Drymoreomys albimaculatus é uma espécie de roedor da família Cricetidae que vive na Mata Atlântica do Brasil. É a única espécie descrita para o gênero Drymoreomys. Endêmica do Brasil, pode ser encontrada na região de Mata Atlântica da Serra do Mar nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Foi registrada pela primeira vez em 1992 e descrita cientificamente somente em 2011. Embora sua distribuição seja relativamente grande e inclua algumas áreas protegidas, ocorre de forma irregular, de modo que seus descobridores recomendam que o animal seja considerado "quase ameaçado" na Lista Vermelha da IUCN. Dentro da tribo Oryzomyini, Drymoreomys parece estar mais intimamente relacionado com Eremoryzomys dos Andes do Peru, uma relação incomum do ponto de vista biogeográfico, pois as duas populações estão amplamente separadas e adaptadas a um ambiente diferente, árido e úmido.
Com uma massa corporal de 44 a 64 gramas, o Drymoreomys é um roedor de tamanho médio, com pelo longo, de cor laranja a amarelada na parte superior do corpo, e acinzentada, com várias manchas brancas, na porção ventral. As almofadas nas patas traseiras são muito bem desenvolvidas e há pelo marrom na parte superior dos pés. A cauda é inteiramente marrom. A parte da frente do crânio é relativamente longa e os sulcos do neurocrânio são discretos. O palato é curto, com a margem posterior entre os terceiros molares. Várias características dos órgãos genitais não são vistas em nenhum outro roedor orizomíneo.
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Começa porDrymoreomys albimaculatus ocorre na Mata Atlântica nas encostas orientais da Serra do Mar, a 650 a 1 200 metros acima do nível do mar, nos estados brasileiros de São Paulo e Santa Catarina. Não foi encontrado no estado do Paraná, situado entre aqueles dois, mas é provável também que ocorra lá. O padrão biogeográfico indicado pela relação entre Drymoreomys e o Eremoryzomys andino é incomum. Embora existam alguns casos semelhantes de relações entre animais da vegetação andina e da Mata Atlântica, eles envolvem habitantes de florestas úmidas nos Andes; Eremoryzomys, por outro lado, vive em uma área árida.
A espécie parece ser especialista em floresta densa, úmida, montana e pré-montana. Foi encontrada em florestas secundárias e degradadas, bem como em florestas intocadas, mas provavelmente precisa de floresta contígua para sobreviver. A atividade reprodutiva foi observada em fêmeas em junho, novembro e dezembro e em machos em dezembro, sugerindo que a espécie se reproduz o ano todo. Embora algumas de suas características morfológicas, como as almofadas muito grandes, sejam sugestivas de hábitos arbóreos (que vivem em árvores), a maioria dos espécimes foi coletada em armadilhas de queda no solo.
A distribuição de Drymoreomys albimaculatus é relativamente grande e a espécie ocorre em várias áreas protegidas, mas só foi encontrada em sete localidades e seu habitat está ameaçado pelo desmatamento e fragmentação. Portanto, Percequillo e colegas sugerem que a espécie seja avaliada como "quase ameaçada" de acordo com os critérios da Lista Vermelha da IUCN.