raros, e sua ocorrência foi registrada apenas em áreas com rejeitos humanos abundantes. Relações familiares entre lobos-dourados-africanos são pacíficas, em comparação com as do chacal-de-dorso-negro; embora o comportamento sexual e territorial dos filhotes crescidos seja suprimido pelo casal reprodutor, eles não são ativamente afastados até que se tornem adultos. Os lobos-dourados-africanos também se deitam juntos e se limpam mutuamente com muito maior frequência do que os chacais-de-dorso-negro. No Serengeti, os pares defendem territórios permanentes abrangendo 2–4 km², e só desocupam seu território para beber ou quando atraídos por uma carcaça grande. O casal patrulha e marca o seu território em paralelo. Tanto parceiros quando ajudantes reagem agressivamente contra intrusos, embora a maior agressão seja reservada para intrusos do mesmo sexo; os membros do casal não se ajudam para repelir intrusos do sexo oposto.

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Os rituais de corte do lobo-dourado-africano são notavelmente longos, durante os quais o casal permanece junto quase constantemente. Antes da cópula, o par patrulha e marca o território com o seu cheiro. A cópula é precedida pela fêmea mantendo sua cauda levantada em ângulo, de forma que sua genitália fique exposta. Os dois se aproximam choramingando, levantando suas caudas e arrepiando o pelo, bem como apresentando diversas intensidades de comportamento ofensivo e defensivo. A fêmea cheira e lambe os genitais do macho, enquanto o macho fuça o pelo da fêmea. Eles podem rodar um em volta do outro e lutar brevemente. A ligação da cópula dura em torno de quatro minutos. No final do estro, o par se separa, com a fêmea se aproximando do macho de uma forma mais submissa. Antecipando o papel que passará a desempenhar na criação dos filhotes, o macho regurgita ou cede todo alimento que tem para a fêmea. No Serengeti, os filhotes nascem em dezembro-janeiro e começam a comer alimentos sólidos depois de um mês. O desmame se inicia com dois meses de idade e termina aos quatro meses. Neste estágio, os filhotes são semi-independentes, arriscando-se a até 50 metros da toca, e até dormindo ao ar livre. Suas brincadeiras ficam progressivamente mais agressivas, com os filhotes competindo pela graduação entre eles, que é estabelecida após seis meses. A fêmea alimenta os filhotes mais frequentemente do que o macho e os ajudantes, embora a presença desses últimos permita que o casal deixe a toca para caçar sem deixar a ninhada desprotegida.

A vida do lobo-dourado-africano está centrada em uma toca, que normalmente consiste de um buraco abandonado e modificado de porco-formigueiro ou de javali-africano. A estrutura interior da toca é pouco conhecida, embora acredite-se que consista de uma câmara central única, com duas ou três rotas de escape. A toca pode estar localizada em áreas isoladas ou surpreendentemente próxima à de outros predadores.

Os lobos-dourados-africanos limpam-se reciprocamente com frequência, particularmente durante a corte, quando isto pode durar até 30 minutos. Mordiscar a face e o pescoço é observado durante cerimônias de acolhimento. Quando luta, o lobo-dourado-africano golpeia seu oponente com as patas, morde e sacode o ombro. As posturas da espécie são tipicamente caninas e ela tem mais mobilidade facial do que o chacal-de-dorso-negro e o chacal-listrado, sendo capaz de expor os seus dentes caninos como um cão.

O vocabulário do lobo-dourado-africano é similar ao do cão doméstico, tendo sido registrados sete sons. As vocalizações incluem uivos, latidos, rosnados, ganidos e cacarejos. Subespécies podem ser reconhecidas por diferenças nos seus uivos. Um dos sons mais comumente ouvidos é um lamento alto e penetrante, do qual há três variedades: um longo uivo contínuo em um único tom, um lamento que sobe e cai e uma série de uivos curtos em staccato. Esses uivos são usados para repelir intrusos e atrair membros da família. Acredita-se que uivos em coro reforcem ligações familiares, assim como estabeleçam status territorial. Uma análise comparativa dos uivos do lobo-dourado-africano e de algumas subespécies de lobo-cinzento demonstrou que os uivos dos primeiros têm similaridades com os do lobo-indiano, sendo de tom alto e de duração relativamente curta.

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

Na África Ocidental, o lobo-dourado-africano está praticamente restrito a pequenas presas, como lebres, ratos, esquilos-terrestres e ratazanas-do-capim. Outras presas incluem lagartos, cobras e aves que fazem ninhos no chão, como francolins e abetardas. Ele também consome grande quantidade de insetos, como besouros, larvas, cupins e gafanhotos. Ele também mata jovens gazelas, duikers e javalis-africanos. Na África Oriental, ele consome invertebrados e frutas, embora 60% da sua dieta consista de roedores, lagartos, cobras, aves, lebres e gazelas-de-thomson. Durante a temporada de filhotes de gnu, os lobos-dourados-africanos alimentam-se quase exclusivamente dos seus recém-nascidos. No Serengeti e na cratera de Ngorongoro, menos de 20% da sua dieta se compõe de carniça. No Senegal, onde C. a. anthus e C. a. lupaster coexistem, algum grau de diferenciação de nicho é aparente na sua escolha de presas; os primeiros são conhecidos por se alimentar principalmente de cordeiros, enquanto os últimos atacam presas maiores, como carneiros, cabras e vacas.

Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

População

Referências

1. Lobo-dourado-africano artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo-dourado-africano

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