Tartaruga-de-pente

Tartaruga-de-pente

Tartaruga-legítima, Tartaruga-de-escamas, Tartaruga-verdadeira

Reino
Filo
Subfilo
Classe
Ordem
Subordem
Família
Espécies
Eretmochelys imbricata
Tamanho da população
23,000
Vida útil
30-50 years
Velocidade máxima
24
15
km/hmph
km/h mph 
Peso
46-70
101.2-154
kglbs
kg lbs 
Comprimento
71-89
28-35
cminch
cm inch 

A tartaruga-de-pente, tartaruga-legítima, tartaruga-de-escamas ou tartaruga-verdadeira (nome científico: Eretmochelys imbricata) é uma tartaruga marinha da família dos queloniídeos (Cheloniidae), encontrada em mares tropicais e subtropicais. Espécie criticamente ameaçada de extinção devido à caça indiscriminada. Tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. A espécie tem uma distribuição mundial, com subespécies do Atlântico e do Pacífico. Eretmochelys imbricata imbricata é a subespécie atlântica, enquanto a subespécie Eretmochelys imbricata bissa é encontrada na região do Indo-Pacífico.

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Sua alimentação consiste em esponjas, anêmonas, lulas e camarões; sua cabeça estreita e sua boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais. Elas também se alimentam de outros invertebrados, como por exemplo ctenóforos e medusas. Devido às práticas de pesca humana, as populações de tartaruga-de-pente ao redor do mundo estão ameaçadas de extinção e a espécie é classificada como criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN). Vários países, como a China e o Japão, utilizam a carne da tartaruga-de-pente na alimentação. Os cascos das tartarugas-de-pente são usados para fins decorativos. De acordo com a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES), é ilegal a captura e o comércio de tartarugas-de-pente e produtos delas derivados, em muitas nações.

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Aparência

A tartaruga-de-pente possui a aparência típica de uma tartaruga marinha. Tal como os demais representantes de sua família, apresenta um corpo em formato plano e seus membros em forma de barbatanas, adaptados à natação. As adultas geralmente atingem entre 60 e 100 centímetros de comprimento e pesam entre 73 e 101,4 quilos, em média. A tartaruga-de-pente mais pesada a ser capturada tinha 167 quilos. O casco ou carapaça tem um fundo laranja com uma irregular combinação de faixas claras e escuras, com predominância das cores marrom e preto radiando para os lados. Uma de suas características mais facilmente distinguíveis são os espessos escudos (placas) que compõem a carapaça. Embora a carapaça possua cinco escudos centrais e quatro pares de escudos laterais, como ocorre em vários membros da mesma família, o escudo posterior sobrepõe-se de tal maneira que dá à margem traseira de sua carapaça uma imagem semelhante à beira de uma serra ou uma faca. Sua carapaça é conhecida por atingir quase um metro de comprimento. Seus rastros na areia são assimétricos, pois rastejam em marcha alternada, diferente da tartaruga-verde (Chelonia mydas) e da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), que rastejam simetricamente. Devido ao consumo dos venenosos cnidários, sua carne pode chegar a certos níveis de toxicidade.

Vídeo

Distribuição

Geografia

As tartarugas-de-pente ocupam uma vasta faixa do globo terrestre, sendo encontradas predominantemente em recifes tropicais dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. De todas as espécies de tartarugas marinhas, é uma das mais associadas com as águas tropicais. Duas das principais subpopulações reconhecidas são a atlântica e a indo-pacífica.

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As tartarugas-de-pente adultas são encontradas principalmente nos recifes de coral tropicais. São vistas geralmente descansando em grutas e saliências no interior e em torno destes recifes, durante o dia. Como uma espécie altamente migratória, também têm sido encontradas em uma ampla gama de habitats, desde o mar aberto até às lagoas e manguezais nos estuários. Embora não se saiba muito sobre as preferências de habitat nos seus primeiros estágios de vida, à semelhança de outras tartarugas marinhas jovens, sabe-se que são completamente pelágicas e, assim, fazem do mar aberto sua casa até a fase adulta.

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Tartaruga-de-pente Mapa do habitat

Zonas climáticas

Tartaruga-de-pente Mapa do habitat
Tartaruga-de-pente
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Hábitos e estilo de vida

Não se sabe muito sobre o ciclo de vida das tartarugas-de-pente. É sabido que acasalam a cada dois anos, em lagoas isoladas em ilhas remotas ao longo de sua distribuição. A época de acasalamento no Atlântico ocorre normalmente entre abril e novembro. Às populações do Índico, como as das Seicheles, o acasalamento é de setembro a fevereiro. Tal como acontece com outras tartarugas marinhas, acasalam em lagoas rasas perto das praias onde provavelmente irão nidificar. Após o acasalamento, as fêmeas sobem seus corpos pesados à praia durante a noite. Terão então que desocupar uma área e cavar um buraco onde irão nidificar, usando sua barbatana traseira. A fêmea então põe os ovos no ninho e, em seguida, cobre-os com areia. Os ninhos das Caraíbas e da Flórida geralmente contêm cerca de 140 ovos. Após várias horas do longo processo as fêmeas retornam ao mar. Este é o único momento em que as tartarugas-de-pente deixam o oceano.

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A tartaruga recém-nascida, geralmente pesando menos de duas dezenas de gramas, sai do ninho durante a noite, após cerca de dois meses. Estes recém-nascidos apresentam cores escuras e as carapaças em forma de coração, medindo cerca de 2,5 centímetros de comprimento. Voltam-se instantaneamente para o mar, atraídos pelo reflexo da lua sobre a água (um mecanismo que pode ser perturbado por fontes de luzes antropogénicas, tais como lâmpadas e luzes de rua). As tartarugas recém-nascidas que não alcançarem a água até à alvorada serão alimento de predadores, como aves e caranguejos.

O início da vida das tartarugas-de-pente juvenis é desconhecido. Após chegar ao mar, os filhotes entram em um estágio pelágico de vida (tal como outras tartarugas marinhas), por uma quantidade de tempo indeterminado. Enquanto as taxas de crescimento da tartaruga-de-pente não são conhecidas, quando as uvenis atingirem cerca de 35 centímetros, passam de um estilo de vida pelágico para um associado aos recifes de coral. A tartarugas-de-pente chegam à maturidade aos trinta anos.

Embora não haja consenso claro, devido à falta de dados, acredita-se que as tartarugas-de-pente vivam de trinta a cinquenta anos, em estado selvagem. Tal como outras tartarugas marinhas, as tartarugas-de-pente são solitárias durante a maior parte de suas vidas e só agrupam para acasalar. São altamente migratórias. Devido à dureza de suas carapaças, não possuem grandes predadores e existem poucas criaturas que são capazes de morder através da sua concha protectora. Tubarões e crocodilos-de-água-salgada (Crocodylus porosus) são alguns dos seus predadores naturais. Polvos e algumas espécies de peixes pelágicos também predam as tartarugas adultas.

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

Embora sejam conhecidas por serem onívoras, o principal alimento das tartarugas-de-pente são as esponjas. Esponjas constituem entre 70% e 95% da dieta das populações nas regiões das Caraíbas. Entretanto, como acontece com muitos espongívoros, se alimenta apenas de algumas espécies selecionadas, ignorando muitas outras. As populações das Caraíbas se alimentam principalmente de esponjas da classe das demospôngias (Demospongiae), especificamente aquelas que pertencem às ordens dos astroforídeos (Astrophorida), espiroforídeos (Spirophorida) e hadromerídeos (Hadromerida). As espécies selecionadas de esponja que alimentam estas tartarugas incluem a Geodia gibberosa. As tartarugas-de-pente também se alimentam de algas e cnidários, como água-vivas (entre as quais está a perigosa caravela-portuguesa, Physalia physalis) e anémonas-do-mar. A tartaruga-de-pente fecha os seus desprotegidos olhos quando se alimentam desses cnidários, para que os cnidoblastos não penetrem em sua cabeça.

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As tartarugas-de-pente mostraram-se altamente flexíveis e resistentes com as suas presas. Algumas das esponjas que lhe servem de alimento, tais como Aaptos aaptos, Chondrilla nucula, Tethya actinia, Spheciospongia vesparium e Suberites domuncula, são altamente tóxicas (muitas vezes letais) para outros organismos. Além disso, sabe-se que a tartaruga-de-pente escolhe espécies de esponja que possuem uma quantidade significativa de dióxido de silício nas espículas, tais como Ancorina, Geodia, Ecionemia e Placospongia.

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Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

População

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Referências

1. Tartaruga-de-pente artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Tartaruga-de-pente
2. Tartaruga-de-penteno site da Lista Vermelha da IUCN - http://www.iucnredlist.org/details/8005/0

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