Dragão-de-komodo

Dragão-de-komodo

Dragão-de-comodo

Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Família
Género
Espécies
Varanus komodoensis
Tamanho da população
3,014
Vida útil
30 years
Velocidade máxima
20
12
km/hmph
km/h mph 
Peso
68-91
149.6-200.2
kglbs
kg lbs 
Comprimento
3
8
mft
m ft 

Dragão-de-komodo (também grafado dragão-de-comodo) (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, todas localizadas na Indonésia. Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 40 cm de altura e 2–3 m de comprimento e até 166 kg de peso no caso dos maiores indivíduos. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo. Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem. Apesar dos dragões-de-komodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.

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A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de insectos. Dragões-de-komodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.

Os dragões-de-komodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.

O dragão-de-komodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).

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An

Animais diurnos

An

Animais carnívoros

Ne

Necrófago

Te

Terrestre

Pr

Predador de emboscada

An

Animais precoces

An

Animais escavadores

Ar

Arborícola

En

Endémico da ilha

Ov

Ovíparo

Su

Superpredador

An

Animais monogâmicos

Hi

Hierarquia de dominância

An

Animais solitários

Não-migratório

K

Começa por

An

Animais Assustadores
(Coleção)

An

Animais Ferozes
(Coleção)

An

Animais Gigantes
(Coleção)

Aparência

Robusto e com aparência de dinossauro, pode medir até 3 m de comprimento e pesar até 160 kg. Na natureza, um dragão de Komodo adulto normalmente pesa cerca de 70 kg, embora indivíduos de cativeiro possam ser consideravelmente mais pesados. De acordo com o Guiness World Records, um macho adulto médio pesa entre 79-91 kg e mede cerca de 2,60 m, enquanto que uma fêmea média pesa entre 68-73 kg e mede 2,30 m. O maior espécime selvagem já registrado possuía 3,13 m de comprimento e pesava 166 kg. A cor de sua pele é cinzenta e marrom. Sua dieta baseia-se em porcos selvagens (javalis), cabras, veados, búfalos, cavalos, macacos, dragões-de-komodo menores, insectos e até seres humanos. Também se alimenta de carniça de animais e, com o seu faro, pode localizar uma carcaça de animal a quilômetros de distância, sendo capaz de devorá-la por completo.

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Cada uma das quatro patas do dragão-de-komodo possui cinco garras. No interior de sua mandíbula habitam bactérias letais, sendo que os animais que conseguem escapar de suas garras acabam morrendo por infecções. Para se alimentar de animais vivos, o dragão derruba a sua vítima com a sua cauda e depois corta-o em pedaços com os dentes. Quando trata-se de animal grande, como um búfalo, o dragão ataca-o sorrateiramente com uma mordida e espera o animal morrer pela infecção produzida pelas bactérias. O lagarto segue a vítima durante algum tempo até que a infecção se encarrega de prostrá-la, quando é então calmamente devorada. Costuma comer primeiro a língua e as entranhas, suas partes preferidas.

São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de sete a oito meses. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em média, cinquenta anos. Nas ilhas onde são encontrados, os dragões-de-komodo são uma grande atração turística, apesar de haver registro da morte de um turista atacado por um dragão. Entretanto, normalmente não são animais agressivos, já que os habitantes locais convivem com eles diariamente nas praias.

Existem outras espécies de lagartos gigantes, como o Varanus griseus, que é um animal terrestre, e o Varanus niloticus, que é um réptil com hábitos anfíbios, passando boa parte de sua vida na água. Vivem na África, sul da Ásia, Indonésia e Austrália. Variam muito de tamanho. O menor deles apresenta apenas 20 cm de comprimento.

Dois casos de partenogénese desta espécie foram documentados em 2006.

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Vídeo

Distribuição

Geografia

Continentes
Subcontinentes
Países
Reinos biogeográficos
Dragão-de-komodo Mapa do habitat

Zonas climáticas

Dragão-de-komodo Mapa do habitat
Dragão-de-komodo

Hábitos e estilo de vida

O dragão-de-komodo prefere lugares quentes e secos e tipicamente vive em zonas de pasto abertos, savana e floresta tropical em elevações baixas. Sendo um animal ectotérmico (pecilotérmico), está mais activo durante o dia, apesar de exibir alguma actividade nocturna. Os dragões-de-komodo são maioritariamente solitários, juntando-se com outros apenas para acasalar e comer. São capazes de correr rapidamente em curtos disparos, até 20 km por hora, mergulhar até 4,5 m e trepar a árvores enquanto novos usando as suas garras. Para apanhar presas que estão fora do alcance, os dragões-de-komodo pode erguer-se nas suas patas traseiras e usar a sua cauda como apoio. Quando o dragão-de-komodo atinge o estado adulto, as suas garras são usadas primariamente como armas, pois o seu grande tamanho faz com que trepar a árvores não seja prático.

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O dragão-de-komodo, para se abrigar, cava buracos com os seus membros anteriores e garras, que podem medir de 1 a 3 m de largura. Devido ao seu grande tamanho, e hábito de dormir nestas covas, é capaz de conservar o calor corporal durante a noite diminuindo o tempo que precisam de estar ao sol para manter a temperatura corporal no dia seguinte. O dragão-de-komodo caça tipicamente durante a tarde, mas permanece na sombra durante a parte mais quente do dia. Estes locais de repouso especiais, normalmente localizados em falésias expostas à brisa fria do mar, são marcados com fezes e a vegetação é eliminada. Servem também como local estratégico de onde emboscar veados.

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Comportamento sazonal

Veneno

Em finais de 2005, investigadores da Universidade de Melbourne concluiram que o Varanus giganteus, uma outra espécie de monitor, e Agamidae podem ser venenosos. Pensava-se que mordeduras feitas por estes lagartos propiciavam infecções por causa das bactérias presentes na boca dos animais, mas a equipe de pesquisa mostrou que os efeitos imediatos eram causados por envenenamento ligeiro. Mordeduras em dedos de humanos por Varanus varius, um dragão-de-komodo e por um Varanus scalaris foram observadas, e todas produziram resultados semelhantes em humanos: inchaço rápido no espaço de minutos, interrupção localizada da coagulação do sangue, dor fulminante até ao cotovelo, alguns sintomas durando várias horas.

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Os dragões-de-komodo possuem também bactérias na sua saliva, das quais foram isoladas mais de 28 estirpes Gram-negativas e 29 Gram-positivas. Estas bactérias provocam septicémia nas suas vítimas; se uma mordidela inicial não matar a presa e ela escapa, irá normalmente sucumbir no espaço de uma semana devido à infecção resultante. As bactérias mais mortíferas na saliva destes animais parecem ser uma estirpe altamente mortífera de Pasteurella multocida, segundo estudos realizados com ratos de laboratório. Não há nenhum antídoto específico para as mordeduras de dragões, mas é normal sobreviver-se, se a área afectada for limpa e o paciente for tratado com antibióticos. Se não for tratado rapidamente, pode desenvolver-se gangrena à volta do local ferido, o que pode requerer que a área afectada seja amputada. Como estes lagartos parecem ser imunes aos seus próprios micróbios, muita pesquisa tem sido feita à procura da molécula antibacteriana na esperança que seja útil para a medicina humana.

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Dieta e nutrição

Os dragões-de-komodo são carnívoros. Apesar de comerem principalmente carniça, também emboscam presas vivas com um ataque furtivo. Quando presas adequadas chegam perto de um local de emboscada de um dragão, este irá subitamente à carga sobre o animal e tentará atingir a parte de baixo da garganta. É capaz de localizar a sua presa através do seu olfato apurado, que consegue localizar um animal morto ou moribundo até uma distância de 9,5 km. Também já foram observados a deitar abaixo grandes porcos e veados com a sua cauda.

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Estes animais comem rasgando pedaços grandes de carne e engolindo-os inteiros enquanto seguram a carcaça com as patas anteriores. Para presas pequenas (até ao tamanho de uma cabra), conseguem engoli-las inteiras, usando as suas mandíbulas pouco articuladas, crânio flexível e estômago expansível. O conteúdo vegetal do estômago e intestinos são tipicamente evitados. Quantidades copiosas de saliva vermelha produzida pelos dragões-de-komodo ajudam a lubrificar a comida, mas ainda assim a deglutição demora muito tempo (15-20 minutos para engolir uma cabra). Os dragões-de-komodo tentam por vezes acelerar o processo espetando a carcaça contra uma árvore para forçá-las a descer a sua garganta, chegando a deitar árvores abaixo. Para prevenir que sufoquem enquanto engolem, respiram usando um tubo pequeno debaixo da língua que se liga ao pulmão. Depois de comerem até 80 por cento do seu peso corporal numa refeição, arrasta-se até um sítio soalheiro para acelerar a digestão, pois a comida pode apodrecer e envenená-los se deixada por digerir muito tempo. Devido ao seu metabolismo lento, dragões grandes podem sobreviver com apenas 12 refeições por ano. Depois da digestão, o dragão-de-komodo regurgita uma massa de cornos, cabelo e dentes, que está coberto num muco malcheiroso. Depois da regurgitação, esfrega a cara na poeira ou nos arbustos para se livrar do muco, sugerindo que, tal como os humanos, não aprecia o cheiro das suas próprias excreções.

Os animais maiores geralmente comem primeiro, enquanto os mais pequenos seguem uma hierarquia. O macho maior afirma a sua dominância e os machos mais pequenos mostram a sua submissão usando linguagem corporal e silvos. Dragões de tamanho igual podem recorrer a uma "luta livre". Os vencidos normalmente retiram-se, apesar de alguns já terem sido observados a ser mortos e comidos pelos vencedores.

A dieta do dragão-de-komodo é abrangente e inclui invertebrados, outros répteis (incluindo dragões menores), aves, ovos de aves, pequenos mamíferos, macacos, javalis, cabras, veados, cavalos e búfalos. Komodos juvenis comem insetos, ovos, osgas, e pequenos mamíferos Ocasionalmente, também podem consumir humanos e cadáveres de humanos, escavando corpos de sepulturas pouco fundas. Este hábito de saltear sepulturas fez com que os habitantes de Komodo movessem os seus cemitérios de solos arenosos para argilosos e que empilhassem rochas em cima delas para impedir os lagartos. Os dragões-de-komodo podem ter evoluído para se alimentarem do elefante-pigmeu Stegodon que chegou a viver em Flores, de acordo com o biólogo evolutivo Jared Diamond. Estes animais também já foram observados a assustar intencionalmente um veado fêmea na esperança de provocar um aborto espontâneo cujos restos pudessem ser comidos, uma técnica que também já foi observada em grandes predadores africanos.

Como os dragões-de-komodo não tem diafragma, não conseguem sugar água quando bebem, nem lambê-la com a língua. Em vez disso, eles bebem enchendo a boca com água, levantando a cabeça e deixando que a água desça pela garganta.

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Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

O acasalamento ocorre entre Maio e Agosto, sendo os ovos postos em Setembro. Durante este período, os machos lutam pelas fêmeas e território agarrando-se um ao outro enquanto estão levantados nas patas posteriores. O perdedor é eventualmente deitado ao chão. Estes machos podem vomitar ou defecar enquanto se preparam para a luta. O vencedor da luta irá depois mostra a língua à fêmea para receber informação sobre a sua receptividade. As fêmeas são antagonistas e resistem com as suas garras e dentes durante as primeiras fases do cortejo. Por isso, o macho tem de prender a fêmea totalmente durante o coito para evitar ferir-se. Outras cerimónias de acasalamento incluem machos esfregando o seu queixo na fêmea, arranhadelas nas costas e lambidelas. A copulação ocorre quando o macho introduz um dos seus hemipénis na cloaca da fêmea. Os dragões-de-komodo podem ser monógamos e formar um par estável, um comportamento raro em lagartos.

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A fêmea põe os seus ovos em tocas escavados nas vertentes de uma elevação ou em ninhos abandonados de Megapodius reinwardt, com preferência para os ninhos abandonados. A postura normalmente consiste de uma média de vinte ovos que estiveram em incubação durante sete a oito meses. A fêmea deita-se em cima dos ovos para os incubar e proteger até que eclodem por volta de Abril, no fim da época chuvosa quando há abundância de insectos. Para os juvenis, a saída da casca é um processo cansativo. Eles usam um dente especial que cai passado pouco tempo. Depois de cortarem a casca, os lagartos recém-eclodidos permanecem dentro da casca durante algumas horas antes de escavarem para fora do ninho.Jovens dragões-de-komodo passam grande parte dos seus primeiros anos em árvores, onde estão a salvo de predadores, incluindo adultos canibalescos, que fazem de dragões juvenis 10% da sua dieta. Segundo David Attenborough, o hábito de canibalismo pode ser vantajoso em suster o tamanho grande dos adultos, pois presas de tamanho médio são raras na ilha. Quando um jovem tem de aproximar-se de uma presa, rebolam em fezes e descansa em cima de intestinos de animais esvicerados para deter estes adultos esfomeados. Os dragões-de-komodo tomam cerca de três ou cinco anos a se tornarem maduros, e podem viver até aos 50 anos.

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População

Curiosidades para crianças

  • O dragão de Komodo também é conhecido como o monitor Komodo ou o monitor da ilha de Komodo na literatura científica. Para os nativos da ilha de Komodo, é referido como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).
  • Os dragões de Komodo conseguem ver objetos tão distantes quanto 300 m (980 pés) e conseguem distinguir cores.
  • Os dragões de Komodo usam a língua para detetar, provar e cheirar estímulos com o sentido vomeronasal usando o órgão do Jacobson, em vez de usar as narinas. Com a ajuda de um vento favorável e o hábito de balançar a cabeça de um lado para o outro enquanto andam, os Komodos podem detetar carniça entre 4 e 9,5 km (2,5-5,9 mi) de distância.
  • Algumas das escamas na pele dos Komodos são reforçadas com osso e têm placas sensoriais conectadas aos nervos para facilitar o seu tato. As escamas à volta das orelhas, lábios, queixo e plantas das patas podem ter três ou mais placas sensoriais.
  • Os hábitos alimentares dos dragões de Komodo seguem uma hierarquia, em que os animais maiores comem geralmente antes dos menores. Dragões de tamanho igual podem recorrer a "luta livre". Os perdedores geralmente retiram-se, embora sejam conhecidos por serem mortos e comidos pelos vencedores.
  • O dragão de Komodo bebe sugando água para a sua boca por bombeamento bucal, um processo também usado para a respiração; o animal levanta a cabeça e deixa a água escorrer pela garganta.
  • Os dragões de Komodo preferem evitar encontros com humanos. Os jovens são muito tímidos e fugirão rapidamente para um esconderijo se um humano se aproximar, ficando a menos de cerca de 100 metros (330 pés). Os animais mais velhos também se afastam de humanos a uma distância mais curta. Se encurralados, eles reagirão agressivamente, abrindo a boca, sibilando e abanando a cauda. Se eles estiverem mais perturbados, podem iniciar um ataque e morder.

Coloring Pages

Referências

1. Dragão-de-komodo artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Drag%C3%A3o-de-komodo
2. Dragão-de-komodono site da Lista Vermelha da IUCN - https://www.iucnredlist.org/species/22884/9396736

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