País

Paquistão

1492 Espécies

Paquistão, oficialmente República Islâmica do Paquistão, é um país soberano do Sul da Ásia.

Geografia

A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de França e Reino Unido (ou de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, no Brasil). A região leste do país encontra-se sobre a placa tectônica indiana, enquanto que as regiões oeste e norte estão no planalto iraniano e sobre a placa eurasiática. Com 1 046 km de litoral no mar Arábico, o Paquistão possui 6 774 km de fronteiras - 2 430 km com o Afeganistão a noroeste, 523 km com a China a nordeste, 2 912 km com a Índia a leste e 909 km com o Irã a sudoeste.

Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, lagunas e manguezais, na costa meridional, até florestas temperadas e os picos gelados do Himalaia, do Caracórum e do Indocuche, ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e geleiras.

Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O rio Indo corta o país de norte a sul, descendo do planalto tibetano (Caxemira) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do Baluchistão; a leste, o deserto de Thar. O Panjabe e partes do Sinde são formados por planícies férteis com importante atividade agrícola.

Parques nacionais

Existem cerca de 157 áreas protegidas no Paquistão que são reconhecidos pelo IUCN. De acordo com a legislação local, um parque nacional é uma área protegida, criado pelo governo para a proteção e conservação de sua paisagem e vida selvagem em um estado natural. O mais antigo parque nacional é Lal Suhanra em Bahawalpur, criado em 1972. Ele também é a única reserva da biosfera do país. Lal Suhanra é o único parque nacional estabelecido antes da independência da nação em agosto de 1947. O Central Karakoram em Gilgit Baltistan é atualmente o maior parque nacional do país, abrangendo mais de uma área total aproximada de 1 390 100 hectares.

Clima

O clima varia de tropical a temperado, com condições áridas no litoral sul. Há uma estação de monções, com inundações frequentes devido às fortes chuvas, e uma estação seca com pouca ou nenhuma chuva. A precipitação se distribui irregularmente ao longo do território, variando entre menos de 250 mm em algumas áreas a mais de 1 250 mm em outras, em geral trazida pelas monções de sudoeste, principalmente no final do verão. No centro do país, os verões são muitos quentes, com temperaturas que podem atingir 45 °C, seguidos de invernos bem frios, com frequência abaixo de zero grau.

O Índice Global de Risco Climático 2020 coloca o Paquistão como o quinto país mais afectado pelas alterações climáticas entre 1999 e 2018, com um aumento das ondas de calor extremo e inundações. O país é directamente afectado pelo derretimento dos glaciares dos Himalaias, causando graves carências de água em partes do país, bem como o desaparecimento gradual das florestas ribeirinhas. Entre 2000 e 2010, o Paquistão perdeu uma média de 43 000 hectares de floresta por ano.

Flora e fauna

A diversidade da paisagem e do clima no Paquistão permite que uma grande variedade de árvores e plantas floresçam. As florestas variam de árvores coníferas alpinas e subalpinas, como abetos, pinheiros e cedros nas montanhas do extremo norte, árvores decíduas na maior parte do país, à palmeiras como coco e tamareiras no sul do Punjab, nas Montanhas Sulaiman no sul do Baluchistão e em todo o Sind. As colinas ocidentais abrigam zimbro, tamargueira, gramíneas grossas e plantas arbustivas. As florestas de mangue formam grande parte das áreas úmidas costeiras ao longo da costa sul.

As florestas de coníferas são encontradas em altitudes que variam de 1 000 a 4 000 metros na maioria das terras altas do norte e noroeste. Nas regiões xéricas do Baluchistão, a tamareira e a efedra são comuns. Na maior parte do Punjab e Sindh, as planícies do Indo sustentam florestas tropicais e subtropicais de folhas largas secas e úmidas, bem como arbustos tropicais e xéricos. Essas florestas são, principalmente, de amoreira, acácia e eucalipto. Cerca de 2,2% ou 1 687 000 hectares (16 870 km²) do Paquistão foram florestados a partir de 2010.

A fauna do Paquistão também reflete o clima variado do país. Cerca de 668 espécies de pássaros são encontradas lá, incluindo corvos, pardais, gaviões, falcões e águias. A região de Palas tem uma população significativa de tragopans. Muitos pássaros avistados no Paquistão são migratórios, vindos da Europa, Ásia Central e Índia.

As planícies do sul são o lar de mangustos, pequenas civetas indianas, lebres, o chacal asiático, o pangolim indiano, o gato-da-selva e o gato-do-deserto. Existem crocodilos e javalis, veados, porcos-espinhos e pequenos roedores nas áreas circundantes. Os cerrados arenosos do Paquistão central são o lar de chacais asiáticos, hienas listradas, leopardos e gatos-selvagens. A falta de cobertura vegetal, o clima severo e o impacto do pastoreio nos desertos deixaram os animais silvestres em situação precária. O chinkara é o único animal que ainda pode ser encontrado em números significativos no Deserto de Cholistão. Um pequeno número de nilgai é encontrado ao longo da fronteira Paquistão-Índia e em algumas partes do Cholistão. Uma grande variedade de animais vivem no norte montanhoso, incluindo o urial (uma subespécie de ovelha selvagem), a cabra markhor, a cabra ibex, o urso-negro-asiático e o urso-pardo-do-Himalaia. Entre os animais raros encontrados na área estão o leopardo-das-neves e o golfinho-de-rio-do-sul-da-ásia, dos quais se acredita que restem cerca de 1 100 animais protegidos na Reserva de Golfinhos do Rio Indo em Sindh. No total, 174 mamíferos, 177 répteis, 22 anfíbios, 198 espécies de peixes de água doce e 5 000 espécies de invertebrados (incluindo insetos) estão registrados no Paquistão.

A flora e a fauna do país sofrem de vários problemas. O Paquistão tem a segunda maior taxa de desmatamento do mundo, o que, junto com a caça e a poluição, tem efeitos adversos no ecossistema. A nação teve uma pontuação média no Índice de Integridade da Paisagem Florestal em 2019 de 7,42/10, classificando-o em 41º globalmente entre 172 países. O governo estabeleceu um grande número de áreas protegidas, santuários de vida selvagem e reservas de caça para resolver esses problemas.

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Paquistão, oficialmente República Islâmica do Paquistão, é um país soberano do Sul da Ásia.

Geografia

A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de França e Reino Unido (ou de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, no Brasil). A região leste do país encontra-se sobre a placa tectônica indiana, enquanto que as regiões oeste e norte estão no planalto iraniano e sobre a placa eurasiática. Com 1 046 km de litoral no mar Arábico, o Paquistão possui 6 774 km de fronteiras - 2 430 km com o Afeganistão a noroeste, 523 km com a China a nordeste, 2 912 km com a Índia a leste e 909 km com o Irã a sudoeste.

Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, lagunas e manguezais, na costa meridional, até florestas temperadas e os picos gelados do Himalaia, do Caracórum e do Indocuche, ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e geleiras.

Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O rio Indo corta o país de norte a sul, descendo do planalto tibetano (Caxemira) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do Baluchistão; a leste, o deserto de Thar. O Panjabe e partes do Sinde são formados por planícies férteis com importante atividade agrícola.

Parques nacionais

Existem cerca de 157 áreas protegidas no Paquistão que são reconhecidos pelo IUCN. De acordo com a legislação local, um parque nacional é uma área protegida, criado pelo governo para a proteção e conservação de sua paisagem e vida selvagem em um estado natural. O mais antigo parque nacional é Lal Suhanra em Bahawalpur, criado em 1972. Ele também é a única reserva da biosfera do país. Lal Suhanra é o único parque nacional estabelecido antes da independência da nação em agosto de 1947. O Central Karakoram em Gilgit Baltistan é atualmente o maior parque nacional do país, abrangendo mais de uma área total aproximada de 1 390 100 hectares.

Clima

O clima varia de tropical a temperado, com condições áridas no litoral sul. Há uma estação de monções, com inundações frequentes devido às fortes chuvas, e uma estação seca com pouca ou nenhuma chuva. A precipitação se distribui irregularmente ao longo do território, variando entre menos de 250 mm em algumas áreas a mais de 1 250 mm em outras, em geral trazida pelas monções de sudoeste, principalmente no final do verão. No centro do país, os verões são muitos quentes, com temperaturas que podem atingir 45 °C, seguidos de invernos bem frios, com frequência abaixo de zero grau.

O Índice Global de Risco Climático 2020 coloca o Paquistão como o quinto país mais afectado pelas alterações climáticas entre 1999 e 2018, com um aumento das ondas de calor extremo e inundações. O país é directamente afectado pelo derretimento dos glaciares dos Himalaias, causando graves carências de água em partes do país, bem como o desaparecimento gradual das florestas ribeirinhas. Entre 2000 e 2010, o Paquistão perdeu uma média de 43 000 hectares de floresta por ano.

Flora e fauna

A diversidade da paisagem e do clima no Paquistão permite que uma grande variedade de árvores e plantas floresçam. As florestas variam de árvores coníferas alpinas e subalpinas, como abetos, pinheiros e cedros nas montanhas do extremo norte, árvores decíduas na maior parte do país, à palmeiras como coco e tamareiras no sul do Punjab, nas Montanhas Sulaiman no sul do Baluchistão e em todo o Sind. As colinas ocidentais abrigam zimbro, tamargueira, gramíneas grossas e plantas arbustivas. As florestas de mangue formam grande parte das áreas úmidas costeiras ao longo da costa sul.

As florestas de coníferas são encontradas em altitudes que variam de 1 000 a 4 000 metros na maioria das terras altas do norte e noroeste. Nas regiões xéricas do Baluchistão, a tamareira e a efedra são comuns. Na maior parte do Punjab e Sindh, as planícies do Indo sustentam florestas tropicais e subtropicais de folhas largas secas e úmidas, bem como arbustos tropicais e xéricos. Essas florestas são, principalmente, de amoreira, acácia e eucalipto. Cerca de 2,2% ou 1 687 000 hectares (16 870 km²) do Paquistão foram florestados a partir de 2010.

A fauna do Paquistão também reflete o clima variado do país. Cerca de 668 espécies de pássaros são encontradas lá, incluindo corvos, pardais, gaviões, falcões e águias. A região de Palas tem uma população significativa de tragopans. Muitos pássaros avistados no Paquistão são migratórios, vindos da Europa, Ásia Central e Índia.

As planícies do sul são o lar de mangustos, pequenas civetas indianas, lebres, o chacal asiático, o pangolim indiano, o gato-da-selva e o gato-do-deserto. Existem crocodilos e javalis, veados, porcos-espinhos e pequenos roedores nas áreas circundantes. Os cerrados arenosos do Paquistão central são o lar de chacais asiáticos, hienas listradas, leopardos e gatos-selvagens. A falta de cobertura vegetal, o clima severo e o impacto do pastoreio nos desertos deixaram os animais silvestres em situação precária. O chinkara é o único animal que ainda pode ser encontrado em números significativos no Deserto de Cholistão. Um pequeno número de nilgai é encontrado ao longo da fronteira Paquistão-Índia e em algumas partes do Cholistão. Uma grande variedade de animais vivem no norte montanhoso, incluindo o urial (uma subespécie de ovelha selvagem), a cabra markhor, a cabra ibex, o urso-negro-asiático e o urso-pardo-do-Himalaia. Entre os animais raros encontrados na área estão o leopardo-das-neves e o golfinho-de-rio-do-sul-da-ásia, dos quais se acredita que restem cerca de 1 100 animais protegidos na Reserva de Golfinhos do Rio Indo em Sindh. No total, 174 mamíferos, 177 répteis, 22 anfíbios, 198 espécies de peixes de água doce e 5 000 espécies de invertebrados (incluindo insetos) estão registrados no Paquistão.

A flora e a fauna do país sofrem de vários problemas. O Paquistão tem a segunda maior taxa de desmatamento do mundo, o que, junto com a caça e a poluição, tem efeitos adversos no ecossistema. A nação teve uma pontuação média no Índice de Integridade da Paisagem Florestal em 2019 de 7,42/10, classificando-o em 41º globalmente entre 172 países. O governo estabeleceu um grande número de áreas protegidas, santuários de vida selvagem e reservas de caça para resolver esses problemas.

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