A foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus) é provavelmente o membro da família das focas mais ameaçado de extinção. Outrora espalhada pelo Mediterrâneo e águas adjacentes, hoje estima-se que haja somente em torno de 400 indivíduos restantes desse mamífero marinho, o que faz da espécie Monachus monachus a foca mais rara do mundo.
É informalmente conhecida, no arquipélago português da Madeira, por lobo-marinho, embora seja na verdade uma foca (pertencente à família Phocidae), e não pertencente à família Otariidae, da qual fazem parte os verdadeiros lobos-marinhos.
As focas-monges constituem um dos géneros da família dos focidas, que compreende três espécies: a foca-monge-do-havaí (Monachus schauinslandi), a foca-monge-do-caribe (Monachus tropicalis), já extinta, e a foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus).
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Começa porO lobo-marinho vive na Reserva Natural das Ilhas Desertas e vive no arquipélago da Madeira - Portugal, zonas de costa bastante escarpadas e sempre de difícil acesso por exemplo em grutas que têm entrada submarina. Segundo pesquisas feitas, este não seria o seu habitat inicial.
O lobo-marinho chegou a habitar algumas praias desabrigadas, maioritariamente no concelho de Câmara de Lobos, na Ilha da Madeira, só que com a chegada do homem obrigou a que estes animais procurassem o abrigo de grutas e de locais mais acessíveis para eles.
É também conhecida por foca monge e é a única espécie que vive em território Português, nas Ilhas Desertas do arquipélago da Madeira.
Foi-lhe atribuído o nome de foca monge devido às pregas que possui no pescoço, porque quando está em descanso faz lembrar o capucho de um monge e porque também é um animal de hábitos solitários. O nome de lobo-marinho devido aos sons em tom de urro e por ser um animal carnívoro.
Os primeiros registos escritos portugueses do lobo-marinho remontam ao ano de 1419, quando os navegadores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira chegaram à Ilha da Madeira. Aí, numa baía de costa sul, ter-se-ão deparado com um animal até então desconhecido, que chamaram de lobo-marinho. Este local é ainda hoje conhecido por Câmara de Lobos, designação que deriva da original “Câmara de Lobos”
A foca monge é um dos animais mais raros do mundo, um dos mamíferos marinhos mais ameaçados de extinção.
No mundo inteiro restam apenas 300 focas como esta. Esta espécie é conhecida desde sempre na Madeira como Lobo-marinho, uma vez que os seus sons fazem lembrar o uivo de um lobo, Perseguido pelo homem, sem o seu habitat e sem alimento, abandonou a ilha da Madeira e refugiou-se nas Ilhas Desertas. Estas ilhas já têm 40 animais desta espécie.
Um dos pontos muito importantes para a conservação destes animais é a sua reprodução. Por isso os locais de criação sãos zonas de grande protecção e nós os homens temos que respeitar os seus espaços.
A Foca monge deverá ser considerada como um indicador do “estado de saúde” do ambiente marinho. A sua extinção poderá ser entendido como um mau sinal de destruição do ecossistema dos oceanos
A foca-monge é um animal robusto que pode atingir os 400 quilos e os 4 metros de altura, no caso dos machos. As fêmeas são sempre mais pequenas podendo atingir até 2,30 metros de tamanho.
Apresenta uma coloração castanha-acinzentada, sendo que, nas partes inferiores, apresentam manchas mais claras, amareladas e esbranquiçadas. Quanto mais velhas se tornam, mais clara é a sua tonalidade, chegando a sua pele a atingir a coloração prateada.
Quando submerge, as suas narinas paralelas fecham-se, impedindo, desta forma, a entrada de água para os canais respiratórios. Debaixo de água, servem-se do olhos para se guiarem, mas também dos seus longos bigodes, órgãos do tacto extremamente sensíveis às mudanças de pressão.
As focas passam a maior parte do tempo dentro de água. Podem mesmo dormir no mar, à superfície, num período que pode chegar a 12 minutos, ao fim dos quais tem de se movimentar para respirar. Como é um mamífero, apenas pode respirar à superfície. O seu fôlego permite-lhe, no entanto, permanecer 10 a 12 minutos submersa.
Embora realize a maior parte da sua actividade no mar, a foca depende da terra para repousar, fazendo-o essencialmente em praias escondidas no interior de grutas.
Alimenta-se de animais que captura na água, como polvos e peixes de tamanho considerável, entre os quais se encontram o mero (Epinephelus marginatus) e o congro (Conger conger). Ainda assim, além de predadores, são também presas de outros predadores maiores como a orca (Orcinus orca) e os tubarões. Porém, dado que estes animais não costumam aproximar-se das zonas costeiras, constituem ameaças muito pontuais.
Trata-se de um animal muito curioso, que facilmente se aproxima do ser humano, especialmente quando jovem. No entanto, nas épocas de criação, as fêmeas tornam-se muito ciosas das crias, tentando sempre afastá-las do Homem, podendo ter reacções imprevistas e agressivas.
Não possuem uma época própria para os nascimentos, embora se verifique uma maior concentração destes nos períodos entre outubro e novembro. A gestação demora entre 8 a 11 meses, ao fim dos quais nasce uma pequena cria indefesa, coberta por uma pelagem lanosa de cor negra. As crias ficam entregues aos cuidados das progenitoras por um período que pode ir de 1 a 2 anos, altura em que se apresentam mais brincalhonas e despreocupadas. Estes animais podem viver cerca de 20 ou 30 anos no seu estado selvagem.