Baleia-azul
Reino
Filo
Subfilo
Classe
Infraordem
Família
Género
Espécies
Balaenoptera musculus
Tamanho da população
5,000-15,000
Vida útil
80-90 years
Velocidade máxima
20
12
km/hmph
km/h mph 
Peso
100-160
220462-352739.2
tlbs
t lbs 
Comprimento
25-30
82-98.4
mft
m ft 

A baleia-azul (nome científico: Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho pertencente à subordem dos misticetos (Mysticeti) dos cetáceos. Com até 30 metros de comprimento e mais de 180 t de peso, são os maiores animais que já existiram.

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Longo e esguio, o corpo das baleias-azuis apresenta seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto seu ventre é geralmente mais claro. Existem pelo menos três subespécies distintas: B. m. musculus, cujo habitat restringe-se ao norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, B. m. intermedia, do oceano Antártico e B. m. brevicauda (também conhecida como baleia-azul-pigmeia), encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico. B. m. indica, do oceano Índico, pode ser uma outra subespécie. Como é o caso das outras espécies pertencentes à subordem dos misticetos, a dieta das baleias-azuis consiste quase que exclusivamente de pequenos crustáceos conhecidos como krill, os quais filtram da água do mar usando lâminas córneas em sua cavidade bucal. Porém, elas também podem se alimentar de pequenos peixes e lulas.

As baleias-azuis eram, até ao início do século XX abundantes em quase todos os oceanos. Caçadas durante mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até se tornarem objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996. Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo, distribuídas em pelo menos cinco agrupamentos. Contudo, pesquisas mais recentes sobre as subespécies pigmeias sugerem que a população atual é maior. Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos. Os agrupamentos remanescentes atuais, muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelos menos outros dois no Hemisfério Sul.

A nadadeira dorsal das baleias-azuis é pequena, visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Através de seu espiráculo, elas podem produzir jatos de água de até 9 metros de altura. O volume de seus pulmões pode chegar a 5 000 . Elas também são os animais mais ruidosos do mundo, podendo emitir sons que atingem os 188 dB — mais fortes que o som de um avião a jato — e que podem ser ouvidos a mais de 800 quilômetros de distância.

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Aparência

O corpo das baleias-azuis é longo e pontiagudo e, quando comparado ao corpo sólido e reforçado de outras baleias, parece um pouco mais alongado.A cabeça é achatada, em formato parecido com um U, com um proeminente espinhaço indo desde o espiráculo até o topo do lábio superior. A parte frontal da boca, onde as lâminas córneas estão localizadas, é espessa; cerca de 300 lâminas, com algo em torno de um metro de comprimento cada, estão ligadas à maxila, percorrendo cerca de meio metro em direção ao interior da boca. Elas possuem algo entre 70 e 118 ranhuras (chamadas de dobras ventrais) ao longo da garganta, paralelas ao comprimento do corpo. Essas dobras ajudam a evacuar a água da boca depois de se alimentar (veja mais na respectiva seção abaixo).

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A nadadeira dorsal é pequena, visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Localizada a cerca de 3/4 da distância da cabeça à cauda, sua forma varia de indivíduo para indivíduo; em alguns, a nadadeira dorsal não passa de um caroço muito difícil de se avistar, enquanto que em outros ela pode ser proeminente, com forma de foice. Quando emergem para respirar, as baleias-azuis elevam seus ombros e espiráculo para fora da água muito mais do que as outras grandes espécies de baleias, como por exemplo as baleias-sei e as baleias-jubarte, o fazem. Com esta peculiaridade em mente, é possível a um observador diferenciar estas espécies umas das outras em pleno mar. Algumas baleias-azuis do norte dos oceanos Atlântico e Pacífico levantam as nadadeiras de suas caudas quando mergulham. Durante a respiração, elas expelem um jorro que pode atingir até 12 metros de altura, mas que tipicamente não passa dos 9 metros. O volume de seus pulmões pode atingir até os 5 000 . As Baleias-azuis tem espiráculos duplos, que são cobertos por um grande pára-respingos.

As nadadeiras tem entre 3 e 4 metros de comprimento. Enquanto a face superior é cinza, com uma fina borda branca, a face inferior é completamente branca. Normalmente, a cabeça e as nadadeiras da cauda são completamente cinzas. Suas partes superiores e, em alguns casos, as nadadeiras, são malhadas. Os padrões do malhado variam substancialmente de indivíduo para indivíduo: enquanto alguns apresentam apenas um tom cinza claro e uniforme, sem malhado algum, outros demonstram combinações de tons azuis escuros, cinzas e pretos, todos em uma malha muito densa.

Apesar de as baleias-azuis poderem atingir velocidades de até 50 quilômetros por hora por curtos períodos de tempo, principalmente quando estão interagindo umas com as outras, a velocidade em que nadam fica normalmente em torno dos 20 quilômetros por hora. Quando se alimentam, elas diminuem sua velocidade de nado para algo em torno dos 5 quilômetros por hora.

As baleias-azuis vivem sozinhas ou com um parceiro. Não se sabe por quanto tempo casais de baleias-azuis ficam viajando juntos. Contudo, em regiões com fartura de alimento, já foram avistadas até 50 baleias espalhadas por uma pequena área. As baleias-azuis não vivem em grandes grupos, como é o caso de outras espécies pertencentes à subordem dos misticetos.

As baleias-azuis são um dos maiores animais que viveram de que se tem conhecimento. O maior dinossauro de que se tem conhecimento é o Argentinossauro, que viveu no Mesozoico, e pesava, segundo estimativas, até 90 toneladas.

Baleias-azuis, devido às suas dimensões, são muito difíceis de se pesar. Como é o caso da maioria das grandes baleias capturadas por baleeiros, baleias-azuis adultas nunca foram pesadas como um todo. Para poder pesá-las, seus corpos são primeiramente cortados em pedaços, o que resulta em um peso total menor do que real, pois durante o processo perde-se muito sangue e outros fluidos corporais. Mesmo assim, há registros de pesos entre 150 e 170 toneladas para indivíduos de até 27 metros de comprimento. O Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos dos Estados Unidos (NMML, na sigla em inglês) estima que o peso de um animal de 30 metros de comprimento ultrapasse as 180 toneladas. A maior baleia-azul pesada de maneira precisa até os dias de hoje pelos cientistas do NMML tinha 177 toneladas. De maneira geral, as baleias-azuis do norte do oceano Atlântico e do oceano Pacífico aparentam ser, em média, menores do que as que vivem nas águas da Antártida.

Existe uma certa incerteza quanto à maior baleia-azul já encontrada, pois a maior parte dos dados provém de animais mortos nas águas da Antártida durante a primeira metade do século XX, tendo sido coletados por caçadores de baleias pouco versados nos métodos científicos de medição de animais. A baleia mais pesada de que se tem registro pesava 190 toneladas. As baleias mais compridas que jamais foram medidas são duas fêmeas medindo respectivamente 32,6 e 33,3 metros. O peso das duas baleias, contudo, não foi coletado na ocasião de sua captura. A maior baleia já medida por cientistas do NMML, uma fêmea capturada por baleeiros japoneses na Antártida entre 1946 e 1947, tinha 29,9 metros de comprimento. Já no norte do oceano Pacífico, o maior registro é de uma fêmea, também capturada por baleeiros japoneses, em 1959, com 27,1 metros de comprimento, e no norte do oceano Atlântico, uma outra fêmea, capturada no Estreito de Davis, com 28,1 metros de comprimento.

Devido às grandes dimensões das baleias-azuis, muitos de seus órgãos são os maiores do reino animal. Uma língua de baleia-azul pesa algo em torno de 2,7 toneladas, equivalente ao peso de um elefante e, quando completamente expandida, sua boca é capaz de reter até 90 toneladas de alimento e água. Apesar do tamanho de sua boca, as dimensões de sua garganta são tais que uma baleia-azul é incapaz de engolir um objeto maior que uma bola de praia. Seu coração pesa em torno de 600 quilos e é a maior parte de corpo conhecida de todos os animais. A aorta de uma baleia-azul tem aproximadamente 23 centímetros de diâmetro. Durante os primeiros sete meses de vida, uma baleia-azul jovem bebe aproximadamente 400 l de leite por dia. Baleias-azuis jovens crescem muito rapidamente, podendo ganhar peso corporal a uma taxa de até 90 quilos a cada 24 horas. Quando nascem, podem pesar até 2 700 quilos – o mesmo que hipopótamo adulto. A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinquenta pessoas poderiam apoiar-se em sua língua. Um bebê (humano) poderia gatinhar através das principais artérias da baleia-azul e um humano adulto poderia até arrastar-se pela sua aorta. O órgão reprodutor do macho (o pênis), chega a medir 3 metros de comprimento.

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Vídeo

Baleia-azul Mapa do habitat
Baleia-azul
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Hábitos e estilo de vida

O mecanismo por trás da migração das baleias modernas é debatido. A migração pode funcionar para reduzir o parasitismo, os patógenos e a competição, melhorar o acesso às presas na primavera e no verão, reduzir a predação dos filhotes pelas orcas e otimizar a termorregulação para o crescimento no inverno. Para muitos misticetos, como as baleias-jubarte e cinzentas, um padrão geral de migração pode ser definido como a migração de um lado para outro entre áreas de alimentação em latitudes mais altas e habitats de reprodução em latitudes mais baixas anualmente. Em contraste, as baleias-azuis têm padrões de movimento menos específicos, com evidências substanciais de estratégias alternativas, como residência durante todo o ano, migração parcial ou diferencial e hábitos anômalos, como alimentação em criadouros.

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As vocalizações da baleia-azul estão entre os sons de frequência mais altos e mais baixos produzidos por qualquer animal. O nível de origem das baleias-azuis ao largo do Chile na faixa de 14 a 222 Hz foi estimado em 188 dB re 1 μPa a 1 m, 189 dB re 1 μPa a 1 m para as baleias-azuis da Antártica, e 174 dB re 1 μPa a 1 m para baleias-azuis pigmeias. A frequência fundamental para vocalizações de baleias-azuis varia de 8 a 25 Hz. Os tipos de música da baleia-azul foram divididos inicialmente em nove tipos de música, embora pesquisas em andamento sugiram que existem pelo menos 13 tipos de música.

Os possíveis motivos para os chamados incluem:

As vocalizações produzidas pela população do nordeste do Pacífico foram bem estudadas. Esta população produz pulsos de baixa frequência de longa duração ("A") e chamados tonais ("B"), tons de varredura para cima que precedem os chamados de tipo B ("C"), tons de varredura para baixo de duração moderada ("D") e variáveis sons modulados por amplitude e sons modulados por frequência. Os chamados A e B são frequentemente produzidos em sequências repetidas e concomitantes como música apenas pelos machos, sugerindo uma função reprodutiva. Chamados D são produzidos por ambos os sexos durante as interações sociais durante o forrageamento e podem ser considerados chamados de contato multiuso. Como os cantos também foram gravados em trios de baleias-azuis em um contexto que foi considerado reprodutivo, foi sugerido recentemente que esse canto tem funções diferentes. O canto da baleia-azul registrado no Seri Lanca é uma frase de três unidades. A primeira unidade é um chamado pulsátil de 19,8 a 43,5 Hz, com duração de 17,9 ± 5,2 segundos. A segunda unidade é uma varredura FM para cima de 55,9 para 72,4 Hz com duração de 13,8 ± 1,1 segundos. A unidade final é um tom longo (28,5 ± 1,6 s) que varia de 108 a 104,7 Hz. O canto da baleia-azul registrado fora de Madagascar, uma frase de duas unidades, começa com 5–7 pulsos com uma frequência central de 35,1 ± 0,7 Hz e duração de 4,4 ± 0,5 segundos, seguido por um tom de 35 ± 0 Hz com duração de 10,9 ± 1,1 segundos. No Oceano Antártico, os cantos das baleias-azuis duram cerca de 18 segundos e consistem em um tom de 27 Hz de 9 segundos de duração, seguido por uma varredura para baixo de 1 segundo para 19 Hz e outra varredura para baixo para 18 Hz. Também produzem chamados curtos, com duração de 1 a 4 segundos e moduladas em frequência, que variam em frequência entre 80 e 38 Hz.

Pelo menos sete tipos de canto de baleia-azul foram mudando linearmente para baixo na frequência tonal ao longo do tempo, embora em taxas diferentes. A frequência tonal da baleia-azul do nordeste do Pacífico é 31% menor do que no início dos anos 1960. A frequência das baleias-azuis pigmeias na Antártica diminuiu a uma taxa de alguns décimos de hertz por ano a partir de 2002. Uma hipótese é que, conforme as populações de baleias-azuis se recuperam da caça às baleias, isso aumenta a pressão de seleção sexual (ou seja, uma frequência mais baixa indica um tamanho corporal maior).

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Comportamento sazonal

Dieta e nutrição

As baleias-azuis alimentam-se quase que exclusivamente de krill, podendo ainda ingerir um pequeno número de copépodes. As espécies de plânctondas quais as baleias-azuis alimentam-se varia de oceano para oceano. Ao norte do oceano Atlântico o cardápio é composto usualmente de Meganyctiphanes norvegica, Thysanoessa raschii, Thysanoessa inermis e Thysanoessa longicaudata; ao norte do oceano Pacífico, Euphausia pacifica, Thysanoessa inermis, Thysanoessa longipes, Thysanoessa spinifera, Nyctiphanes symplex e Nematoscelis megalops; e, no oceano Antártico, Euphausia superba, Euphausia crystallorophias e Euphausia valentin.

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Uma baleia-azul adulta pode comer até 40 milhões krill em um dia. As baleias sempre alimentam-se nas áreas de maior concentração de krill, podendo comer até 3 600 quilos de krill num único dia. Isso equivale a uma dieta de aproximadamente 1,5 milhões de quilocalorias diárias.

Devido ao fato de o krill se mover, as baleias-azuis alimentam-se normalmente a profundidades superiores a 100 metros durante o dia, vindo a alimentar-se na superfície somente à noite. A duração típica dos mergulhos para alimentação é de 10 minutos, porém períodos de até 20 minutos são também observados. O mergulho mais longo registrado foi de 36 minutos. Para se alimentar, as baleias movem-se rapidamente em direção a grupos de krill, tomando os animais e grandes quantidades de água em sua boca. Na sequência, a água é pressionada para fora com ajuda da bolsa ventral e da língua, passando por suas lâminas córneas. Assim que toda a água é empurrada para fora da boca, o krill remanescente, preso às lâminas córneas, é engolido. Baleias-azuis podem também consumir peixes pequenos, crustáceos e lulas capturadas junto com o krill.

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Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

Usando o número de lâminas de cera depositadas no tampão de ouvido e o desenvolvimento dos órgãos sexuais das baleias mortas, foi determinado que as baleias-azuis atingem a maturidade sexual por volta dos 10 anos de idade e com um comprimento médio de 23,5 metros (77 pés) para as baleias-azuis da Antártica. Outro método para determinar a idade na maturidade sexual envolve medições de testosterona nas barbatanas de baleias-azuis machos. As concentrações de testosterona medidas nas barbatanas sugerem que a idade de maturidade sexual de uma baleia-azul era de nove anos. As baleias-azuis-pigmeias machos tinham em média 18,7 metros (61,4 pés) na maturidade sexual. As baleias-azuis-pigmeias fêmeas têm 21,0-21,7 metros (68,9-71,2 pés) de comprimento e aproximadamente 10 anos de idade na idade de maturidade sexual.

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As baleias-azuis não exibem nenhuma estrutura social bem definida além dos laços mãe-filhote desde o nascimento até o desmame. Geralmente são solitárias ou encontradas em pequenos grupos. Pouco se sabe sobre o comportamento de acasalamento ou áreas de procriação e parto. Como um casal viajante, uma baleia-azul macho geralmente segue uma fêmea, e geralmente é bem-sucedida em repelir um macho intruso após uma batalha curta e vigorosa. A anatomia da baleia-azul, especificamente uma pequena proporção de peso entre testículo e corpo e observações visuais documentadas de um segundo macho se juntando ao par viajante, sugere uma estratégia de competição macho-macho poligínica e antagônica. Acredita-se que o acasalamento ocorra no outono e durante o inverno.

As fêmeas de baleias-azuis dão à luz a cada dois a três anos, dependendo da condição corporal e do período de lactação. Estima-se que baleias-azuis-pigmeias deem à luz a cada 2,6 anos (IC de 95% = 2,2–3,0). As fêmeas grávidas ganham cerca de quatro por cento de seu peso corporal diariamente, totalizando 60% de seu peso corporal total durante os períodos de forrageamento do verão. A gestação dura de 10 a 11 meses. Nenhum registro de nascimentos naturais é conhecido, embora uma baleia-azul que acabou no porto de Triquinimale deu à luz um filhote antes de ser rebocado de volta ao mar no dia seguinte.

Para as baleias-azuis da Antártica, um único filhote nasce com 7,0 metros (23 pés) de comprimento e pesa 2,8–3 toneladas (2,8–3,0 toneladas longas; 3,1–3,3 toneladas curtas). Há um período de desmame de seis a oito meses até que o filhote tenha 16 metros (53 pés) de comprimento. O leite contém aproximadamente (g / 100 g) 45-48 água, 39-41 gordura, 11-12 proteína, 7,4 carboidratos e 1,3 açúcar, portanto, contendo 12 vezes mais gordura do que o leite integral de vaca. A quantidade de leite transferida da mãe para o filhote não foi medida. O leite contém 18 megajoules (MJ) por quilos, o que é aproximadamente 4.302 quilocalorias / quilo. Os filhos da baleia-azul ganham cerca de 37 500 libras (17.000 quilos) durante o período de desmame. As estimativas sugerem que, como os filhotes requerem 2–4 quilos (4,4–8,8 libras) de leite por quilo de ganho de massa, as baleias-azuis provavelmente produzem 220 quilos (490 libras) de leite por dia (variando de 110 a 320 quilos (240 a 710 libras) de leite por dia). O primeiro vídeo de um filho que se pensa estar amamentando foi filmado na Nova Zelândia em 2016.

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População

Ameaças à população

As baleias-azuis foram inicialmente difíceis de caçar devido ao seu tamanho e velocidade. Tomadas em grande escala não começaram até 1864, quando o norueguês Svend Foyn inventou o arpão explosivo que poderia ser usado em navios movidos a vapor e diesel. A caça da baleia-azul atingiu o pico em 1931, quando mais de 29 000 baleias-azuis foram mortas. A Comissão Baleeira Internacional proibiu toda a caça de baleias-azuis em 1966 e deu a elas proteção mundial. No entanto, a União Soviética continuou a caçar ilegalmente baleias-azuis no hemisfério norte e sul até 1973.

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as do Seri Lanca, onde seu habitat se sobrepõe a uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. Ataques de navios mataram onze baleias-azuis entre 2010 e 2012 em torno do Seri Lanca, e pelo menos duas em 2014. Ataques de navios mataram duas baleias-azuis chilenas nos últimos anos no sul do Chile. Possíveis medidas para reduzir futuros ataques de navios incluem melhores modelos de previsão de distribuição de baleias, mudanças nas rotas de navegação, reduções de velocidade de embarcações e gerenciamento sazonal e dinâmico de rotas de navegação.

  • Emaranhamento: Poucos casos de emaranhamento de baleias-azuis em equipamentos de pesca comercial foram documentados. O primeiro relatório nos Estados Unidos ocorreu ao largo da Califórnia em 2015, supostamente algum tipo de armadilha de águas profundas / pesca com potes. Mais três casos de emaranhamento foram relatados em 2016. No Seri Lanca, uma baleia-azul foi documentada com uma rede enrolada em sua boca, ao longo dos lados de seu corpo, e enrolada em sua cauda. Existem também efeitos não letais de complicações, incluindo estresse, que diminui o sucesso reprodutivo de um indivíduo ou reduz a expectativa de vida. Lesões causadas por emaranhamentos podem enfraquecer os indivíduos, tornando-os mais vulneráveis a outras causas de mortalidade.
  • Ruído oceânico: O aumento do ruído subaquático antropogênico altera o ambiente acústico e afeta as baleias-azuis. Além de mascarar os intervalos de comunicação da baleia-azul, a exposição ao som antropogênico pode causar uma série de respostas comportamentais. Para as baleias de barbatanas, essas respostas variam de moderadas a severas, e foi demonstrado que causam mudanças imediatas nos intervalos de comportamento de natação e mergulho, interrupções de forrageamento, descanso e socialização, deslocamento de habitat, perda de audição; e habituação, além da exposição ao ruído de navegação comercial e pesquisas sísmicas como parte da exploração de petróleo e gás. As baleias-azuis no cabo sul da Califórnia diminuíram a vocalização na presença de sonar ativo de média frequência (MFA). A exposição ao sonar MFA simulado interrompeu sua alimentação, especialmente quando os animais estavam no modo de alimentação profunda, embora as respostas dependessem muito do estado comportamental do animal no momento da exposição.
  • Poluentes: Os impactos potenciais dos poluentes nas baleias-azuis são desconhecidos. No entanto, como as baleias-azuis se alimentam de um nível baixo na cadeia alimentar, há uma chance menor de bioacumulação de contaminantes químicos orgânicos. A análise da cera de ouvido de um macho de baleia-azul morto em uma colisão com um navio na costa da Califórnia mostrou contaminantes como pesticidas, retardadores de chama e mercúrio. Perfis reconstruídos de poluentes orgânicos persistentes (POP) sugeriram que uma transferência materna substancial ocorreu durante a gestação e / ou lactação. baleias-azuis machos no Golfo de São Lourenço, Canadá, apresentaram concentrações mais altas de PCBs, diclorodifeniltricloroetano ( DDT), metabólitos e vários outros compostos organoclorados em relação às fêmeas, refletindo a transferência materna desses contaminantes persistentes das fêmeas para os jovens.
  • Plásticos e microplásticos: O impacto da ingestão de plásticos e microplásticos nas baleias-azuis é desconhecido. As baleias de barbatana são expostas à ingestão de plástico como resultado da atividade de alimentação do filtro. Microplásticos também podem ser uma fonte significativa de poluentes orgânicos persistentes, bem como polietileno, polipropileno e, particularmente, ftalatos, que são potenciais disruptores endócrinos e podem afetar a viabilidade populacional.
  • Óleo: as baleias podem inalar, ingerir ou absorver compostos de petróleo ou dispersantes, que podem causar lesões no trato respiratório ou gastrointestinal ou afetar as funções hepáticas ou renais. Embora a ingestão seja um risco para as baleias, um estudo de 2019 descobriu que o óleo não sujou as barbatanas e, em vez disso, foi facilmente enxaguado pela água corrente.
  • Mudanças climáticas: As projeções atuais de mudanças climáticas preveem que o habitat da baleia-azul diminuirá significativamente. Além disso, o aquecimento dos oceanos pode afetar a disponibilidade de krill de várias maneiras, incluindo a distribuição vertical devido ao aprofundamento da termoclina e ao aumento da estratificação da coluna de água e mudanças na direção dos polos resultantes da contração do habitat favorável e mudanças na ressurgência costeira. A acidificação do oceano pode afetar adversamente as presas da baleia-azul, como o desenvolvimento embrionário do krill, as taxas de eclosão e a fisiologia metabólica pós-larval.
  • Predação: A única ameaça natural conhecida para as baleias-azuis é a orca (Orcinua orca), embora a taxa de ataques fatais por orcas seja desconhecida. Estudos de identificação por fotografia de baleias-azuis estimaram que uma alta proporção de indivíduos no golfo da Califórnia têm cicatrizes semelhantes a um ancinho, indicativas de encontros com orcas. No sudeste da Austrália, 3,7% das baleias-azuis fotografadas tinham marcas e 42,1% das baleias-azuis pigmeias fotografadas no oeste da Austrália tinham marcas. A predação documentada por orcas é rara. Uma baleia-azul mãe e filhote foram observados pela primeira vez sendo perseguidos em alta velocidade por orcas no sudeste da Austrália. O primeiro ataque documentado ocorreu em 1977 no sudoeste da península da Baixa Califórnia, no México, mas a baleia ferida escapou após cinco horas. Outras quatro baleias-azuis foram documentadas como perseguidas por um grupo de orcas entre 1982 e 2003. O primeiro evento de predação documentado por orcas ocorreu em setembro de 2003, quando um grupo de orcas no Pacífico Tropical Oriental foi encontrado se alimentando de um filhote de baleia-azul recentemente morto. Em março de 2014, um operador de barco comercial de observação de baleias registrou um incidente envolvendo um grupo de orcas temporárias assediando uma baleia-azul na Baía de Monterey. Um incidente semelhante foi registrado por um drone na baía de Monterey em maio de 2017. Em ambos os casos, a baleia-azul fugiu e escapou. Uma segunda morte documentada ocorreu em maio de 2019 na costa sul da Austrália Ocidental, quando orcas atacaram, mataram e comeram uma baleia-azul subadulta.
  • Competição: Há pouca ou nenhuma evidência direta de competição interespecífica entre as baleias-azuis e outras espécies de baleias de barbatanas. Pesquisas usando marcação, pesquisas de transecto linear, pesquisas hidroacústicas e amostragem de rede descobriram que, apesar da sobreposição com baleias-azuis e outras baleias de barbatanas, parece haver partição de nicho no espaço e / ou tempo e seleção de espécies de presas. No Oceano Antártico, descobriu-se que as baleias de barbatanas se alimentam preferencialmente de krill antártico de tamanhos específicos, o que resultaria em competição interespecífica reduzida.

As baleias-azuis foram inicialmente difíceis de caçar devido ao seu tamanho e velocidade. Tomadas em grande escala não começaram até 1864, quando o norueguês Svend Foyn inventou o arpão explosivo que poderia ser usado em navios movidos a vapor e diesel. A caça da baleia-azul atingiu o pico em 1931, quando mais de 29 000 baleias-azuis foram mortas. A Comissão Baleeira Internacional proibiu toda a caça de baleias-azuis em 1966 e deu a elas proteção mundial. No entanto, a União Soviética continuou a caçar ilegalmente baleias-azuis no hemisfério norte e sul até 1973.

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Curiosidades para crianças

  • A baleia azul é o maior animal que o planeta já viu. As suas línguas são comparáveis ao peso de um elefante e os seus corações com o peso de um carro.
  • As baleias azuis dormem enquanto estão a nadar. Enquanto dormem, apenas metade do cérebro está em utilização.
  • Nada na Terra cresce mais rápido que uma baleia azul.
  • Um cão de tamanho médio seria capaz de passear tranquilamente nas artérias de uma baleia azul.
  • As baleias azuis preferem dormir a meio do dia.
  • As baleias azuis parecem ser azuis debaixo de água, mas são cinza acima da superfície.
  • O jato do espiráculo de uma baleia azul dispara quase tão alto quanto um edifício de três andares (30 pés/9 m). Uma criança seria capaz de caber no seu espiráculo.
  • A boca de uma baleia azul tem espaço suficiente para cerca de 100 pessoas.
  • Estas baleias têm umbigos.
  • Diz-se que o sabor de leite de baleia azul é uma mistura de fígado, peixe, óleo de rícino e leite de magnésia.

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Referências

1. Baleia-azul artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Baleia-azul
2. Baleia-azulno site da Lista Vermelha da IUCN - http://www.iucnredlist.org/details/2477/0

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