Tapirus pinchaque

Tapirus pinchaque

Anta da montanha, Tapir da montanha, Anta, Tapir

Reino
Filo
Subfilo
Classe
Família
Género
Espécies
Tapirus pinchaque
Tamanho da população
Bnelow 2,500
Vida útil
28.5 years
Velocidade máxima
48
30
km/hmph
km/h mph 
Peso
136-260
299.2-572
kglbs
kg lbs 
Altura
0.8-1
2.5-3.3
mft
m ft 
Comprimento
2
6
mft
m ft 

A anta da montanha ou tapir da montanha (nome científico: Tapirus pinchaque) também conhecido simplesmente como anta ou tapir, é um mamífero perissodáctilo da família Tapiridae e do gênero Tapirus que habita principalmente as florestas de altitude do noroeste da América do sul. É a segunda menor espécie existente de anta, maior somente que o recentemente descrito Tapirus kabomani, também é a única espécie existente de sua família a viver fora das florestas tropicais na natureza.

Aparência

A anta da montanha possui uma pelagem que geralmente é preta ou castanha escura, com pelos pálidos e ocasionalmente cobertos por uma camada mais escura. O pelo se torna visivelmente mais pálido na parte inferior, em torno dos flancos e nas bochechas, uma mancha branca distinta está presente ao redor dos lábios, e embora possa variar em extensão, geralmente há manchas brancas na ponta das orelhas. Em adultos, o traseiro tem manchas pareadas de pela nua, o que pode ajudar a indicar a maturidade sexual. Os olhos são inicialmente azuis ao nascer, mais mudam para o marrom pálido à medida que o animal envelhece. Ao contrario de todas as outras espécies de antas, o pelo da anta da montanha e longo, espesso e liso, especialmente na parte inferior dos flancos, chegando a 3,5 cm de espessura ou mais em alguns indivíduos.

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Os adultos geralmente possuem cerca de 1,8 m de comprimento e 75 cm a 1 m de altura no ombro. Eles tipicamente pesam entre 136 e 250 kg, e apesar de ambos os sexos terem tamanhos semelhantes as fêmeas são em média cerca de 25 a 100 kg mais pesadas que os machos.

Como outras espécies de antas, as antas da montanha possuem caudas pequenas e esquisitas, bem como longas e flexíveis probóscides. Elas também são dotadas de quatro dedos em cada pé dianteiro e três em cada pé traseiro, cada um com unhas grandes e apoiados em uma sola acolchoada. Um pedaço de pele nua e de cor rosa pálida ou cinza se estende logo acima de cada dedo do pé.

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Distribuição

Geografia

A anta da montanha é encontrada nas florestas de altitude e nos páramos das montanhas nas cordilheiras orientais e centrais da Colômbia, Equador e no extremo norte do Peru. No passado seu alcance pode ter sido prolongado até o oeste da Venezuela, mas já foi extinta nessa região. Normalmente vive em altitudes entre 2.000 e 4.300 metros, e nessas altitudes as temperaturas rotineiramente caem para abaixo de zero, e a pelagem da anta da montanha, maior do que nas demais espécies de antas, é provavelmente uma adaptação para viver nessas condições. Durante a estação das chuvas, as antas da montanha tendem a habitar as florestas temperadas dos andes, enquanto durante os meses mais secos, elas deslocam-se mais para o pé das montanhas, onde não sofrem tanto com as picadas de insetos.

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A anta da montanha é uma espécie monotípica, o que significa que não possui subespécies reconhecidas.

No Peru, a anta é protegida no Santuário Nacional Tabaconas Namballe. A espécie precisa de extensões contínuas de florestas de altitudes temperadas, aos invés de bolsões isolados de florestas para poder produzir e manter populações saudáveis e viáveis, e esse é um grande obstaculo bem como motivo de preocupação para os conservacionistas que tentam proteger o animal da extinção.

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Tapirus pinchaque Mapa do habitat
Tapirus pinchaque Mapa do habitat
Tapirus pinchaque
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Hábitos e estilo de vida

Quando estão juntas de outros membros de sua espécie, as antas da montanha se comunicam através de assobios agudos, e os machos ocasionalmente lutam contra machos rivais pelo direito de acasalar, normalmente mordendo as patas traseiras de seus oponentes. Mas, na maioria das vezes, as antas são pacificas, tímidas e levam uma vida solitária, se encontrando com outros de sua espécie somente na época de reprodução ou quando formam pequenos grupos de mães e filhotes, passando grande parte de seu tempo forrageando em busca de alimento por entre trilhas que as próprias antas constroem por entre a mata. Apesar de seu grande tamanho, elas se deslocam com extrema facilidade no meio a densa vegetação da floresta, subindo as encostas íngremes de seus habitats montanhosos e podendo atravessar grandes distancias a nado, já que é um animal muito associado a presença de água.

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As antas da montanha são geralmente animais crepusculares com seus picos de atividade se concentrando principalmente ao amanhecer e ao cair da noite, embora sejam mais ativas durante o dia que qualquer outra espécie de anta. Elas geralmente dormem da meia-noite até o amanhecer, com poucos períodos de descansos adicionais durante as horas mais quentes do dia, e geralmente fazem suas camas sobre densas coberturas vegetais. As antas geralmente forrageiam atrás de plantas macias para comer. Ao tentar acessar plantas mais altas, às vezes se levantam sobre as patas traseiras para alcançar as folhas verdes do topo. Apesar da visão das antas serem geralmente pobres, elas compensam essa deficiência com um excelente olfato.

Os machos da espécie frequentemente marcam seus territórios com pilhas de esterco, urina e arranhões nas arvores, as fêmeas por vezes também aderem a esse comportamento. Os territórios dos indivíduos geralmente se sobrepõem ao de outras antas, com cada animal reivindicando mais de 800 hectares de território para si, e as fêmeas tendem a ter territórios maiores do que os machos.

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

As antas são herbívoros e comem uma ampla variedade de plantas, folhas, gramíneas e bromélias. Na natureza, particularmente os alimentos mais comuns incluem samambaias, plantas guarda-chuva, bromélias entre outras, elas também ocasionalmente procuram por sais minerais naturais para suprir suas necessidades por este tipo mineral.

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As antas da montanha são importantes dispersores de sementes em seu ambiente, e foram identificadas como um espécie fundamental nos andes. Uma proporção relativamente alta de sementes de plantas comidas por antas da montanha germinam com sucesso em seu esterco, provavelmente devido a um sistema digestivo relativamente ineficiente e uma tendência comportamental de defecar perto da água. Embora uma grande variedade de sementes sejam dispersas dessa maneira, as palmeiras em extinção parecem confiar quase que exclusivamente na anta da montanha para dispersar suas sementes, e está planta, justamente com o trevo das terras altas, declina drasticamente sempre que o animal é extinto de uma área.

Os principais predadores da anta da montanha são os pumas e, menos comumente ursos de óculos e onças pintadas.

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Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

As antas da montanha fêmeas possuem um ciclo estral que dura aproximadamente 30 dias, e tipicamente se reproduzem apenas uma vez a cada dois anos. Durante o cortejo, o macho persegue a fêmea e lhe da mordidas de leve, também emite grunhidos e gritos para chamar sua atenção, enquanto a fêmea responde grunhindo de volta. Após uma gestação de 392 ou 393 dias, a fêmea da a luz a um único filhote, casos de gêmeos são extremamente raros.

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As antas da montanha recém-nascidas pesam cerca de 5,4 a 6,2 kg e possuem uma pelagem marrom e manchada com listras brancas-ameladas, muito diferente da pelagem dos adultos, porem esse padrão peculiar desaparece quando o filhote completa doze meses, a pelagem das antas bebês também são muito mais espessas que a dos adultos, para ajudar os filhotes a suportar o frio intenso. O desmame começa por volta dos 3 meses de idade e a mãe cuida do filhote até que ele tenha 18 meses. As antas da montanha atingem a maturidade sexual com 3 anos e podem viver por até 27 anos em cativeiro.

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População

Referências

1. Tapirus pinchaque artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Tapirus_pinchaque
2. Tapirus pinchaqueno site da Lista Vermelha da IUCN - http://www.iucnredlist.org/details/21473/0

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